domingo, 28 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 01 de Março de 2010
Segunda-feira da 2ª semana da Quaresma

Santo Albino, bispo, +550, S. Rosendo, bispo, +977, Beato Miguel Carvalho e companheiros, mártires, +1624



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Máximo : «A medida usardes com os outros será usada convosco»

Leituras

Dan. 9,4-10.
Supliquei ao Senhor, meu Deus, e fiz-lhe a minha confissão nestes termos:
«Ah! Senhor, Deus grande e temível, que és fiel à Aliança e que manténs o
teu favor para com os que te amam e guardam os teus mandamentos.
Todos nós pecámos, prevaricámos, praticámos a iniquidade, fomos revoltosos,
afastámo-nos dos teus mandamentos e das tuas leis.
Não escutámos os teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos
nossos reis, aos nossos chefes, aos nossos pais e a todo o povo da nação.
Para ti, Senhor, a justiça; para nós, a infâmia, como é hoje para as gentes
de Judá, para os habitantes de Jerusalém e para todo o Israel, para aqueles
que estão perto e aqueles que estão longe, em todos os países por onde os
espalhaste, em consequência das iniquidades que cometeram contra ti.
Sim, ó Senhor, para nós a vergonha, para os nossos reis, para os nossos
chefes, para os nossos pais, porque pecámos contra ti.
No Senhor, nosso Deus, a misericórdia e o perdão, pois nos revoltámos
contra Ele.
Recusámos escutar a voz do Senhor, nosso Deus; não seguimos as leis que nos
propunha pela boca dos seus servos, os profetas.


Salmos 79,8.9.11.13.
Não recordes contra nós as faltas dos nossos antepassados; venha depressa
ao nosso encontro a tua misericó
Socorre nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do teu nome; livra nos e
perdoa nos pelo amor do teu nome
Chegue junto de ti o gemido dos cativos e, pela grande força do teu braço,
salva da morte os que estão co
Nós, que somos o teu povo e ovelhas do teu rebanho, glorificar te emos para
sempre; de geração em geração


Lucas 6,36-38.
Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»
«Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados;
perdoai e sereis perdoados.
Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será
lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada
convosco.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Máximo, o Confessor (c. 580-662), monge e teólogo
A vida ascética, 40-42; PG 90, 912 (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, p. 108)

«A medida usardes com os outros será usada convosco»

Tendo aprendido pela Escritura o que é o temor do Senhor e o que é a Sua
bondade e o Seu amor, convertamo-nos a Ele de todo o coração. [...]
Guardemos os seus mandamentos; amemo-nos uns aos outros com todo o coração.
Chamemos irmãos mesmo àqueles que nos odeiam e detestam, a fim de que o
nome do Senhor seja glorificado e manifestado em toda a sua alegria. Nós,
que nos suportamos uns aos outros, perdoemo-nos mutuamente. [...] Não
tenhamos inveja dos outros e, se estamos permeáveis ao ciúme, não nos
tornemos ferozes. Mostremo-nos antes cheios de compaixão uns para com os
outros, e pela nossa humildade curemo-nos uns aos outros. Não maldigamos
nem trocemos, porque somos membros uns dos outros.

Amando-nos uns aos outros, seremos amados por Deus; sejamos pacientes uns
com os outros e Ele mostrar-se-á paciente com os nossos pecados. Não
paguemos o mal com o mal e não receberemos o que merecemos pelos nossos
pecados. Porque obteremos o perdão nossos pecados perdoando aos nossos
irmãos, e a misericórdia de Deus está escondida na misericórdia para com o
próximo. [...] Vede, o Senhor deu-nos o meio de nos salvarmos e dá-nos o
poder celeste de nos tornarmos filhos de Deus.




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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 28 de Fevereiro de 2010
2º Domingo da Quaresma - Ano C

2º Domingo da Quaresma (semana II do saltério)
Beato Daniel Brottier, presbítero, +1936, S. Torcato, bispo, séc. I



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Anastásio do Sinai : «Moisés e Elias [...] falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém»

Leituras

Gén. 15,5-12.17-18.
E, conduzindo-o para fora, disse-lhe: «Levanta os olhos para o céu e conta
as estrelas, se fores capaz de as contar.» E acrescentou: «Pois bem, será
assim a tua descendência.»
Abrão confiou no Senhor, e Ele considerou-lhe isso como mérito.
O Senhor disse-lhe depois: «Eu sou o Senhor que te mandou sair de Ur, na
Caldeia, para te dar esta terra.»
Perguntou-lhe Abrão: «Senhor Deus, como saberei que tomarei posse dela?»
Disse-lhe o Senhor: «Toma uma novilha de três anos, uma cabra de três anos,
um carneiro de três anos, uma rola e um pombo ainda novo.»
Abrão foi procurar todos estes animais, cortou-os ao meio e dispôs cada
metade em frente uma da outra; não cortou, porém, as aves.
As aves de rapina desciam sobre as carnes mortas, mas Abrão afugentava-as.
Ao pôr-do-sol, apoderou-se dele um sono profundo; ao mesmo tempo, sentiu-se
apavorado e foi envolvido por densa treva.
Quando o Sol desapareceu, e sendo completa a escuridão, surgiu um braseiro
fumegante e uma chama ardente, que passou entre as metades dos animais.
Naquele dia, o Senhor concluiu uma aliança com Abrão, dizendo-lhe: «Dou
esta terra à tua descendência, desde o rio do Egipto até ao grande rio, o
Eufrates,


Salmos 27,1.7-9.13-14.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte
da minha vida: quem me assustará?
Ouve, SENHOR, a voz da minha súplica, tem compaixão de mim e responde me.
O meu coração murmura por ti, os meus olhos te procuram; é a tua face que
eu procuro, SENHOR.
Não desvies de mim o teu rosto, nem afastes, com ira, o teu servo. Tu és o
meu amparo: não me rejeites nem abandones, ó Deus, meu salvador!
Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos
vivos.
Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!


Filip. 3,17-21.4,1.
Sede todos meus imitadores, irmãos, e olhai atentamente para aqueles que
procedem conforme o modelo que tendes em nós.
É que muitos –de quem várias vezes vos falei e agora até falo a chorar –
são, no seu procedimento, inimigos da cruz de Cristo:
o seu fim é a perdição, o seu Deus é o ventre, e gloriam-se da sua vergonha
– esses que estão presos às coisas da terra.
É que, para nós, a cidade a que pertencemos está nos céus, de onde
certamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
Ele transfigurará o nosso pobre corpo, conformando-o ao seu corpo glorioso,
com aquela energia que o torna capaz de a si mesmo sujeitar todas as
coisas.
Portanto, meus caríssimos e saudosos irmãos, minha coroa e alegria,
permanecei assim firmes no Senhor, caríssimos.


Lucas 9,28-36.
Uns oito dias depois destas palavras, levando consigo Pedro, João e Tiago,
Jesus subiu ao monte para orar.
Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes
tornaram-se de uma brancura fulgurante.
E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias,
os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia
acontecer em Jerusalém.
Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a
glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele.
Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe: «Mestre, é bom
estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra
para Elias.» Não sabia o que estava a dizer.
Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na
nuvem, ficaram atemorizados.
E da nuvem veio uma voz que disse: «Este é o meu Filho predilecto.
Escutai-o.»
Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio
e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que tinham visto.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Anastásio do Sinai (?-depois de 700), monge
Homilia sobre a Transfiguração

«Moisés e Elias [...] falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém»

Neste dia apareceu misteriosamente no Monte Tabor a condição da vida futura
e do Reino da alegria. Neste dia, os mensageiros da Antiga e da Nova
Aliança reuniram-se de forma extraordinária em torno de Deus na montanha,
portadores de um mistério cheio de paradoxo. Neste dia, desenha-se no Monte
Tabor o mistério da Cruz que, pela morte, dá a vida: assim como Cristo foi
crucificado entre dois homens no Monte Calvário, assim também Se apresentou
na majestade divina entre Moisés e Elias. E a festa de hoje mostra-nos este
outro Sinai, montanha ó quão mais preciosa que o Sinai, pelas suas
maravilhas e os seus eventos, que ultrapassa, pela teofania que nela se
deu, as visões divinas figuradas e obscuras. [...]Rejubila, ó
Criador de todas as coisas, Cristo Rei, Filho de Deus resplandecente de
luz, que transfiguraste à Tua imagem toda a criação e de forma misteriosa a
recriaste. [...] E rejubila, ó imagem do Reino celeste, santíssimo Monte
Tabor, que ultrapassas em beleza todas as montanhas! Monte Gólgota e Monte
das Oliveiras, cantai juntos um hino e rejubilai; cantai a Cristo a uma só
voz no Monte Tabor e celebrai-O juntos!




