domingo, 20 de maio de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Domingo, dia 20 de Maio de 2018

SOLENIDADE DE PENTECOSTES
Domingo de Pentecostes (semana I do saltério)

S. Bernardino de Sena, presbítero, +1444, Santo Arcângelo Tadini, presbítero, fundador, +1912

Comentário do dia
São Boaventura : O fogo do Pentecostes

Actos 2,1-11.

Quando chegou o dia de Pentecostes, os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
Subitamente, fez-se ouvir, vindo do céu, um rumor semelhante a forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam.
Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem.
Residiam em Jerusalém judeus piedosos, procedentes de todas as nações que há debaixo do céu.
Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou muito admirada, pois cada qual os ouvia falar na sua própria língua.
Atónitos e maravilhados, diziam: «Não são todos galileus os que estão a falar?
Então, como é que os ouve cada um de nós falar na sua própria língua?
Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia,
da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma,
tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, ouvimo-los proclamar nas nossas línguas as maravilhas de Deus».


Salmos 104(103),1ab.24ac.29bc-30.31.34.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
A terra está cheia das vossas criaturas.

Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra.

Glória a Deus para sempre!
Rejubile o Senhor nas suas obras.
Grato Lhe seja o meu canto,
e eu terei alegria no Senhor.




Gálatas 5,16-25.

Irmãos: Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne.
Na verdade, a carne tem desejos contrários aos do Espírito, e o Espírito desejos contrários aos da carne. São dois princípios antagónicos e por isso não fazeis o que quereis.
Mas se vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés.
As obras da carne são bem conhecidas: luxúria, imoralidade, libertinagem,
idolatria, feitiçaria, inimizades, ciúmes, discórdias, ira, rivalidades, dissensões, facciosismos,
invejas, embriaguez, orgias e coisas semelhantes a estas, sobre as quais vos previno, como já vos disse: os que praticam estas ações não herdarão o reino de Deus.
Pelo contrário, os frutos do Espírito são: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, temperança. Contra coisas como estas não há lei.
Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e apetites.
Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também segundo o Espírito.


João 15,26-27.16,12-15.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando vier o Paráclito, que Eu vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim.
E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.
Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis suportar por agora.
Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo.
Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
«A Árvore da Vida»

O fogo do Pentecostes

Sete semanas após a ressurreição, no 50.º dia, os discípulos estavam reunidos com as mulheres e Maria, a Mãe de Jesus (cf At 1,14); «de repente, ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde eles se encontravam» (At 2,1-2).

O Espírito desceu sobre este grupo de cento e vinte pessoas, e apareceu sob a forma de línguas de fogo porque vinha pôr-lhes palavras na boca, luz na inteligência e fogo no coração. Todos se encheram do Espírito Santo e começaram a falar diversas línguas, conforme o mesmo Espírito lhes inspirava. Ele ensinou-lhes toda a verdade, inflamou-os com um amor perfeito e confirmou-os na virtude. Auxiliados pela sua graça, iluminados pela sua doutrina e fortificados pelo seu poder, ainda que simples e pouco numerosos, eles «plantaram a Igreja ao preço do seu sangue» (Breviário Romano) em todo o mundo, quer através de discursos inflamados, quer através de exemplos perfeitos, e ainda por meio de prodigiosos milagres.

Esta Igreja purificada, iluminada e conduzida à perfeição pela virtude do mesmo Espírito Santo tornou-se amável ao seu Esposo, aparecendo bela e admirável nos seus ornamentos variados, mas também terrível, qual exército em ordem de batalha, para Satanás e os seus anjos.







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