terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Terça-feira, dia 02 de Janeiro de 2018

Féria do Tempo Natal (2 de Janeiro)

S. Basílio Magno, b., Doutor da Igreja, +379, S. Gregório Nazianzeno, b., Doutor da Igreja, +390

Comentário do dia
São Gregório Magno : «No meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim»

1 João 2,22-28.

Caríssimos: Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse é que é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho.
Quem nega o Filho também não reconhece o Pai. Quem confessa o Filho reconhece também o Pai.
Portanto, permaneça em vós a doutrina que ouvistes desde o princípio. Se permanecer em vós a doutrina que ouvistes desde o princípio, também vós permanecereis no Filho e no Pai.
E a promessa que o Filho nos fez é a vida eterna.
Era isto o que eu tinha a escrever-vos acerca dos que tentam enganar-vos.
Para vós, porém, a unção que recebestes de Cristo permanece em vós e não precisais que alguém vos ensine. Uma vez que a unção de Cristo vos instrui sobre todas as coisas e é verdadeira e não mente, permanecei n'Ele, conforme ela vos ensinou.
E agora, meus filhos, permanecei em Cristo, para que possamos ter plena confiança quando Ele Se manifestar e não sejamos confundidos por Ele na sua vinda.


Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.

Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.




João 1,19-28.

Foi este o testemunho de João Baptista, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: "Quem és tu?"
Ele confessou e não negou: "Eu não sou o Messias".
Eles perguntaram-lhe: "Então, quem és tu? És Elias?" "Não sou", respondeu ele. "És o Profeta?" Ele respondeu: "Não".
Disseram-lhe então: "Quem és tu? Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram, que dizes de ti mesmo?"
Ele declarou: "Eu sou a voz que clama no deserto: 'Endireitai o caminho do Senhor', como disse o profeta Isaías".
Entre os enviados havia fariseus
que lhe perguntaram: "Então porque batizas, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?"
João respondeu-lhes: "Eu batizo na água; mas no meio de vós está Alguém que não conheceis:
Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias".
Tudo isto se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava a batizar.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Catequeses sobre o Evangelho, n.º 7

«No meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim»

«Eu batizo na água; mas no meio de vós está Alguém que não conheceis.» Não é no Espírito, mas na água que João batiza. Incapaz de perdoar os pecados, lava com água o corpo dos batizados, mas não lava o espírito pelo perdão. Então porque batiza ele, se não perdoa os pecados com o seu batismo? Porquê, a não ser para permanecer no seu papel de precursor? Tal como, nascendo, precedeu o Senhor que ia nascer, assim também, batizando, precede o Senhor que ia batizar. Precursor de Cristo pela sua pregação, foi-o também dando um batismo que era uma imagem do sacramento que estava para vir.

João anunciou um mistério quando declarou que Cristo estava no meio dos homens e que eles não O conheciam, pois o Senhor, quando Se revelou na carne, era ao mesmo tempo visível no seu corpo e invisível na sua majestade. E João acrescenta: «O que vem depois de mim passou à minha frente» (Jo 1,15) [...]; e explica as causas da superioridade de Cristo quando precisa: «Porque existia antes de mim», como que para dizer claramente: «Se é superior a mim, tendo nascido depois de mim, é porque o tempo do seu nascimento não O restringe dentro dos seus limites. Nascido de uma mãe no tempo, foi gerado pelo Pai fora do tempo.»

João manifesta o humilde respeito que Lhe deve, prosseguindo: «Não sou digno de desatar a correia das suas sandálias.» Era costume entre os antigos que, se alguém se recusasse a desposar uma jovem que lhe estava prometida, desatasse a sandália do que viesse a ser marido dela. Ora, Cristo manifestou-Se como Esposo da santa Igreja. [...] Mas porque os homens pensavam que João era o Cristo – coisa que o próprio João negou –, ele declara-se indigno de desatar a correia da sua sandália. É como se dissesse claramente [...]: «Eu não adoto incorretamente o nome de esposo» (cf Jo 3,29).