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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 27 de Fevereiro de 2010
Sábado da 1ª semana da Quaresma

S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores, confessor, +1862, S. Leandro, bispo, +600



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Isaac o Sírio : «Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus»

Leituras

Deut. 26,16-19.
«Hoje, o Senhor, teu Deus, ordena-te que cumpras estas leis e preceitos.
Observa-os e cumpre-os com todo o teu coração e com toda a tua alma.
Hoje, declaraste ao Senhor que Ele seria o teu Deus e que andarias nos seus
caminhos, observando as suas leis, os seus preceitos e os seus mandamentos.

Por sua vez, o Senhor declarou-te hoje que serias o seu povo particular,
como te tinha dito, e que deverias observar todos os seus mandamentos;
que te tornaria superior em honra, fama e esplendor a todos os povos que
Ele tinha criado; que serias um povo consagrado ao Senhor, teu Deus, como
Ele tinha dito.»


Salmos 119(118),1-2.4-5.7-8.
Felizes os que seguem o caminho da rectidão e vivem segundo a lei do
SENHOR.
Felizes os que cumprem os seus preceitos e o procuram com todo o coração,
Promulgaste os teus preceitos para se cumprirem fielmente.
Oxalá os meus passos sejam firmes no cumprimento dos teus decretos.
Poderei louvar-te de coração sincero, instruído pelos teus justos juízos.
Hei-de cumprir as tuas leis; não me abandones mais! Bet


Mateus 5,43-48.
«Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos
perseguem.
Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele
faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva
sobre os justos e os pecadores.
Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem
já isso os cobradores de impostos?
E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o
fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Isaac o Sírio (séc. VII), monge em Nínive, perto de Mossoul, no actual Iraque
Discursos ascéticos, 2ª série, 38,5 et 39,3 (a partir da trad. Alfeyev, Bellefontaine 2001, p. 46)

«Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus»

No Criador, não há mudança, não há intenções anteriores ou posteriores; na
Sua natureza, não há ódio nem ressentimentos, não há lugar maior ou menor
no Seu amor, nem antes nem depois no Seu conhecimento. Pois, se todos crêem
que a criação começou a existir como consequência da bondade e do amor do
Criador, nós sabemos que esta primeira motivação não diminui nem se altera
no Criador em consequência do curso desordenado da Sua criação.Seria profundamente odioso e perfeitamente blasfemo supor que há em Deus
ódio e ressentimento - sequer para com os próprios demónios -, ou imaginar
Nele alguma fraqueza ou paixão. [...] Muito pelo contrário, Deus age sempre
connosco pelos caminhos que sabe serem para nossa vantagem, quer estes
sejam para nós causa de sofrimento ou de consolo, de alegria ou de
tristeza, quer sejam insignificantes ou gloriosos. Todos eles são
orientados para os mesmos bens eternos.




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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 26 de Fevereiro de 2010
Sexta-feira da 1ª semana da Quaresma

S. Porfírio de Gaza, bispo, +420, Santo Alexandre, bispo, +328



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Se te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti»

Leituras

Ezeq. 18,21-28.
"Mas se o pecador renuncia a todos os pecados que cometeu, se observa todas
as minhas leis e pratica o direito e a justiça, ele deve viver, não
morrerá.
Não serão lembradas as faltas que cometeu, viverá por causa da justiça que
praticou.
Porventura me hei-de comprazer com a morte do pecador - oráculo do Senhor
DEUS - e não com o facto de ele se converter e viver?
Mas se o justo se desvia da sua justiça e pratica o mal, imitando os crimes
abomináveis a que se entrega o pecador, porventura viverá? A justiça que
praticou não será recordada; por causa da infidelidade a que se entregou e
do pecado que cometeu, morrerá.
Porém, vós dizeis: 'O modo de proceder do Senhor não é justo.' Escutai,
pois, casa de Israel: Então é o meu modo de agir que não é justo? Ou é o
vosso que o não é ?
Se o justo se afasta da sua justiça para praticar o mal e morre por causa
disto, é por causa do mal que praticou que ele morrerá.
Se o pecador se afasta do pecado que cometeu para praticar o direito e a
justiça, ele merece viver.
Se ele se afasta dos pecados que cometeu, viverá certamente, não morrerá.


Salmos 130(129),1-2.3-4.5-6.7-8.
Do fundo do abismo clamo a ti, SENHOR!
Senhor, ouve a minha prece! Estejam teus ouvidos atentos à voz da minha
súplica!
Se tiveres em conta os nossos pecados, Senhor, quem poderá resistir?
Mas em ti encontramos o perdão; por isso te fazes respeitar.
Eu espero no SENHOR! Sim, espero! A minha alma confia na sua palavra.
minha alma volta-se para o Senhor, mais do que a sentinela para a aurora.
Mais do que a sentinela espera pela aurora,
Israel espera pelo SENHOR; porque nele há misericórdia e com Ele é
abundante a redenção.
Ele há-de livrar Israel de todos os seus pecados.


Mateus 5,20-26.
Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e
dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu.»
«Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de
responder em juízo.
Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o
tribunal; quem lhe chamar 'imbecil' será réu diante do Conselho; e quem lhe
chamar 'louco' será réu da Geena do fogo.
Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares
de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti,
deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o
teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.
Com o teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes juntos,
para não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te mandem
para a prisão.
Em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermão 357

«Se te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti»

«Deus faz que o sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva
sobre os justos e os pecadores» (Mt 5, 45). Ele mostra a sua paciência; não
lamenta o Seu poder. Também tu [...], renuncia à provocação, não aumentes a
tribulação dos que semeiam o tumulto. És amigo da paz? Mantém-te tranquilo
dentro de ti mesmo. [...] Deixa de lado as querelas, e volta-te para a
oração. Não respondas à injúria com a injúria, mas reza por esse homem.

Queres opor-te a ele: fala a Deus por ele. Não digo que te cales: escolhe o
meio conveniente, e vê Aquele a quem falas, em silêncio, com um grito do
coração. Onde o teu adversário não te vê, aí mesmo, sê bom para ele. A esse
adversário da paz, a esse amigo da disputa, responde tu, amigo da paz: «Diz
tudo o que quiseres, porque, seja qual for a tua inimizade, tu és meu
irmão» [...].

«Bem me podes odiar e repelir: tu és meu irmão! Reconhece em ti o sinal do
meu Pai; é esta a Palavra do meu Pai: és um irmão quezilento, mas és meu
irmão, porque tu dizes tal como eu: «Pai nosso que estais nos céus». Se
invocamos um único Pai, por que não somos um só? Peço-te, reconhece o que
dizes comigo e reprova o que fazes contra mim. [...] Temos uma única voz
diante do Pai; por que não havemos de ter juntos uma única paz?»




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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 25 de Fevereiro de 2010
Quinta-feira da 1ª da Quaresma

S. Sebastião de Aparício, leigo, confessor, +1600, S. Luis Versiglia, bispo, mártir, +1930, S. Calisto Caravário, presbítero, mártir, +1930



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : «Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?»

Leituras

Ester 14,1.3-5.12-14.
Naqueles dias, a rainha Ester, tomada de angústia mortal, procurou refúgio
no Senhor
e fez esta súplica ao Senhor, Deus de Israel: «Meu Senhor, nosso único Rei,
vinde socorrer-me, porque estou só e não tenho outro auxílio senão Vós
e corre perigo a minha vida.
Desde criança, ouvi dizer na minha tribo paterna que Vós, Senhor,
escolhestes Israel entre todos os povos e os nossos pais entre os seus
antepassados, para serem a vossa herança perpétua, e cumpristes tudo o que
lhes tínheis prometido.
Lembrai-Vos de nós, Senhor, e manifestai-Vos no dia da nossa tribulação.
Fortalecei-me, Rei dos deuses e Senhor dos poderosos.
Ponde em meus lábios palavras harmoniosas, quando estiver na presença do
leão, e mudai o seu coração, para que deteste o nosso inimigo e o arruíne
com todos os seus cúmplices.
Livrai-nos com a vossa mão; vinde socorrer-me no meu abandono, porque não
tenho ninguém senão Vós, Senhor».


