quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quarta-feira, dia 29 de Novembro de 2017

Quarta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Beato Redento da Cruz, religioso, mártir, +1638, Beato Dionísio da Natividade, religioso, mártir, +1638, S. Saturnino, mártir, séc. IV

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas»

Dan. 5,1-6.13-14.16-17.23-28.

Naqueles dias, o rei Baltasar ofereceu um grande banquete a um milhar dos seus dignitários, na presença dos quais bebeu vinho.
Sob a ação do vinho, Baltasar mandou buscar os vasos de ouro e de prata que seu pai, Nabucodonosor, tinha tirado do templo de Jerusalém, para beberem por eles o rei, os seus dignitários, as suas mulheres e as suas concubinas.
Trouxeram então os vasos de ouro que tinham sido tirados do templo de Deus, em Jerusalém, e beberam por eles o rei, os seus dignitários, as suas mulheres e as suas concubinas.
Beberam vinho e entoavam louvores aos seus deuses de ouro e de prata, de bronze e de ferro, de madeira e de pedra.
De repente, apareceram dedos de mão humana, que escreveram em frente do candelabro, na cal da parede do palácio real. Ao ver essa mão que escrevia,
o rei mudou de cor e os seus pensamentos perturbaram-no; cederam as articulações dos seus quadris e os joelhos batiam um contra o outro.
Daniel foi introduzido à presença do rei e o rei dirigiu-lhe estas palavras: «És tu Daniel, um dos exilados de Judá, que o rei meu pai trouxe de Judá para aqui?
Ouvi dizer que está em ti o espírito divino e que tens uma luz, uma inteligência e uma sabedoria superiores.
Ouvi dizer também que podes interpretar e decifrar os enigmas. Se conseguires ler esta escrita e dar-me a sua interpretação, vestir-te-ás de púrpura, trarás ao pescoço o colar de ouro e serás o terceiro no governo do reino».
Então Daniel tomou a palavra e disse ao rei: «Podes ficar com os teus dons e dar a outros os teus presentes. Contudo, vou ler ao rei essa escrita e dar a sua interpretação.
Foi contra o Senhor do Céu que te ergueste, ao mandares buscar os vasos do seu templo, pelos quais bebeste vinho, com os teus dignitários, as tuas mulheres e as tuas concubinas. E entoaste louvores aos deuses de ouro e de prata, de bronze e de ferro, de madeira e de pedra, que não ouvem, não vêem nem entendem, mas não glorificaste o Deus que domina a tua respiração e dirige os teus caminhos.
Por isso Ele enviou aquela mão que escreveu essas palavras.
Eis a escrita que foi traçada: 'Mené, Téquel, Parsin':
e esta é a sua interpretação: 'Mené', quer dizer, 'Contado': Deus contou o tempo do teu reinado e pôs-lhe termo;
'Téquel', quer dizer, 'Pesado': foste pesado na balança e achado sem peso;
'Parsin', quer dizer, 'Dividido': o teu reino foi dividido e dado aos medos e aos persas».


Dan. 3,62.63.64.65.66.67.

Sol e lua, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre.
Estrelas do céu, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre.

Chuvas e orvalhos, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre.
Todos os ventos, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre.

Fogo e calor, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre.
Frio e geada, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre.




Lucas 21,12-19.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deitar-vos-ão as mãos e hão de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome.
Assim tereis ocasião de dar testemunho.
Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa.
Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer.
Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós
e todos vos odiarão por causa do meu nome;
mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá.
Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
2.º sermão sobre o salmo 26

«Nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas»

«Levantaram-se contra mim falsos testemunhos, que desencadearam a violência» (Sl 26,12). [...] O salmista debate-se nas mãos dos que o perseguem e o atormentam; perde a respiração, sofre, mas mantém-se confiante porque Deus o sustenta, Deus o ajuda, Deus o conduz, Deus o guia. Ao mesmo tempo cheio de alegria pelo que pode admirar e cantar, e acabrunhado pela dor por causa do que tem de sofrer, por fim respira e exclama: «Creio firmemente que poderei contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos» (13). Oh, como é doce a bondade do Senhor, imortal, incomparável, eterna, imutável! E quando te verei, ó bondade do Senhor? Creio que te verei, não na terra dos mortais, mas «na terra dos vivos». O Senhor far-me-á sair da terra dos mortais, Ele que, por mim, Se dignou aceitar esta terra dos mortais e morrer às mãos dos mortais. [...]

Escutemos, também nós, a voz do Senhor que das alturas nos exorta e nos consola; escutemos a voz daquele que temos por pai e por mãe (10). Porque Ele escutou os nossos gemidos, viu a nossa aflição, sondou os desejos do nosso coração [...]. Graças à intercessão de Cristo, acolheu favoravelmente a nossa única prece, o nosso único pedido. E enquanto completamos a nossa peregrinação neste mundo, mesmo que o caminho seja longo, Ele não recusará aquilo que nos prometeu, pois disse-nos: «Espera no Senhor». Quem fez a promessa é todo-poderoso, verdadeiro, fiel. «Espera no Senhor; sê forte e corajoso no teu coração» (4). Não te deixes, pois, perturbar.