sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sexta-feira, dia 19 de Janeiro de 2018

Sexta-feira da 2ª semana do Tempo Comum

Beatos Tiago Sales, presbítero, e Guilherme Saultemouche, religioso, mártires da Eucaristia, +1593, Beatos José Imbert, João-Nicolau Cordier,Tiago Bonnaud e companheiros, mártires da Revolução Francesa (séc. XVIII), S. Canuto, rei, m., +1086, Santos Mário, Marta e filhos, mm., +270

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «Chamou [...] aqueles que entendeu»

1 Sam. 24,3-21.

Naqueles dias, Saul tomou consigo três mil homens escolhidos de todo o Israel e foi à procura de David e da sua gente, junto ao Rochedo-dos-Cabritos-Monteses.
Chegou a uns currais de ovelhas que se encontram à beira do caminho e entrou numa gruta para satisfazer uma necessidade. David e os seus homens estavam sentados ao fundo da gruta.
Os seus homens disseram-lhe: «Hoje é o dia em que o Senhor te diz: 'Entrego-te nas mãos o teu inimigo: faz dele o que quiseres'». David levantou-se e, sem ser pressentido, cortou um pedaço da orla do manto de Saul.
Mas depois, David sentiu o coração a bater forte por ter cortado um pedaço da orla do manto de Saul.
Disse então aos seus homens: «O Senhor me livre de fazer ao meu soberano uma coisa dessas, de levantar a mão contra ele, porque é o ungido do Senhor».
Com estas palavras, David conteve os seus homens e não os deixou atacar Saul. Saul abandonou a gruta e seguiu o seu caminho.
Então David levantou-se, saiu da gruta e gritou a Saul: «Senhor, meu rei!». Saul olhou para trás e David inclinou a face até ao chão e prostrou-se.
Depois David falou a Saul: «Porque dás ouvidos àqueles que te dizem: 'David quer fazer-te mal'?
Hoje viste com os teus próprios olhos como o Senhor te entregou em minhas mãos, dentro da gruta, e como eu te poupei, recusando matar-te. Eu disse: Não levantarei a mão contra o meu soberano, porque ele é o ungido do Senhor.
Meu pai, vê na minha mão um pedaço do teu manto. Se cortei a orla do teu manto e não te matei, deves reconhecer que em mim não há maldade nem traição. Enquanto atentas contra mim, para me tirares a vida, eu não pratiquei qualquer falta contra ti.
O Senhor seja nosso juiz, Ele me faça justiça contra ti; mas eu não porei em ti as minhas mãos.
Como diz o antigo ditado: 'Dos maus vem a maldade'; por isso não porei em ti as minhas mãos.
Contra quem se pôs em campo o rei de Israel? Quem é que tu persegues? Um cão morto? Uma pulga?
Seja o Senhor o juiz e decida entre nós; Ele examine e defenda a minha causa, me faça justiça e me livre das tuas mãos».
Quando David acabou de dizer estas palavras, Saul perguntou: «És realmente tu que estás a falar, meu filho David?». E, em altos brados, começou a chorar.
Depois disse a David: «Tu és mais justo do que eu, porque me tens feito bem e eu tenho-te feito mal.
Hoje mostraste a tua bondade para comigo, pois o Senhor entregou-me nas tuas mãos e tu não quiseste matar-me.
Quando um homem encontra o seu inimigo, porventura o deixa seguir em paz o seu caminho? O Senhor te recompense pelo bem que hoje me fizeste.
Agora sei que certamente serás rei e que o poder real em Israel ficará consolidado em tuas mãos».


Salmos 57(56),2.3-4.6.11.

Tende piedade de mim, ó Deus, tende piedade,
porque em Vós eu procuro refúgio
e me abrigo à sombra das vossas asas,
até que passe a tormenta.

Clamo ao Deus Altíssimo,
a Deus que me enche de benefícios.
Do Céu me enviará a salvação,
Deus me enviará a sua bondade e fidelidade.

Meu Deus, revelai nas alturas a vossa grandeza
e sobre a terra fazei brilhar a vossa glória,
porque aos céus se eleva a vossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade.




Marcos 3,13-19.

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte. Chamou à sua presença aqueles que entendeu e eles aproximaram-se.
Escolheu doze, para andarem com Ele e para os enviar a pregar,
com poder de expulsar demónios.
Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro;
Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, isto é, «Filhos do trovão»;
André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu
e Judas Iscariotes, que depois O traiu.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», §§ 18-20

«Chamou [...] aqueles que entendeu»

Este sagrado Concílio, seguindo os passos do Concílio Vaticano I, com ele ensina e declara que Jesus Cristo, pastor eterno, edificou a Igreja enviando os apóstolos como Ele fora enviado pelo Pai (Jo 20,21); e quis que os sucessores deles, os bispos, fossem pastores na sua Igreja até ao fim dos tempos. Mas, para que o mesmo episcopado fosse uno e indiviso, colocou o bem-aventurado Pedro à frente dos outros apóstolos e nele instituiu o princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade de fé e comunhão. [...]

O Senhor Jesus, depois de ter orado ao Pai, chamando a Si os que Ele quis, elegeu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar o Reino de Deus (Mc 3,13-19; Mt 10,1-42); constituiu estes apóstolos em colégio, ou grupo estável, e deu-lhes como chefe Pedro, escolhido de entre eles (Jo 21,15-17). Enviou-os primeiro aos filhos de Israel e, depois, a todos os povos (Rom 1,16), para que, participando do seu poder, fizessem de todas as gentes discípulos seus e as santificassem e governassem (Mt 28,16-20; Mc 16,15; Lc 24,45-48; Jo 20,21-23), e deste modo propagassem e apascentassem a Igreja, servindo-a, sob a direção do Senhor, todos os dias até ao fim dos tempos (Mt 28,20). No dia de Pentecostes, foram plenamente confirmados nesta missão (At 2,1-26), segundo a promessa do Senhor: «Recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra» (At 1,8).

E os apóstolos, pregando por toda a parte o Evangelho (Mc 16,20), recebidos pelos ouvintes graças à ação do Espírito Santo, reúnem a Igreja universal que o Senhor fundou sobre os apóstolos e levantou sobre o bem-aventurado Pedro, seu chefe, sendo Jesus Cristo a suma pedra angular (Ap 21,14; Mt 16,18; Ef 2,20). A missão divina confiada por Cristo aos apóstolos durará até ao fim dos tempos (Mt 28,20), uma vez que o Evangelho que eles devem anunciar é em todo o tempo o princípio de toda a vida na Igreja.