Salmos 138(137),1-3.7-8.
Dou-te graças, SENHOR, de todo o coração, na presença dos poderosos te
hei-de louvar.
Inclino-me voltado para o teu santo templo e louvarei o teu nome, pela tua
bondade e pela tua fidelidade, porque foste mais além das tuas promessas.
Quando te invoquei, atendeste-me e aumentaste as forças da minha alma.
Quando estou em angústia, conservas-me a vida; estendes a mão contra a ira
dos meus inimigos, e a tua mão direita me salva.
SENHOR tudo fará por mim! Ó SENHOR, o teu amor é eterno! Não abandones a
obra das tuas mãos!


Mateus 7,7-12.
«Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de
abrir-vos.
Pois, quem pede, recebe; e quem procura, encontra; e ao que bate, hão-de
abrir.
Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Ora bem, se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos,
quanto mais o vosso Pai que está no Céu dará coisas boas àqueles que lhas
pedirem.»
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles,
porque isto é a Lei e os Profetas.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 55; PL 52, 352-354 (a partir da trad. En Calcat)

«Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?»

Se Deus quis que fosses pai [...], foi para que, dando também a vida,
soubesses o que é a ternura paternal, de modo a experimentares em ti o amor
do Teu criador na medida em que podes sentir em ti mesmo afeição para com
teus próprios filhos. [...] Se, por conseguinte, crês em Deus, e confessas
que é Pai, então crê que tudo quanto ordena, tudo quanto escolhe a teu
respeito, é para tua salvação, é vida para ti. Não se podem anular os dons
de uma mãe, não se podem recusar as advertências de um pai; ainda que as
ordens paternas pareçam austeras, são na realidade salvadoras e
vivificantes.

Assim, quando compreendeu que Deus era Pai, Abraão não se deteve na
aparente dureza e aspereza dos mandamentos; mas glorificou o que o Pai dos
céus ordenou [...]; logo que Deus ordena, ele entrega-se inteiramente ao
Seu amor. [...] Quando se conhece Deus, para quê contestar os Seus dons de
Pai, em vez de os acolher como coisas boas e vantajosas, tal como o pequeno
e o inocente espera tudo de seu pai?

Examinai mais de perto a comparação que o Senhor emprega no Seu Evangelho:
«Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?» Cristo
veio para os filhos, ou seja, para o Seu povo eleito, mesmo que tenha tido
pena de o ter gerado e tenha gritado: «Criei filhos e fi-los crescer mas
eles revoltaram-se contra Mim» (Is 1, 2); por conseguinte, veio para os
filhos, Ele, o verdadeiro pão do céu que dizia: «Eu sou o pão que desceu do
céu» (Jo 6, 41).




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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 24 de Fevereiro de 2010
Quarta-feira da 1ª semana da Quaresma

S. Sérgio, mártir, +304, S. Lázaro, monge, séc. IX



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ireneu de Lião : O sinal de Jonas

Leituras

Jonas 3,1-10.
A palavra do Senhor foi dirigida pela segunda vez a Jonas, nestes termos:
«Levanta-te e vai a Nínive, à grande cidade e apregoa nela o que Eu te
ordenar.»
Jonas levantou-se e foi a Nínive, segundo a ordem do Senhor. Nínive era uma
cidade imensamente grande, e eram precisos três dias para a percorrer.
Jonas entrou na cidade e andou um dia inteiro a apregoar: «Dentro de
quarenta dias Nínive será destruída.»
Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, ordenaram um jejum e
vestiram-se de saco, do maior ao menor.
A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu
trono, tirou o seu manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.
Em seguida, foi publicado na cidade, por ordem do rei e dos príncipes, este
decreto: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas não comam nada, não
sejam levados a pastar nem bebam água.
Os homens e animais cubram-se de roupas grosseiras, e clamem a Deus com
força; converta-se cada um do seu mau caminho e da violência que há nas
suas mãos.
Quem sabe se Deus não se arrependerá e acalmará o ardor da sua ira, de modo
que não pereçamos?»
Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e,
arrependendo-se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez.


Salmos 51(50),3-4.12-13.18-19.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande
misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava me de toda a iniquidade; purifica me dos meus delitos.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito.
Não me afastes da tua presença, nem me prives do teu santo espírito!
Não te comprazes nos sacrifícios nem te agrada qualquer holocausto que eu
te ofereça.
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; ó Deus, não desprezes
um coração contrito e arrependido.


Lucas 11,29-32.
Como as multidões afluíssem em massa, começou a dizer: «Esta geração é uma
geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não
ser o de Jonas.
Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também
o Filho do Homem para esta geração.
A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens
desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para
ouvir a sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão!
Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e
hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas;
ora, aqui está quem é maior do que Jonas.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ireneu de Lião (c. 130 - c. 208), bispo, teólogo e mártir
Contra as heresias, III, 20, 1 (a partir da trad. Rousseau, Cerf 1984, p. 370 rev. ; cf SC 34, p. 339)

O sinal de Jonas

Deus deu provas de paciência perante a fraqueza do homem, porque conhecia
antecipadamente a vitória que lhe daria pelo Seu Verbo; pois, quando o
poder se revelou na fraqueza (2Cor 12, 9), o Verbo deu a conhecer a bondade
de Deus e o Seu poder magnífico. Com efeito, aconteceu ao homem
o mesmo que ao profeta Jonas. Deus não permitiu que este fosse engolido por
um monstro marinho para que desaparecesse e perecesse por completo, mas
para que, depois de ter sido rejeitado pelo monstro, se mostrasse mais
submisso a Deus e glorificasse mais Aquele que o tinha salvado de forma
inesperada. Foi também para conduzir os niinivitas a um firme
arrependimento e à conversão Àquele que os livraria da morte,
impressionados que ficaram pelo sinal que se tinha realizado em Jonas.
[...] Da mesma maneira, no princípio, Deus não permitiu que o homem fosse
engolido pelo grande monstro, autor da desobediência, para que
desaparecesse e perecesse por completo, mas porque tinha antecipadamente
preparado a salvação realizada pelo Seu Verbo, por meio do «sinal de
Jonas». Salvação que foi preparada para aqueles que tiverem por Deus os
mesmos sentimentos que Jonas e que como ele Lhe confessarem: «Adoro o
Senhor, Deus do céu, que fez os mares e a terra» (Jon 1, 9).Deus quis que o homem, Dele recebendo inesperadamente a salvação,
ressuscite de entre os mortos e glorifique a Deus, dizendo com Jonas: «Na
minha aflição invoquei o Senhor e Ele ouviu-me. Clamei a Vós do meio da
morada dos mortos e ouvistes a minha voz» (Jon 2, 3). Deus quis que o homem
continuasse fielmente a glorificá-Lo e a dar-Lhe graças sem cessar pela
salvação que Dele recebeu.




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Fraternalmente
A equipa técnica de EAQ

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 23 de Fevereiro de 2010
Terça-feira da 1ª semana da Quaresma

S. Policarpo, bispo, mártir, +155, Beata Rafaela Ibarra, leiga, fundadora, +1900



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresa Benedita da Cruz |Edith Stein| : O Pai Nosso e a Eucaristia

Leituras

Is. 55,10-11.
Assim como a chuva e a neve descem do céu, e não voltam mais para lá, senão
depois de empapar a terra, de a fecundar e fazer germinar, para que dê
semente ao semeador e pão para comer,
o mesmo sucede à palavra que sai da minha boca: não voltará para mim vazia,
sem ter realizado a minha vontade e sem cumprir a sua missão.


Salmos 34(33),4-5.6-7.16-17.18-19.
Enaltecei comigo o SENHOR; exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o SENHOR e Ele respondeu me, livrou me de todos os meus temores.
Aqueles que o contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o SENHOR, Ele atende o e liberta o das suas
angústias.
Os olhos do SENHOR estão voltados para os justos e os seus ouvidos estão
atentos ao seu clamor.
A ira do SENHOR volta se contra os malfeitores, para apagar da terra a sua
memória.
Os justos clamaram e o SENHOR atendeu os e livrou os das suas angústias.
O SENHOR está perto dos corações contritos e salva os espíritos abatidos.


