quarta-feira, 14 de março de 2018

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quarta-feira, dia 14 de Março de 2018

Quarta-feira da 4ª semana da Quaresma

Beata Josefina Gabriela Bonino, virgem, fundadora, +1906, Santa Matilde, rainha da Prússia, +968

Comentário do dia
Carta a Diogneto : «querer[iam] dar-Lhe a morte [...] também por chamar a Deus seu Pai"»

Is. 49,8-15.

Assim fala o Senhor: «No tempo da graça, Eu te ouvi; no dia da salvação, Eu te ajudei. Eu te formei e designei para renovar a aliança do povo, para restaurar a terra e reocupar as herdades devastadas;
para dizer aos prisioneiros: 'Saí para fora' e àqueles que vivem nas trevas: 'Vinde para a luz'. Hão de alimentar-se em todos os caminhos e acharão pastagem em todas as encostas.
Não sentirão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão sobre eles, porque Aquele que tem compaixão deles os guiará e os conduzirá às nascentes da água.
De todas as minhas montanhas farei caminhos e as minhas estradas serão niveladas.
Ei-los que vêm de longe: uns do Norte e do Poente, outros da terra de Sinim.
Rejubilai, ó céus; exulta, ó terra; montes, soltai gritos de alegria, porque o Senhor consola o seu povo e tem compaixão dos seus pobres.
Sião dizia: 'O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim'.
Pode a mulher esquecer-se da criança que amamenta e não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Mas ainda que ela o esquecesse, Eu nunca te esquecerei».


Salmos 145(144),8-9.13cd-14.17-18.

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos,
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.

O Senhor é fiel à sua palavra
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor ampara os que vacilam
e levanta todos os oprimidos.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.




João 5,17-30.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo».
Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus.
Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente.
Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há-de manifestar-Lhe coisas maiores que estas, de modo que ficareis admirados.
Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer.
O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar,
para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que O enviou.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita n'Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque passou da morte à vida.
Em verdade, em verdade vos digo: Aproxima-se a hora _ e já chegou _ em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão.
Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho que tivesse a vida em Si mesmo;
e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem.
Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz:
Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados.
Eu não posso fazer nada por Mim próprio: julgo segundo o que oiço e o meu juízo é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade d'Aquele que Me enviou».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Carta a Diogneto (c. 200)
Capítulo. 9

«querer[iam] dar-Lhe a morte [...] também por chamar a Deus seu Pai"»

Até aos nossos dias, que são os últimos, Deus foi permitindo que nos deixássemos conduzir ao sabor das nossas inclinações desordenadas, levados pelos prazeres e pelas paixões. Não que Ele tivesse o menor prazer nos nossos pecados; de modo nenhum! Apenas tolerava este tempo de iniquidade, sem nele consentir. Preparava assim o tempo atual da justiça, a fim de que, convencidos de termos sido indignos durante esse período por causa das nossas faltas, nos tornássemos agora dignos dele em razão da bondade divina. [...]  

Ele não nos odiou nem nos rejeitou. [...] Enchendo-Se de piedade por nós, encarregou-Se Ele mesmo das nossas faltas e entregou o seu próprio Filho em resgate por nós: o santo pelos ímpios, o inocente pelos malfeitores, «o justo pelos injustos» (1Pe 3,18), o incorruptível pelos corrompidos, o imortal pelos mortais. Que outra coisa, para além da sua justiça, teria podido cobrir os nossos pecados? Em quem poderíamos ser justificados [...], senão no Filho único de Deus? Suave troca, obra insondável, benefícios inesperados! O crime de uma multidão é coberto pela justiça de um só e a justiça de um só justifica inúmeros culpados. No passado, Ele convenceu a nossa natureza da sua incapacidade para alcançar a vida; agora mostrou-nos o Salvador capaz de salvar o que não podia ser salvo. Por estas duas vias, quis encher-nos de fé na sua bondade e fazer-nos ver nele o que dá o alimento, o pai, o mestre, o conselheiro, o médico, a inteligência, a luz, a honra, a glória, a força e a vida.