quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quarta-feira, dia 06 de Dezembro de 2017

Quarta-feira da 1a semana do Advento

S. Nicolau, bispo, +342

Comentário do dia
São Gaudêncio de Brescia : Pão para o caminho: «Cada vez que comeis deste pão [...] proclamais a morte do Senhor até que Ele venha» (1Cor 11,26)

Is. 25,6-10a.

Sobre este monte, o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comida de boa gordura, vinhos puríssimos.
Sobre este monte, há-de tirar o véu que cobria todos os povos, o pano que envolvia todas as nações;
Ele destruirá a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e fará desaparecer da terra inteira o opróbrio que pesa sobre o seu povo. Porque o Senhor falou.
Dir-se-á naquele dia: «Eis o nosso Deus, de quem esperávamos a salvação; é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança.
Alegremo-nos e rejubilemos, porque nos salvou.
A mão do Senhor pousará sobre este monte».


Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo

me enchem de confiança.
Para mim preparais a mesa,
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,

e o meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão-de acompanhar-me,
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor

para todo o sempre.



Mateus 15,29-37.

Naquele tempo, foi Jesus para junto do mar da Galileia e, subindo ao monte, sentou-se.
Veio ter com Ele uma grande multidão, trazendo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros, que lançavam a seus pés. Ele curou-os,
de modo que a multidão ficou admirada, ao ver os mudos a falar, os aleijados a ficar sãos, os coxos a andar e os cegos a ver; e todos davam glória ao Deus de Israel.
Então Jesus, chamando a Si os discípulos, disse-lhes: «Tenho pena desta multidão, porque há três dias que estão comigo e não têm que comer. Mas não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam no caminho».
Disseram-Lhe os discípulos: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?»
Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Eles responderam-Lhe: «Sete, e alguns peixes pequenos».
Jesus ordenou então às pessoas que se sentassem no chão.
Depois tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e foi-os entregando aos discípulos e os discípulos distribuíram-nos pela multidão.
Todos comeram até ficarem saciados. E com os pedaços que sobraram encheram sete cestos.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Gaudêncio de Brescia (?-após 406), bispo
Sermão 2; PL 20, 859

Pão para o caminho: «Cada vez que comeis deste pão [...] proclamais a morte do Senhor até que Ele venha» (1Cor 11,26)

Na noite em que foi entregue para ser crucificado, Jesus legou-nos como herança da nova aliança o penhor da sua presença, que é o viático da nossa viagem. Por ele somos alimentados e fortalecidos até ao momento em que chegarmos junto Ele, quando deixarmos este mundo. Foi por isso que o Senhor disse: «se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós» (Jo 6,53). Ele quis deixar entre nós o sacramento da sua Paixão. Para isso, ordenou aos seus fiéis discípulos, os primeiros sacerdotes que instituiu para a sua Igreja, que celebrassem sem fim os mistérios da vida eterna, que devem ser realizados por todos os sacerdotes nas igrejas do mundo inteiro até ao dia em que Cristo voltar. Assim, todos nós, os sacerdotes e o povo dos fiéis, temos diariamente o exemplo da Paixão de Cristo diante dos nossos olhos, temo-lo entre as nossas mãos, levamo-lo à boca e no peito. [...] «Provai e vede como o Senhor é bom» (Sl 33,9).