Mateus 6,7-15.
Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições,
porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos.
Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais
antes de vós lho pedirdes.»
«Rezai, pois, assim:'Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu
nome,
venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, como no Céu, assim também na
terra.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia;
perdoa as nossas ofensas, como nós perdoámos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.'
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai
celeste vos perdoará a vós.
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai
vos não perdoará as vossas.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresa Benedita da Cruz |Edith Stein| (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
A oração da Igreja (a partir da (trad. Source cachée, Cerf 1999, p. 60)

O Pai Nosso e a Eucaristia

Tudo aquilo de que precisamos para sermos recebidos na comunhão dos
espíritos bem-aventurados está resumido nas sete petições do Pai Nosso, que
o Senhor rezou, não em Seu nome, mas para nos servir de exemplo.
Recitamo-lo antes da sagrada comunhão e, sempre que o rezamos com toda a
sinceridade e de todo o coração, e que recebemos a sagrada comunhão com as
disposições de uma alma recta, obtemos a realização de todos os nossos
pedidos.

Esta comunhão livra-nos do mal porque nos purifica de todas as ofensas
cometidas, e nos dá aquela paz do coração que suprime o aguilhão de todos
os outros males. Traz-nos o perdão dos pecados cometidos e torna-nos firmes
na resistência à tentação. É em si mesma o pão da vida, de que precisamos
diariamente para crescer, até à nossa entrada na vida eterna. Faz da nossa
vontade um instrumento dócil da vontade de Deus. E, desse modo, coloca em
nós os fundamentos do Reino de Deus e purifica os nossos lábios e o nosso
coração, para que possamos glorificar o santo Nome de Deus.




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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 22 de Fevereiro de 2010
Cádeira de São Pedro, apóstolo, festa.

Cadeira de S. Pedro (ofício próprio)
Cadeira de São Pedro, Beato Diogo Carvalho, presbítero, mártir, +1624



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Chamar-te-ás Pedro» (Jo 1, 42)

Leituras

1 Pedro 5,1-4.
Aos presbíteros que há entre vós, eu – presbítero como eles e que fui
testemunha dos padecimentos de Cristo e também participante da glória que
se há-de manifestar – dirijo-vos esta exortação:
Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, governando-o não à
força, mas de boa vontade, tal como Deus quer; não por um mesquinho
espírito de lucro, mas com zelo;
não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do
rebanho.
E, quando o supremo Pastor se manifestar, então recebereis a coroa
imperecível da glória.


Salmos 23(22),1-6.
O SENHOR é meu pastor: nada me falta.
Em verdes prados me faz descansar e conduz me às águas refrescantes.
Reconforta a minha alma e guia me por caminhos rectos, por amor do seu
nome.
Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo porque Tu
estás comigo. A tua vara e o teu cajado dão me confiança.
Preparas a mesa para mim à vista dos meus inimigos; ungiste com óleo a
minha cabeça; a minha taça transbordou.
Na verdade, a tua bondade e o teu amor hão de acompanhar me todos os dias
da minha vida, e habitarei na casa do SENHOR para todo o sempre.


Mateus 16,13-19.
Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos
seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e
outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus
vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não
foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha
Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará
ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Sermão atribuído (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, p. 399)

«Chamar-te-ás Pedro» (Jo 1, 42)

«Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja.» Este nome,
Pedro, foi-lhe dado porque ele foi o primeiro a criar, entre as nações, os
fundamentos da fé, e porque ele é a rocha indestrutível sobre a qual
assentam os pilares e o conjunto do edifício de Jesus Cristo. Foi pela sua
fidelidade que lhe chamaram pedra, enquanto o Senhor recebe este mesmo nome
pelo Seu poder, segundo a palavra de São Paulo: «Eles bebiam a água da
pedra espiritual que os seguia, e esta Pedra é Jesus Cristo» (1Cor 10, 4).
Sim, ele merecia partilhar o nome com Jesus Cristo, pois foi o apóstolo
escolhido para ser o colaborador da Sua obra. Em conjunto, construiram o
mesmo edifício. É Pedro quem planta, é o Senhor que dá o crescimento, é o
Senhor que envia aqueles que deverão regar (cf 1Cor 3, 6ss.).

Vós sabeis, irmãos muito amados, que foi a partir das suas próprias faltas,
no momento em que o seu Salvador sofria, que o bem-aventurado Pedro foi
educado. Foi depois de ter negado o Senhor que ele se tornou o primeiro
perante Ele. Ao tornar-se mais fiel por chorar sobre a fé que tinha traído,
recebeu uma graça ainda maior do que aquela que tinha perdido. Cristo
confiou-lhe o Seu rebanho para que o conduzisse como o bom pastor e, ele
que tinha sido tão fraco, tornou-se então o apoio de todos. Ele que,
interrogado na sua fé, tinha sucumbido, precisava de confirmar os outros no
fundamento inabalável da fé. E por isso que é chamado a pedra fundamental
da piedade das Igrejas.




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No dia 17 de Fevereiro, o Apostolado da Oração inaugurou um novo site:
www.passo-a-rezar.net.
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sexta-feira), com cerca de 10 minutos, em formato mp3 (voz e música),
inspirada num dos textos bíblicos da liturgia do dia.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 21 de Fevereiro de 2010
1º Domingo da Quaresma - Ano C

1º Domingo da Quaresma (semana I do saltério)
S. Pedro Damião, bispo, Doutor da Igreja, +1072



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ambrósio : «Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto [...], onde era tentado pelo diabo»

Leituras

Deut. 26,4-10.
O sacerdote receberá o cesto da tua mão e o depositará diante do altar do
Senhor, teu Deus.
Proclamarás, então, em voz alta, diante do Senhor, teu Deus: 'Meu pai era
um arameu errante: desceu ao Egipto com um pequeno número e ali viveu como
estrangeiro, mas depois tornou-se um povo forte e numeroso.
Então os egípcios maltrataram-nos, oprimindo-nos e impondo-nos dura
escravidão.
Clamámos ao Senhor, Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu o nosso clamor,
viu a nossa humilhação, os nossos trabalhos e a nossa angústia,
e tirou-nos do Egipto, com sua mão forte e seu braço estendido, com grandes
milagres, sinais e prodígios.
Introduziu-nos nesta região e deu-nos esta terra, terra onde corre leite e
mel.
Por isso, aqui trago agora os primeiros frutos da terra que me deste,
Senhor!' Depois, colocarás isso diante do Senhor, teu Deus, e
prostrar-te-ás diante do Senhor, teu Deus.


Salmos 91(90),1-2.10-11.12-13.14-15.
Aquele que habita sob a protecção do Altíssimo e mora à sombra do
Omnipotente,
pode exclamar: "SENHOR, Tu és o meu refúgio, a minha cidadela, o meu Deus,
em quem confio!"
Por isso, nenhum mal te acontecerá, nenhuma epidemia chegará à tua tenda.
É que Ele deu ordens aos seus anjos, para que te guardem em todos os teus
caminhos.
Eles hão-de elevar te na palma das mãos, para que não tropeces em nenhuma
pedra.
Poderás caminhar sobre serpentes e víboras, calcar aos pés leões e dragões.
"Porque acreditou em mim, hei de salvá lo; hei de defendê lo, porque
conheceu o meu nome.
Quando me invocar, hei de responder lhe; estarei a seu lado na tribulação,
para o salvar e encher de honras.


