domingo, 28 de janeiro de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Domingo, dia 28 de Janeiro de 2018

4º Domingo do Tempo Comum
Quarto Domingo do Tempo Comum (domingo IV do saltério)

S. Tomás de Aquino, presb., Doutor da Igreja, +1274

Comentário do dia
São Jerónimo : «Uma nova doutrina»

Deut. 18,15-20.

Moisés falou ao povo, dizendo: "O Senhor, teu Deus, fará surgir no meio de ti, de entre os teus irmãos, um profeta como eu; a ele deveis escutar.
Foi isto mesmo que pediste ao Senhor, teu Deus, no Horeb, no dia da assembleia: 'Não ouvirei jamais a voz do Senhor meu Deus, nem verei este grande fogo, para não morrer'.
O Senhor disse-me: 'Eles têm razão;
farei surgir para eles, do meio dos seus irmãos, um profeta como tu. Porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes dirá tudo o que Eu lhe ordenar.
Se alguém não escutar as minhas palavras que esse profeta disser em meu nome, Eu próprio lhe pedirei contas.
Mas se um profeta tiver a ousadia de dizer em meu nome o que não lhe mandei, ou de falar em nome de outros deuses, tal profeta morrerá'".


Salmos 95(94),1-2.6-7.8-9.

Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos a Deus, nosso Salvador.
Vamos à sua presença e dêmos graças,
ao som de cânticos aclamemos o Senhor.

Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
Pois Ele é o nosso Deus,
e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.

Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:
«Não endureçais os vossos corações,
como em Meriba, no dia de Massa no deserto,
onde vossos pais Me tentaram e provocaram,

apesar de terem visto as minhas obras».



1 Cor. 7,32-35.

Irmãos: Não queria que andásseis preocupados. Quem não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, com o modo de agradar ao Senhor.
Mas aquele que se casou preocupa-se com as coisas do mundo, com a maneira de agradar à esposa, e encontra-se dividido.
Da mesma forma, a mulher solteira e a virgem preocupam-se com os interesses do Senhor, para serem santas de corpo e espírito. Mas a mulher casada preocupa-se com as coisas do mundo, com a forma de agradar ao marido.
Digo isto no vosso próprio interesse e não para vos armar uma cilada. Tenho em vista o que mais convém e vos pode unir ao Senhor sem desvios.


Marcos 1,21-28.

Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar,
todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar:
«Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.
Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!».
E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de S. Marcos, 2; PLS 2, 125s

«Uma nova doutrina»

«O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.» É esta a sua maneira de exprimir a sua dor: sacudindo o homem com violência. Uma vez que não podia alterar a alma deste homem, o demónio exerceu a sua violência no corpo. Estas manifestações físicas eram, aliás, o único meio que tinha à sua disposição para demonstrar que estava a sair. Tendo o espírito puro manifestado a sua presença, o espírito impuro bate em retirada. [...]

«Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que vem a ser isto?"» Olhemos para os Atos dos Apóstolos, e para os sinais que os primeiros profetas nos deram. Que dizem os magos do faraó perante os prodígios de Moisés? «Está aí o dedo de Deus» (Ex 8,15). É Moisés que os realiza, mas eles reconhecem o poder de outrem. Posteriormente, os apóstolos fizeram outros prodígios: «Em nome de Jesus, levanta-te e anda!» (At 3,6); «E Paulo disse ao espírito: "Ordeno-te, em nome de Jesus Cristo, que saias desta mulher"» (At 16,18). O nome de Jesus é sempre citado. Mas aqui, que diz Ele? «Sai desse homem», sem mais achegas. É em seu próprio nome que Ele ordena ao espírito que saia. «Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que vem a ser isto? Uma nova doutrina?"» A expulsão do demónio não tinha em si nada de novo: os exorcistas dos hebreus faziam-no frequentemente. Mas que diz Jesus? Que doutrina nova é esta? Onde está a novidade? É que Ele impõe-Se com a sua própria autoridade aos espíritos impuros. Ele não cita ninguém: é Ele próprio que dá as ordens; Ele não fala em nome de ninguém, mas com a sua própria autoridade.