domingo, 4 de fevereiro de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Domingo, dia 04 de Fevereiro de 2018

5º Domingo do Tempo Comum

S. João de Brito, presbítero e mártir, +1693

Comentário do dia
São Bernardo : «Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a.»

Job 7,1-4.6-7.

Job tomou a palavra, dizendo: «Não vive o homem sobre a terra como um soldado? Não são os seus dias como os de um mercenário?
Como o escravo que suspira pela sombra e o trabalhador que espera pelo seu salário,
assim eu recebi em herança meses de desilusão e couberam-me em sorte noites de amargura.
Se me deito, digo: 'Quando é que me levanto?'. Se me levanto: 'Quando chegará a noite?'; e agito-me angustiado até ao crepúsculo.
Os meus dias passam mais velozes que uma lançadeira de tear e desvanecem-se sem esperança.
Recordai-Vos que a minha vida não passa de um sopro e que os meus olhos nunca mais verão a felicidade».


Salmos 147(146),1-2.3-4.5-6.

Louvai o Senhor, porque é bom cantar,
é agradável e justo celebrar o seu louvor.
O Senhor edificou Jerusalém,
congregou os dispersos de Israel.

Sarou os corações dilacerados
e ligou as suas feridas.
Fixou o número das estrelas
e deu a cada uma o seu nome.

Grande é o nosso Deus e todo-poderoso,
é sem limites a sua sabedoria.
O Senhor conforta os humildes
e abate os ímpios até ao chão.




1 Cor. 9,16-19.22-23.

Irmãos: Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não anunciar o Evangelho!
Se o fizesse por minha iniciativa, teria direito a recompensa. Mas, como não o faço por minha iniciativa, desempenho apenas um cargo que me está confiado.
Em que consiste, então, a minha recompensa? Em anunciar gratuitamente o Evangelho, sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere.
Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível.
Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo.
E tudo faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens.


Marcos 1,29-39.

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André.
A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela.
Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los.
Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos
e a cidade inteira ficou reunida diante da porta.
Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era.
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar.
Simão e os companheiros foram à procura d'Ele
e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram».
Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim».
E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
1.º Sermão para o Advento

«Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a.»

Que condescendência a de Deus, que nos procura, que dignidade a do homem, que é assim procurado! [...] «Que é o homem, Senhor, para que Te lembres dele, o filho do homem para que dele Te recordes?» (Job 7,17). Gostava muito de saber porque foi que Deus quis vir até nós, porque não fomos nós a ir a Ele. Porque é o nosso interesse que está em causa. Não é habitual os ricos irem à casa dos pobres, mesmo quando têm a intenção de lhes fazer bem. Era a nós que convinha ir ter com Jesus. Mas um duplo obstáculo nos impedia: os nossos olhos estavam cegos e Ele vive numa luz inacessível; nós jazíamos paralisados nos nossos catres, incapazes de alcançar a grandeza de Deus. Foi por isso que o nosso bom Salvador e médico das nossas almas desceu das alturas e moderou para os nossos olhos doentes o brilho da sua glória. Ele revestiu-Se, como que de uma lanterna, desse corpo luminoso e puro de toda a mancha que assumiu.