Romanos 10,8-13.
Que diz a Escritura, afinal? É junto de ti que está a palavra: na tua boca
e no teu coração. Esta palavra é a da fé que anunciamos.
Porque, se confessares com a tua boca: «Jesus é o Senhor», e acreditares no
teu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo.
É que acreditar de coração leva a obter a justiça, e confessar com a boca
leva a obter a salvação.
É a Escritura que o diz: Todo o que nele acreditar não ficará frustrado.
Assim, não há diferença entre judeu e grego, pois todos têm o mesmo Senhor,
rico para com todos os que o invocam.
De facto, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Culpa de Israel:
a falta de fé


Lucas 4,1-13.
Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo
Espírito ao deserto,
onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada
durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome.
Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme
em pão.» Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: Nem só de pão vive o homem.»
Levando-o a um lugar alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os
reinos do universo
e disse-lhe: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi
entregue e dou-o a quem me aprouver.
Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.»
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a
Ele prestarás culto.»
Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e
disse-lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo,
pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que
eles te guardem;
e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas o teu pé
nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus.»
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto
dele, até um certo tempo.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Lucas, IV, 7-12 ; PL 15,1614 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans A, p. 88)

«Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto [...], onde era tentado pelo diabo»

Recordemos que o primeiro Adão foi expulso do paraíso para o deserto, para
que a nossa atenção se concentre na maneira como o segundo Adão (1Cor 15,
45) regressa do deserto ao paraíso. Vede, com efeito, como a primeira
condenação é desenredada, depois de ter sido enredada, como são
restabelecidos os benefícios divinos sobre os vestígios dos benefícios
antigos. Adão vem de uma terra virgem, Cristo vem da Virgem; aquele foi
feito à imagem de Deus, Este é a imagem de Deus (Col 1, 15); aquele foi
colocado acima de todos os animais irracionais, Este acima de todos os
seres vivos. Por uma mulher veio a insensatez, por uma virgem a sabedoria;
a morte veio de uma árvore, a vida pela cruz. Um, despido das vestes
espirituais, concebeu para si uma veste de folhas de árvore; o Outro,
despido da veste deste mundo, deixou de desejar uma veste material (Jo 19,
23).Adão foi expulso do deserto, Cristo vem do deserto; porque
Ele sabia onde se encontrava o condenado que queria reconduzir ao paraíso,
já liberto do seu pecado. [...] Aquele que tinha perdido a rota que seguia
no paraíso não era capaz de reencontrar a rota perdida no deserto, sem ter
quem o guiasse. As tentações são numerosas, o esforço com vista à virtude é
difícil, é fácil dar passos em falso e cair no erro. [...] Sigamos pois a
Cristo, conforme está escrito: «É ao Senhor vosso Deus que deveis temer e
seguir» (Dt 13, 5). [...] Sigamos, pois, os Seus passos, e poderemos passar
do deserto ao paraíso.




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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 20 de Fevereiro de 2010
Sábado depois das Cinzas

Beato Francisco Marto, vidente de Fátima, +1919, Beata Jacinta Marto, vidente de Fátima, +1920



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurada Teresa de Calcutá : Chamados a ser santos

Leituras

Is. 58,9-14.
Então invocarás o SENHOR e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá:
«Aqui estou!»
se repartires o teu pão com o faminto e matares a fome ao pobre, a tua luz
brilhará na tua escuridão, e as tuas trevas tornar-se-ão como o meio dia.
O SENHOR te guiará constantemente, saciará a tua alma no árido deserto,
dará vigor aos teus ossos. Serás como um jardim bem regado, como uma fonte
de águas inesgotáveis.
Reconstruirás ruínas antigas, levantarás sobre antigas fundações. Serás
chamado: «Reparador de brechas, restaurador de casas em ruínas.»
Se te abstiveres de trabalhar ao sábado, de te ocupares dos teus negócios
no meu dia santo, se chamares ao sábado a tua delícia, consagrando-o à
glória do SENHOR; se o solenizares, abstendo-te de viagens, de procurares
os teus interesses, e de tratares os teus negócios,
então, encontrarás a tua felicidade no SENHOR. Far-te-ei desfilar sobre as
alturas da terra, alimentar-te-ei com a herança do teu pai Jacob. É o
próprio SENHOR quem o diz!


Salmos 86(85),1-2.3-4.5-6.
Inclina, SENHOR, os teus ouvidos e responde me, porque estou triste e
necessitado.
Protege a minha vida, porque te sou fiel; salva o teu servo, que em ti
confia.
Senhor, tem compaixão de mim, que a ti clamo todo o dia.
Alegra o espírito do teu servo, pois para ti, Senhor, elevo a minha alma.
Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente, cheio de misericórdia para quantos
te invocam.
Senhor, ouve a minha oração, atende os gritos da minha súplica.


Lucas 5,27-32.
Depois disto, Jesus saiu e viu um cobrador de impostos, chamado Levi,
sentado no posto de cobrança. Disse-lhe: «Segue-me.»
E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o.
Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete; e encontravam-se com
eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas.
Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos:
«Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?»
Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam
de médico, mas os que estão doentes.
Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»



Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
No Greater Love (a partir da trad. Il n'y a pas de plus grand amour, Lattès, 1997, p. 67)

Chamados a ser santos

Qual é a vontade perfeita de Deus a nosso respeito ? Deves tornar-te santo.
A santidade é a maior dádiva que Deus nos pode fazer, porque Ele criou-nos
para esse fim. Para aquele ou aquela que ama, submeter-se é mais do que um
dever, é o próprio segredo da santidade.

Como dizia São Francisco, todos nós somos quem somos aos olhos de Deus –
nada mais, nada menos. Todos somos chamados a ser santos. Não há nada de
extraordinário nessa chamada. Todos fomos criados à imagem de Deus, a fim
de amarmos e sermos amados. Jesus deseja a nossa perfeição com um ardor
indizível. «Eis a vontade de Deus: a vossa santificação» (1Tess 4, 3). O
Seu Sagrado Coração transborda de uma vontade insaciável de nos ver
caminhar em direcção à santidade.

Devemos renovar todos os dias a nossa decisão de nos elevarmos com mais
fervor, como se se tratasse do primeiro dia da nossa conversão, dizendo:
«Ajuda-me, Senhor meu Deus, nas minhas boas resoluções ao Teu santo serviço
e dá-me hoje mesmo a graça de começar verdadeiramente, pois tudo o que fiz
até agora não é nada.» Só podemos ser renovados se tivermos a humildade de
reconhecer aquilo que em nós tem necessidade de o ser.




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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 19 de Fevereiro de 2010
Sexta-feira depois das Cinzas

S. Conrado de Placência, confessor, +1351



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Máximo de Turim : A Origem da Quaresma: acompanhar os catecúmenos até ao seu baptismo, na Páscoa

Leituras

Is. 58,1-9.
Grita em voz alta, sem te cansares. Levanta a tua voz como uma trombeta.
Denuncia ao meu povo as suas faltas, aos descendentes de Jacob, os seus
pecados.
Consultam-me dia após dia, mostram desejos de conhecer o meu caminho, como
se fosse um povo que praticasse a justiça, e não abandonasse a lei de Deus.
Pedem-me sentenças justas, querem aproximar-se de Deus.
Dizem-me: «Para quê jejuar, se vós não fazeis caso? Para quê humilhar-nos,
se não prestais atenção?» É porque no dia do vosso jejum só cuidais dos
vossos negócios, e oprimis todos os vossos empregados.
Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade. Não
jejueis como tendes feito até hoje, se quereis que a vossa voz seja ouvida
no alto.
Acaso é esse o jejum que me agrada, no dia em que o homem se mortifica?
Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza? Podeis chamar
a isto jejum e dia agradável ao SENHOR?
O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente,
livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos,
quebrar toda a espécie de opressão,
repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa,
atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão.
Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a
cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do SENHOR atrás
de ti.
Então invocarás o SENHOR e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá:
«Aqui estou!» Se retirares da tua vida toda a opressão, o gesto ameaçador e
o falar ofensivo,


Salmos 51(50),3-4.5-6.18-19.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande
misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava me de toda a iniquidade; purifica me dos meus delitos.
Reconheço as minhas culpas e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Contra ti pequei, só contra ti, fiz o mal diante dos teus olhos; por isso é
justa a tua sentença e recto o teu jul
Não te comprazes nos sacrifícios nem te agrada qualquer holocausto que eu
te ofereça.
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; ó Deus, não desprezes
um coração contrito e arrependido.


Mateus 9,14-15.
Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós
e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?»
Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar
tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que
lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 28, PL 57, 587-590; CC Sermão 35, 136-139 (a partir da trad. de Les Pères dans la foi, Migne 1996, pp. 94ss.)

A Origem da Quaresma: acompanhar os catecúmenos até ao seu baptismo, na Páscoa

Depois deste tempo consagrado à observância do jejum, a alma chega,
purificada e esgotada, ao baptismo. Recobra então as forças mergulhando nas
águas do Espírito; tudo o que tinha sido queimado pelas chamas das doenças
renasce do orvalho da graça do céu. Abandonando a corrupção do homem velho,
o neófito adquire uma nova juventude [...]. Através de um novo nascimento,
renasce outro homem, sendo embora o mesmo que tinha pecado.

