quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quinta-feira, dia 22 de Fevereiro de 2018

Cádeira de São Pedro, apóstolo - festa
Cadeira de São Pedro

Beato Diogo Carvalho, presbítero, mártir, +1624

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «Tu és Pedro; sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja»

1 Pedro 5,1-4.

Caríssimos: Aos presbíteros que há entre vós, eu – presbítero como eles e que fui testemunha dos padecimentos de Cristo e também participante da glória que se há-de manifestar – dirijo-vos esta exortação:
Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, governando-o não à força, mas de boa vontade, tal como Deus quer; não por um mesquinho espírito de lucro, mas com zelo;
não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do rebanho.
E, quando o supremo Pastor se manifestar, então recebereis a coroa imperecível da glória.


Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo

me enchem de confiança.
Para mim preparais a mesa,
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,

e o meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão-de acompanhar-me,
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor

para todo o sempre.



Mateus 16,13-19.

Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», § 22

«Tu és Pedro; sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja»

Assim como, por instituição do Senhor, S. Pedro e os restantes apóstolos formam um colégio apostólico, assim de igual modo estão unidos entre si o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, e os bispos, sucessores dos apóstolos. A natureza colegial da ordem episcopal, claramente comprovada pelos concílios ecuménicos celebrados no decurso dos séculos, manifesta-se já na disciplina primitiva, segundo a qual os bispos de todo o orbe comunicavam entre si e com o bispo de Roma no vínculo da unidade, da caridade e da paz; e também na reunião de concílios, nos quais se decidiram em comum coisas importantes, depois de ponderada a decisão pelo parecer de muitos. O mesmo é claramente demonstrado pelos concílios ecuménicos celebrados no decurso dos séculos; e o uso já muito antigo de chamar vários bispos a participarem na elevação do novo eleito ao ministério do sumo sacerdócio insinua-o já também. É, pois, em virtude da sagração episcopal e pela comunhão hierárquica com a cabeça e os membros do colégio que alguém é constituído membro do corpo episcopal.

Porém, o colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não ser em união com o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, entendido como sua cabeça, permanecendo inteiro o poder do seu primado sobre todos, quer pastores quer fiéis. Pois o Romano Pontífice, em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, tem nela pleno, supremo e universal poder, que pode sempre exercer livremente. A ordem dos bispos, que sucede ao colégio dos apóstolos no magistério e no governo pastoral, e, mais ainda, na qual o corpo apostólico se continua perpetuamente, é também, juntamente com o Romano Pontífice, sua cabeça, e nunca sem a cabeça sujeito do supremo e pleno poder sobre toda a Igreja, poder este que não se pode exercer senão com o consentimento do Romano Pontífice. Só a Simão colocou o Senhor como pedra e clavário da Igreja (cf Mt 16,18-19), e o constituiu pastor de todo o seu rebanho (cf Jo 21,15 ss.); mas é sabido que o encargo de ligar e desligar conferido a Pedro (Mt 16,19) foi também atribuído ao colégio dos apóstolos unido à sua cabeça (Mt 18,18; 28,16-20). Este colégio, enquanto composto por muitos, exprime a variedade e universalidade do povo de Deus e, enquanto reunido sob uma só cabeça, revela a unidade do redil de Cristo.