segunda-feira, 12 de março de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Segunda-feira, dia 12 de Março de 2018

Segunda-feira da 4ª semana da Quaresma

Santa Josefina, penitente, +1353, S. Luís Orione, sacerdote, fundador, +1940, Santo Inocêncio I, papa, +417

Comentário do dia
Balduíno de Ford : O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe disse

Is. 65,17-21.

Assim fala o Senhor: «Eu vou criar os novos céus e a nova terra e não mais se recordará o passado, nem voltará de novo ao pensamento.
Haverá alegria e felicidade eterna por aquilo que Eu vou criar: vou fazer de Jerusalém um motivo de júbilo e do seu povo uma fonte de alegria.
Exultarei por causa de Jerusalém e alegrar-Me-ei por causa do meu povo. Nunca mais se hão de ouvir nela vozes de pranto nem gritos de angústia.
Já não haverá ali uma criança que viva só alguns dias, nem um velho que não complete o número dos seus anos, porque o mais novo morrerá centenário e quem não chegar aos cem anos terá incorrido em maldição.
Construirão casas e habitarão nelas; plantarão vinhas e comerão os seus frutos».


Salmos 30(29),2.4.5-6.11-12a.13b.

Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.

Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede vós o meu auxílio.

Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor, meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.



João 4,43-54.

Naquele tempo, Jesus saiu da Samaria e foi para a Galileia.
Ele próprio tinha declarado que um profeta nunca era apreciado na sua terra.
Ao chegar à Galileia, foi recebido pelos galileus, porque tinham visto quanto Ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, a que também eles tinham assistido.
Jesus voltou novamente a Caná da Galileia, onde convertera a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário real cujo filho se encontrava doente.
Quando ouviu dizer que Jesus viera da Judeia para a Galileia, foi ter com Ele e pediu-Lhe que descesse a curar o seu filho, que estava a morrer.
Jesus disse-lhe: «Se não virdes sinais e prodígios, não acreditareis».
O funcionário insistiu: «Senhor, desce, antes que meu filho morra».
Jesus respondeu-lhe: «Vai, que o teu filho vive». O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe tinha dito e pôs-se a caminho.
Já ele descia, quando os servos vieram ao seu encontro e lhe disseram que o filho vivia.
Perguntou-lhes então a que horas tinha melhorado. Eles responderam-lhe: «Foi ontem à uma da tarde que a febre o deixou».
Então o pai verificou que àquela hora Jesus lhe tinha dito: «O teu filho vive». E acreditou, ele e todos os de sua casa.
Foi este o segundo milagre que Jesus realizou, ao voltar da Judeia para a Galileia.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo
Homilia sobre a carta aos Hebreus 4,12; PL 204, 451-453

O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe disse

«A palavra de Deus é viva» (Heb 4, 12). O que o apóstolo demonstra com as suas palavras àqueles que procuram Cristo, que é o Verbo, a força e a sabedoria de Deus, é toda a grandeza, a força e a sabedoria da palavra de Deus. Este Verbo estava no início junto do Pai, é eterno com Ele (Jo 1,1), e foi revelado a seu tempo aos apóstolos, anunciado por eles e recebido humildemente pelo povo dos crentes. [...]

Ela eé viva, esta palavra a quem o Pai deu o dom da vida em Si mesma, tal como Ele a possuía em Si mesmo (Jo 5,26). E não só é viva, como é a própria vida, conforme está escrito: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6). E porque é a vida, está viva e dá vida, pois «como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem Ele quer» (Jo 5,21). Ela dá vida quando chama Lázaro para fora do túmulo e lhe diz: «Lázaro, vem para fora !» (Jo 11,43) Quando esta palavra é proclamada, a voz que a pronuncia ressoa no exterior com tal força, que, percebida no interior, faz reviver os mortos, e ao acordar a fé, suscita verdadeiros filhos de Abraão (Mt 3,9). Sim, ela é viva, esta palavra, viva no coração do Pai, na boca daquele que a proclama, no coração daquele que crê e que ama.