Por meio de um jejum ininterrupto de quarenta dias e quarenta noites, Elias
mereceu pôr fim, graças à água que veio do céu, a uma seca longa e penosa
na terra inteira (1Rs 19, 8; 18, 41). Extinguiu a sede ardente do solo
trazendo-lhe uma chuva abundante. Estes factos produziram-se para nos
servir de exemplo, para merecermos, após um jejum de quarenta dias, a chuva
bendita do baptismo, para que a água que vem do céu regue toda a terra,
desde há muito tempo árida, dos nossos irmãos do mundo inteiro. O baptismo,
como uma rega de salvação, porá fim à longa esterilidade do mundo pagão. É,
com efeito, de seca e de aridez espiritual que sofre todo aquele que não
foi banhado pela graça do baptismo.

Através de um jejum do mesmo número de dias e noites, o santo Moisés
mereceu falar com Deus, ficar, permanecer com Ele, receber das Suas mãos os
preceitos da Lei (Ex 24, 18). [...] Também nós, irmãos muito queridos,
jejuamos com fervor durante todo este período, para que [...] também para
nós se abram os céus e se fechem os infernos.




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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 18 de Fevereiro de 2010
Quinta-feira depois das Cinzas

Santa Bernardete Soubirous, religiosa, + 1879, S. Teotónio, religioso, +1162, Beato João de Fiésole (Fra Angélico), religioso, +1455



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Liturgia oriental : «Tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me»

Leituras

Deut. 30,15-20.
«Repara que coloco hoje diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal.
Assim, ordeno-te hoje que ames o Senhor, teu Deus, que andes nos seus
caminhos, que guardes os seus mandamentos, preceitos e sentenças. Assim
viverás, multiplicar-te-ás e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra em
que vais entrar para dela tomar posse.
Mas se o teu coração se desviar e não escutares, se te deixares arrastar e
adorares deuses estranhos e os servires,
declaro-vos hoje que, sem dúvida, morrereis; os vossos dias não se
prolongarão na terra na qual ides entrar, passando o Jordão, para dela
tomar posse.»
«Tomo hoje por testemunhas contra vós o céu e a terra; ponho diante de vós
a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe a vida para viveres, tu e
a tua descendência,
amando o Senhor, teu Deus, escutando a sua voz e apegando-te a Ele, porque
Ele é a tua vida e prolongará os teus dias para habitares na terra, que o
Senhor jurou que havia de dar a teus pais, Abraão, Isaac e Jacob.»


Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho
dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos;
antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR e nela medita dia e noite.
É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação
própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.
Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva.
O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à
perdição.


Lucas 9,22-25.
e acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos
anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto
e, ao terceiro dia, ressuscitar.»
Depois, dirigindo-se a todos, disse: «Se alguém quer vir após mim, negue-se
a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me.
Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de perdê la; mas, quem perder a sua
vida por minha causa há-de salvá-la.
Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se
a si mesmo?


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Liturgia oriental
Ofício da Exaltação da Santa Cruz (a partir da trad. Mercenier, La Prière de rite byzantin, rev.)

«Tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me»

Salvé, Cruz vivificadora, troféu invencível de piedade, porta do Paraíso,
conforto dos crentes, muralha da Igreja. Foi por ti que a corrupção foi
aniquilada, o poder da morte anulado e abolido, e que nós fomos elevados da
terra às coisas celestes. Tu és a arma invencível, o adversário dos
demónios, a glória dos mártires, o verdadeiro ornamento dos santos, a porta
da salvação. [...]

Salvé, Cruz do Senhor, através da qual a humanidade foi liberta da
maldição. Tu és o sinal da verdadeira alegria; quando és elevada, esmagas
os nossos inimigos. Nós te veneramos, tu és o nosso socorro, a força dos
reis, a firmeza dos justos, a dignidade dos pecadores. [...]

Salvé, cruz preciosa, guia dos cegos, remédio dos doentes, ressurreição de
todos os mortos. Tu nos levantaste quando estávamos caídos no lodo. Foi por
ti que se pôs fim à corrupção e que a imortalidade floresceu; foi por ti
que nós, os mortais, fomos divinizados e o demónio foi completamente
esmagado. [...]

Ó Cristo, nós veneramos a Tua cruz preciosa com os nossos lábios indignos,
nós, que somos pecadores. Nós te cantamos, a Ti que quiseste deixar-Te
pregar nela; e Te pedimos, como o bom ladrão: «Torna-nos dignos do Teu
Reino!»




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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 17 de Fevereiro de 2010
QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Quarta-feira de Cinzas
Santos Fundadores da Ordem dos Servitas, século XIV, Beato Lucas Belludi, religioso, presbítero, +1285



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Leão Magno : «Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação» (2 Cor 6, 2)

Leituras

Joel 2,12-18.
Mas agora, diz o Senhor, convertei-vos a mim de todo o vosso coração com
jejuns, com lágrimas, com gemidos.
Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes, convertei-vos ao Senhor,
vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e rico em
misericórdia.
Quem sabe? Talvez Ele mude de ideia e volte atrás, deixando, ao passar,
alguma bênção, para oferenda e libação ao Senhor vosso Deus!
Tocai a trombeta em Sião, ordenai um jejum, proclamai uma reunião sagrada.
Reuni o povo, purificai a assembleia, juntai os anciãos, congregai os
pequeninos e os meninos de peito. Saia o esposo dos seus aposentos e a
esposa do seu tálamo nupcial.
Entre o pórtico e o altar chorem os sacerdotes, e digam os ministros do
Senhor: «Tem piedade do teu povo, Senhor, não transformes em ignomínia a
tua herança, para que ela não se torne o escárnio dos povos! Porque diriam:
'Onde está o seu Deus?'»
O Senhor encheu-se de zelo pelo seu país e teve compaixão do seu povo.


Salmos 51(50),3-4.5-6.12-13.14.17.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande
misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava me de toda a iniquidade; purifica me dos meus delitos.
Reconheço as minhas culpas e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Contra ti pequei, só contra ti, fiz o mal diante dos teus olhos; por isso é
justa a tua sentença e recto o teu jul
Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito.
Não me afastes da tua presença, nem me prives do teu santo espírito!
Dá-me de novo a alegria da tua salvação e sustenta me com um espírito
generoso.
Abre, Senhor, os meus lábios, para que a minha boca possa anunciar o teu
louvor.


2 Cor. 5,20-21.6,1-2.
É em nome de Cristo, portanto, que exercemos as funções de embaixadores e é
Deus quem, por nosso intermédio, vos exorta. Em nome de Cristo
suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus.
Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus o fez pecado por nós, para
que nos tornássemos, nele, justiça de Deus.
E como seus colaboradores, exortamo-vos a não receber em vão a graça de
Deus.
Pois Ele diz: No tempo favorável, ouvi-te e, no dia da salvação, vim em teu
auxílio. É este o tempo favorável, é este o dia da salvação.


Mateus 6,1-6.16-18.
«Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos
tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do
vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti,
como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados
pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua
direita,
a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto,
há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé
nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em
verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta,
reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.

«E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que
desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos
digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto,
para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai
que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de
recompensar-te.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Leão Magno (? – c. 461), papa e Doutor da Igreja
IV Sermão para a Quaresma, 1-2 (a partir da trad. SC 49 bis, p. 101 rev.)

«Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação» (2 Cor 6, 2)

«Este é o dia da salvação!» É certo que não há período nenhum que não
esteja cheia de dons divinos; a graças de Deus proporciona-nos, em todo o
tempo, o acesso à Sua misericórdia. Contudo, é nesta época que todos os
corações devem ser estimulados ainda com mais ardor ao seu progresso
espiritual, e animados com mais confiança, porque o dia em que fomos
resgatados convida-nos a praticar todas as obras espirituais. Celebremos
pois, de corpo e alma purificados, o mistério que ultrapassa todos os
outros: o sacramento da Páscoa do Senhor. [...]Tais mistérios
requerem de nós um esforço espiritual sem quebras [...], para que
permaneçamos sempre sob o olhar de Deus; é assim que nos deve encontrar a
festa da Páscoa. Mas esta força espiritual cabe apenas a um pequeno número
de homens; para nós, que nos encontramos no meio das actividades desta
vida, devido à fraqueza da carne, o zelo abranda. [...] Para conferir
pureza às nossas almas, o Senhor previu, pois, o remédio de um treino de
quarenta dia, no decurso dos quais as nossas faltas de outros tempos possam
ser resgatadas pelas boas obras e consumidas por santos jejuns [...].
Tenhamos, pois, o cuidado de obedecer ao Apóstolo Paulo: «Purificai-vos de
toda a mancha da carne e do espírito» (Cor 7, 1).Mas que a
nossa maneira de viver esteja de acordo com a nossa abstinência. O jejum
não consiste apenas na abstenção de alimentos; de nada aproveita subtrair
os alimentos ao corpo, se o coração se não desviar da injustiça, se a
língua se não abstiver da calúnia [...]. Este é um tempo de doçura, de
paciência, de paz [...]; uma altura em que a alma forte se habitua a
perdoar as injustiças, a contar em nada as afrontas, a esquecer as injúrias
[...]. Mas que a moderação espiritual não seja triste; que seja santa. Que
não se oiça o murmúrio das queixas, porque àqueles que assim vivem nunca
faltará o consolo das santas alegrias.




