sábado, 31 de março de 2018

Santa Páscoa

Prezados assinantes

Toda a equipa de Evangelho Quotidiano vos deseja santas festas pascais!

Vimos Jesus ser aclamado no domingo de Ramos, depois sofrer durante a Semana Santa. Ele, que é o Caminho e a Verdade, o Amor encarnado, foi condenado de forma totalmente injusta por faltas que não tinha cometido, tratado como perigoso malfeitor. Ele sofreu até à morte com paciência e mansidão, apesar do desencadear de violência que o rodeava. Se seguirmos o seu exemplo, se aceitarmos com paciência e coragem sofrer com Jesus, ressuscitaremos com Ele.

Tal como o Cireneu estava a seu lado para o ajudar a levar a cruz, Jesus está sempre a nosso lado para nos apoiar nas provações. Simão representa toda a humanidade e, durante alguns metros na Via Dolorosa, Cristo e a humanidade sofreram juntos, ombro a ombro. Hoje ainda, todos os dias da nossa vida, e até ao fim do mundo, Cristo está connosco, ombro a ombro, para nos apoiar e nos conduzir no caminho da Bem-aventurança eterna. Tenhamos a audácia e a simplicidade de repousarmos n’Ele, nosso irmão, quando a cruz se tornar pesada. Ele nos devolverá a força de prosseguirmos o nosso caminho com alegria.

Que a Virgem Santa Maria nos faça participar plenamente nesta grande alegria da Páscoa que é um aperitivo do céu.

A equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa (um serviço evangelizo.org)

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sabado, dia 31 de Março de 2018

Sábado Santo - VIGÍLIA PASCAL
Vigília Pascal

Santo Amós, profeta, Santo Acácio, bispo, +250, Santa Balbina, virgem, mártir (+132), S. Guido, Leigo, Peregrino, séc. X e XI

Comentário do dia
São Cromácio de Aquileia : «Eis que renovo todas as coisas» (Ap 21,5)

Ex. 14,15-31.15,1a.

Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha.
E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto.
Entretanto vou permitir que se endureça o coração dos egípcios, que hão-de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória, triunfando do faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros.
Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando Eu manifestar a minha glória, vencendo o faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».
O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel, deslocou-se para a retaguarda. A coluna de nuvem que os precedia veio colocar-se atrás do acampamento
e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel. A nuvem era tenebrosa de um lado e do outro iluminava a noite, de modo que, durante a noite, não se aproximaram uns dos outros.
Moisés estendeu a mão sobre o mar e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se.
Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros seguiram-nos pelo mar dentro.
Na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou nele a confusão.
Bloqueou as rodas dos carros, que dificilmente se podiam mover. Então os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate por eles contra os egípcios».
O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros».
Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direção. E o Senhor precipitou-os no meio do mar.
As águas refluíram e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou.
Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar.
Viu também o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n'Ele e em seu servo Moisés.
Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor: «Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».


Ex. 15,1b-2.3-4.5-6.17-18.

«Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande:
cavalo e cavaleiro lançou no mar.  
O Senhor é a minha força e a minha proteção:
foi Ele quem me salvou

Ele é o meu Deus: eu O exalto
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.
O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;
precipitou no mar os carros do Faraó e o seu exército.

Os seus melhores combatentes afogaram-se no Mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
caíram como pedra no abismo.
A vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,

a vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.
Mas, conduzistes com amor o povo que libertastes
e com o vosso poder o levastes à vossa morada santa,
à morada segura que fizestes, Senhor.

O Senhor reinará pelos séculos dos séculos.



Romanos 6,3-11.

Irmãos: Todos nós que fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte.
Fomos sepultados com Ele pelo Batismo na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.
Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo pela semelhança da sua morte também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição.
Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos escravos dele.
Quem morreu, está livre do pecado.
Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos,
sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele.
Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; mas a sua vida, é uma vida para Deus.
Assim, vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.


Marcos 16,1-7.

Depois de passar o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamar Jesus.
E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol.
Diziam umas às outras: «Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?».
Mas, olhando, viram que a pedra já fora revolvida; e era muito grande.
Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado direito, vestido com uma túnica branca, e ficaram assustadas.
Mas ele disse-lhes: «Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou: não está aqui. Vede o lugar onde O tinham depositado.
Agora ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis, como vos disse».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Cromácio de Aquileia (?-407), bispo
Sermão 17, 2.º para a Grande Noite

«Eis que renovo todas as coisas» (Ap 21,5)

O mundo inteiro, celebrando a vigília pascal durante toda esta noite, testemunha a grandeza e a solenidade da mesma. E com razão: nesta noite a morte foi vencida, a Vida está viva, Cristo ressuscitou dos mortos. Outrora, Moisés dissera ao povo, a propósito desta Vida: «Sentireis a vossa vida suspensa e tremereis noite e dia» (Dt 28,66). [...] Que aqui se trata de Cristo Senhor, é Ele próprio que no-lo mostra no Evangelho, quando diz: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6). Ele diz-Se o caminho, porque conduz ao Pai; a verdade, porque condena a mentira; e a vida, porque comanda a morte [...]: «Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» (1Cor 15,55) Porque a morte, que sempre fora vitoriosa, foi vencida pela morte daquele que a venceu. A Vida aceitou morrer para desconcertar a morte. Da mesma forma que, ao nascer do dia, as trevas desaparecem, assim foi a morte aniquilada, quando se ergueu a Vida eterna. [...]

Eis, pois, o tempo pascal. Outrora, Moisés falou ao seu povo dizendo: «Este mês será para vós o primeiro dos meses; ele será para vós o primeiro dos meses do ano» (Ex 12,2). [...] O primeiro mês do ano não é, portanto, janeiro, em que tudo está morto, mas o tempo pascal, em que tudo retorna à vida. Porque é agora que a erva dos prados, de certa forma, ressuscita da morte, é agora que há flores nas árvores e que as vinhas têm rebentos, é agora que o próprio ar parece feliz com o início dum novo ano. [...] Este tempo pascal é, assim, o primeiro mês, o tempo novo [...], e, também neste dia, o género humano é renovado. Pois hoje, no mundo inteiro, inumeráveis povos ressuscitam, pela água do batismo, para uma vida nova. [...] E nós, que acreditamos que o tempo pascal é, na verdade, o ano novo, devemos celebrar este santo dia com toda a alegria e exultação e júbilo espiritual, para podermos dizer, verdadeiramente, este refrão do salmo: «Este é o dia da vitória do Senhor: cantemos e alegremo-nos nele!» (117,24).