quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quinta-feira, dia 08 de Fevereiro de 2018

Quinta-feira da 5ª semana do Tempo Comum

S. Jerónimo Emiliano, presbítero, +1537, Santa Josefina Bakhita, religiosa, +1947

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «A mulher era pagã»

1 Reis 11,4-13.

Quando Salomão envelheceu, as suas mulheres desviaram-lhe o coração para outros deuses e o seu coração já não pertencia inteiramente ao Senhor, seu Deus, como pertencera o de seu pai, David.
Salomão prestou culto a Astarté, divindade dos sidónios, e a Milcom, ídolo dos amonitas.
Praticou o que era desagradável ao Senhor e não Lhe obedeceu inteiramente, como seu pai, David.
Nesse tempo, Salomão chegou a construir, no monte que fica a leste de Jerusalém, um santuário a Camos, ídolo de Moab, e a Moloc, ídolo dos amonitas.
E fez o mesmo para todas as suas mulheres estrangeiras, que ofereciam incenso e sacrifícios aos seus deuses.
O Senhor indignou-Se contra Salomão, porque o seu coração se desviara do Senhor, Deus de Israel, que lhe tinha aparecido duas vezes
e lhe ordenara expressamente que não seguisse outros deuses. Mas o rei não cumpriu as ordens do Senhor.
Então o Senhor disse a Salomão: «Porque procedeste assim para comigo e não respeitaste a minha aliança nem as ordens que te dei, vou tirar-te o reino e dá-lo a um dos teus servos.
Não o farei, porém, durante a tua vida, em atenção a teu pai, David; mas vou arrebatá-lo das mãos do teu filho.
Não lhe tirarei todo o reino, mas deixarei uma tribo a teu filho, em atenção ao meu servo David e a Jerusalém, a cidade que Eu escolhi».


Salmos 106(105),3-4.35-36.37.40.

Felizes os que observam o direito
e praticam sempre o que é justo.
Lembrai-Vos de nós, Senhor, por amor do vosso povo, visitai-nos com a vossa salvação.
Andaram com os pagãos

e imitaram os seus costumes.
Prestaram culto aos seus ídolos,
que foram para eles uma armadilha.
Imolaram aos demónios

seus filhos e suas filhas.
Por isso se inflamou a ira do Senhor contra o seu povo
e Ele abominou a sua herança.




Marcos 7,24-30.

Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se para a região de Tiro e Sidónia. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse. Mas não pôde passar despercebido,
pois logo uma mulher, cuja filha tinha um espírito impuro, ao ouvir falar d'Ele, veio prostrar-se a seus pés.
A mulher era pagã, siro-fenícia de nascimento, e pediu-Lhe que expulsasse o demónio de sua filha.
Mas Jesus respondeu-lhe: «Deixa primeiro que os filhos estejam saciados, pois não está certo tirar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos».
Ela, porém, disse: «Senhor, também é verdade que os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas das crianças».
Então Jesus respondeu-lhe: «Dizes muito bem. Podes voltar para casa, porque o demónio já saiu da tua filha».
Ela voltou para casa e encontrou a criança deitada na cama. O demónio tinha saído.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
«Nostra Aetate», 1-2

«A mulher era pagã»

Hoje, que o género humano se torna cada vez mais unido, e aumentam as relações entre os vários povos, a Igreja considera mais atentamente qual a sua relação com as religiões não cristãs. E, na sua função de fomentar a união e a caridade entre os homens e até entre os povos, considera primeiramente tudo aquilo que os homens têm de comum e os leva à convivência.

Com efeito, os homens constituem todos uma só comunidade; todos têm a mesma origem, pois foi Deus quem colocou o género humano sobre a superfície da terra; têm também todos um mesmo fim último, Deus, que a todos estende a sua providência, os seus testemunhos de bondade e os seus desígnios de salvação, até que os eleitos se reunam na cidade santa, iluminada pela glória de Deus, onde todos os povos caminharão na sua luz. Os homens esperam das diversas religiões resposta para os enigmas da condição humana, os quais, hoje como ontem, profundamente preocupam os seus corações. [...]

Todas as religiões que existem no mundo procuram, de modos diversos, ir ao encontro das inquietações do coração humano, propondo caminhos, isto é, doutrinas e normas de vida e também ritos sagrados.

A Igreja Católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas, que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe, todavia refletem, não raramente, um raio da verdade que ilumina todos os homens. No entanto, ela anuncia, e tem mesmo obrigação de anunciar incessantemente Cristo, «caminho, verdade e vida» (Jo 14,6), em quem os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou consigo todas as coisas.