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A 17 de Fevereiro, o Apostolado da Oração inaugura um novo site:
www.passo-a-rezar.net.
Para download gratuito ou escuta imediata, uma oração (de segunda a
sexta-feira), com cerca de 10 minutos, em formato mp3 (voz e música),
inspirada num dos textos bíblicos da liturgia do dia.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 16 de Fevereiro de 2010
Terça-feira da 6ª semana do Tempo Comum

Beato José Allamano, presbítero, fundador, +1926



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Vicente de Lérins : «Ainda não entendestes nem compreendestes?»

Leituras

Tiago 1,12-18.
Feliz o homem que resiste à tentação, porque, depois de ter sido provado,
receberá a coroa da vida que o Senhor prometeu aos que o amam.
Ninguém diga, quando for tentado para o mal: «É Deus que me tenta.» Porque
Deus não é tentado pelo mal, nem tenta ninguém.
Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e seduz.
E a concupiscência, depois de ter concebido, dá à luz o pecado; e o pecado,
uma vez consumado, gera a morte.
Não vos enganeis, meus amados irmãos.
Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das
luzes, no qual não há mudanças nem períodos de sombra.
Por sua livre decisão, nos gerou com a palavra da verdade, para sermos como
que as primícias das suas criaturas.


Salmos 94(93),12-13.14-15.18-19.
Ó SENHOR, feliz o homem a quem tu corriges e instruis na tua lei!
Esse terá descanso nos dias maus, enquanto se abre a cova para o ímpio.
O SENHOR não abandona o seu povo nem despreza a sua herança.
De novo há-de voltar a haver justiça, e hão de segui la todos os de coração
recto.
Quando digo: "Os meus pés vacilam", logo a tua bondade, SENHOR, me ampara.
Quando se avolumam as angústias dentro em mim, as tuas consolações
confortam a minha alma.


Marcos 8,14-21.
Os discípulos tinham-se esquecido de levar pães e só traziam um pão no
barco.
Jesus começou a avisá-los, dizendo: «Olhai: tomai cuidado com o fermento
dos fariseus e com o fermento de Herodes.»
E eles discorriam entre si: «Não temos pão.»
Mas Ele, percebendo-o, disse: «Porque estais a discorrer que não tendes
pão? Ainda não entendestes nem compreendestes? Tendes o vosso coração
endurecido?
Tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais
de quantos cestos cheios de pedaços recolhestes, quando parti os cinco pães
para aqueles cinco mil?» Responderam: «Doze.»
«E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de
bocados recolhestes?» Responderam: «Sete.»
Disse-lhes então: «Ainda não compreendeis?»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Vicente de Lérins (? – antes de 450), monge
Commonitorium, 23 (a partir da trad. bréviaire rev.)

«Ainda não entendestes nem compreendestes?»

Na Igreja de Cristo, não poderá haver nenhum progresso na doutrina? [...]
Mas com certeza que é necessário que haja, e progresso considerável! Quem
seria tão ciumento dos homens e inimigo de Deus que tentasse opor-se a ele?
Mas com a condição de se tratar de um verdadeiro progresso da fé, e não de
uma alteração. [...] É pois necessário que a inteligência, a ciência e a
sabedoria cresçam e progridam fortemente em cada um e em todos, em cada
homem e na Igreja inteira, ao longo dos anos e dos séculos; mas é preciso
que progridam segundo a sua própria natureza, quer dizer, na mesma
doutrina, no mesmo sentido, na mesma afirmação.

Que a religião das almas imite portanto o desenvolvimento dos corpos:
apesar de evoluírem e crescerem ao longo dos anos, permanecem o que eram.
Há uma grande diferença entre o desabrochar da infância e os frutos da
velhice, mas é a mesma pessoa que passa da infância à idade maior. É um só
e mesmo o homem cuja estatura e maneiras se modificam, enquanto ele
conserva a mesma natureza, enquanto ele permanece uma só e a mesma pessoa.
Os membros dos bebés são pequenos, os dos jovens são grandes; são, contudo,
os mesmos [...], que existiam já em potência no embrião. [...]

Do mesmo modo, a fé cristã deve seguir estas leis do progresso para se
fortificar com os anos, para que o tempo a desenvolva e a idade a enobreça.
Os nossos pais semearam o trigo da fé para a colheita da Igreja. Seria
injusto e chocante que nós, os seus descendentes, em vez do trigo da
verdade autêntica, recolhêssemos o erro fraudulento do joio (Mt 13, 24ss.).
Pelo contrário, é justo e lógico que não haja desacordo entre os primórdios
e o fim e que recolhamos este trigo que se desenvolveu depois de o mesmo
trigo ser semeado. Assim, enquanto uma parte das primeiras sementes deve
evoluir com o tempo, será conveniente ainda agora fertilizá-las e
aperfeiçoar a sua cultura.




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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 15 de Fevereiro de 2010
Segunda-feira da 6ª semana do Tempo Comum

S. Cláudio La Colombière, presbítero, + 1682



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo : «Por que pede esta geração um sinal?» Crer mesmo na obscuridade

Leituras

Tiago 1,1-11.
Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, saúda as doze tribos da
Dispersão.
Meus irmãos, considerai como uma enorme alegria o estardes rodeados de
provações de toda a ordem,
tendo em conta que a prova a que é submetida a vossa fé produz a
constância.
Mas a constância tem de se exercitar até ao fim, de modo a serdes perfeitos
e irrepreensíveis, sem falhar em nada.
Se algum de vós tem falta de sabedoria, que a peça a Deus, que a todos dá
generosamente e sem recriminações, e ser-lhe-á dada.
Mas peça-a com fé e sem hesitar, porque aquele que hesita assemelha-se às
ondas do mar sacudidas e agitadas pelo vento.
Não pense, pois, tal homem que receberá qualquer coisa do Senhor,
sendo de espírito indeciso e inconstante em tudo.
Que o irmão de condição humilde se glorie na sua exaltação,
e o rico na sua humilhação, pois ele passará como a flor da erva.
Com efeito, ao despontar o Sol com ardor, a erva seca e a sua flor cai,
perdendo toda a beleza; assim murchará também o rico nos seus
empreendimentos.


Salmos 119,67.68.71.72.75.76.
Antes de me teres humilhado, eu pecava; mas, agora, cumpro a tua palavra.
Tu és bom e generoso; ensina-me as tuas leis.
Foi bom para mim ter sido castigado, pois assim aprendi os teus decretos.
Prezo mais a lei da tua boca do que milhões em ouro e prata. Yod
SENHOR, eu sei que as tuas sentenças são justas e que me castigaste para
meu proveito.
Que a tua bondade me sirva de conforto, conforme o que prometeste ao teu
servo.


Marcos 8,11-13.
Apareceram os fariseus e começaram a discutir com Ele, pedindo-lhe um sinal
do céu para o pôr à prova.
Jesus, suspirando profundamente, disse: «Porque pede esta geração um sinal?
Em verdade vos digo: sinal algum será concedido a esta geração.»
E, deixando-os, embarcou de novo e foi para a outra margem.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
OP ; GF 174 ; Ep 4,418 (a partir da trad. Une pensée, Mediaspaul 1991, p.45)

«Por que pede esta geração um sinal?» Crer mesmo na obscuridade

O Espírito Santo diz-nos: não permitais que o vosso espírito sucumba à
tentação e à tristeza, porque a alegria do coração é a vida da alma. A
tristeza de nada serve e é causa da nossa morte espiritual.

Acontece por vezes as trevas da morte esmagarem o céu da vossa alma; mas
essas trevas são luz! Graças a elas, podeis crer mesmo na obscuridade; o
espírito sente-se perdido, receia não voltar a ver, não voltar a
compreender. Mas é nesse momento que o Senhor fala e Se torna presente à
alma; e esta compreende e ama no temor de Deus. Assim, pois, não espereis
pelo Tabor (Mt 17, 1) para «ver» a Deus, quando O contemplais já no Sinaï
(Ex 24, 18).

Progredi na alegria de um coração sincero e aberto. E, se não conseguirdes
manter esta alegria, pelo menos não percais a coragem e continuai a ter
confiança em Deus.




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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 14 de Fevereiro de 2010
6º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Domingo VI do tempo comum (semana II do saltério)S. Cirilo e S. Metódio, co-padroeiros da Europa
S. Metódio, monge, co-patrono da Europa, +885., São Cirilo, bispo, +868, co-patrono da Europa



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Paul VI : «Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus»

Leituras

Jer. 17,5-8.
Isto diz o Senhor: Maldito aquele que confia no homem e conta somente com a
força humana, afastando o seu coração do Senhor.
Assemelha-se ao cardo do deserto; mesmo que lhe venha algum bem, não o
sente, pois habita na secura do deserto, numa terra salobra, onde ninguém
mora.
Bendito o homem que confia no Senhor, que tem no Senhor a sua esperança.
É como a árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a
corrente; não teme quando vem o calor, e a sua folhagem fica sempre
verdejante. Não a inquieta a seca de um ano e não deixará de dar fruto.


Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho
dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos;
antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR e nela medita dia e noite.
É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação
própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.
Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva.
O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à
perdição.


1 Cor. 15,12.16-20.
Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como é que alguns de
entre vós dizem que não há ressurreição dos mortos?
Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé e permaneceis ainda nos
vossos pecados.
Por conseguinte, aqueles que morreram em Cristo, perderam se.
E se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais
miseráveis de todos os homens.
Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.


Lucas 6,17.20-26.
Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos
discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do
litoral de Tiro e de Sídon,
Erguendo os olhos para os discípulos, pôs-se a dizer: «Felizes vós, os
pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
Felizes vós, os que agora tendes fome, porque sereis saciados. Felizes vós,
os que agora chorais, porque haveis de rir.
Felizes sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos expulsarem, vos
insultarem e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do
Homem.
Alegrai-vos e exultai nesse dia, pois a vossa recompensa será grande no
Céu. Era precisamente assim que os pais deles tratavam os profetas».
«Mas ai de vós, os ricos, porque recebestes a vossa consolação!
Ai de vós, os que estais agora fartos, porque haveis de ter fome! Ai de
vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis!
Ai de vós, quando todos disserem bem de vós! Era precisamente assim que os
pais deles tratavam os falsos profetas».


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Paul VI, papa de 1963-1978
Exortação apostólica sobre a alegria cristã «Gaudete in Domino» (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus»

A alegria de estar no amor de Deus começa já aqui em baixo. É a alegria do
Reino de Deus. Mas ela é concedida num caminho escarpado, que exige uma
confiança total no Pai e no Filho e uma preferência dada ao Reino. A
mensagem de Jesus promete sobretudo a alegria, esta alegria exigente; não é
verdade que começa pelas bem-aventuranças? «Felizes vós, os pobres, porque
vosso é o Reino dos Céus. Felizes vós, os que agora tendes fome porque
sereis saciados. Felizes vós, os que agora chorais porque haveis de
rir».

Para arrancar do coração do homem o pecado da presunção e manifestar ao Pai
uma total obediência filial, o próprio Cristo aceita misteriosamente morrer
pela mão dos ímpios, morrer numa cruz. Mas [...] doravante, Jesus vive para
sempre na glória do Pai e foi por isso que os discípulos sentiram uma
alegria imensa na tarde de Páscoa (Lc 24, 41).

Acontece que, aqui em baixo, a alegria do Reino realizado só pode brotar da
celebração conjunta da morte e da ressurreição do Senhor. É o paradoxo da
condição cristã, que singularmente clarifica o paradoxo da condição humana:
nem a provação nem o sofrimento são eliminados deste mundo, mas tomam um
sentido novo na certeza de participar na redenção operada pelo Senhor e de
partilhar da Sua glória. É por isso que o cristão, submetido às
dificuldades da existência comum, não está no entanto reduzido a procurar o
seu caminho tacteando, nem a ver na morte o fim das suas esperanças. Com
efeito, e como anunciava o profeta: «O povo que caminhava nas trevas viu
uma grande luz e sobre os habitantes do país sombrio uma luz resplandeceu.
Multiplicaste o seu júbilo, fizeste brotar a sua alegria» (Is 9, 1-2).




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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 13 de Fevereiro de 2010
Sábado da 5a semana do Tempo Comum

Santa Catarina de Ricci, religiosa, +1590, Beato Jordão da Saxónia, presbítero, +1237, S. Gilberto, bispo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Balduíno de Ford : «Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os»

Leituras

1 Reis 12,26-32.13,33-34.


Salmos 106(105),6-7.19-20.21-22.
Pecámos, como os nossos pais, fomos ímpios e pecadores.
Os nossos pais, quando estavam no Egipto, não entenderam as tuas maravilhas
nem tiveram presente a imensidade do teu amor; revoltaram-se junto ao Mar
dos Juncos.
Fizeram um bezerro de ouro no Horeb e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram assim o seu Deus glorioso pela figura de um animal que come feno.
Esqueceram a Deus, que os salvara, que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas do país de Cam, feitos gloriosos no Mar dos Juncos.


Marcos 8,1-10.
Naqueles dias, havia outra vez uma grande multidão e não tinham que comer.
Jesus chamou os discípulos e disse:
«Tenho compaixão desta multidão. Há já três dias que permanecem junto de
mim e não têm que comer.
Se os mandar embora em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho, e
alguns vieram de longe.»
Os discípulos responderam-lhe: «Como poderá alguém saciá-los de pão, aqui
no deserto?»
Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes?» Disseram: «Sete.»
Ordenou que a multidão se sentasse no chão e, tomando os sete pães, deu
graças, partiu-os e dava-os aos seus discípulos para eles os distribuírem à
multidão.
Havia também alguns peixinhos. Jesus abençoou-os e mandou que os
distribuíssem igualmente.
Comeram até ficarem satisfeitos, e houve sete cestos de sobras.
Ora, eram cerca de quatro mil. Despediu-os
e, subindo logo para o barco com os discípulos, foi para os lados de
Dalmanuta.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense
O Sacramento do altar, II,1 (a partir da trad. de SC 93, pp. 131ss. rev.)

«Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os»

Jesus partiu o pão. Se Ele não tivesse partido o pão, como é que as
migalhas teriam chegado até nós? Mas partiu-o e distribuiu-o; «reparte do
que é seu com os pobres» [Sl 112 (111), 9]. Pela Sua graça partiu-o para
destruir a cólera do Pai e a Sua. Deus tinha-Lhe dito que nos teria
destruído, não tivesse o Seu Filho único, o Seu escolhido, intercedido
junto d'Ele «para acalmar a Sua ira» [Sl 106 (105), 23]. Pôs-Se diante de
Deus e apaziguou-O; pela Sua força indefectível, manteve-Se de pé, sem ser
destruído.

Mas Ele próprio, voluntariamente, destruiu, ofereceu a Sua carne esmagada
pelo sofrimento. Foi então que «quebrou as flechas do arco» [Sl 76 (75),
4], «as cabeças do Leviatan» [Sl 74 (73), 14], todos nossos inimigos, na
Sua cólera. Assim, de certa forma, quebrou as tábuas da primeira aliança,
para que nós deixássemos de estar submetidos à Lei. Então, destruiu o jugo
do nosso cativeiro. Destruiu tudo o que nos oprimia, para restaurar em nós
tudo o que estava esmagado e para «pôr em liberdade os oprimidos» (Is 58,
6). Com efeito, nós estávamos «prisioneiros da tristeza e de cadeias» [Sl
107 (106), 10].

Bom Jesus, ainda hoje, apesar de teres destruído a cólera, partido o pão
para nós, nós, pobres mendigos, continuamos a ter fome. [...] Parte, então,
todos os dias esse pão para aqueles que têm fome. Porque, hoje e todos os
dias, recolhemos algumas migalhas, e cada dia temos de novo necessidade do
nosso pão quotidiano: «dá-nos o nosso pão de cada dia» (Lc 11, 3). Se Tu
não no-lo deres, quem no-lo dará? Na nossa nudez e na nossa necessidade,
não temos ninguém que nos parta o pão, ninguém que nos alimente, ninguém
que nos refaça, ninguém senão Tu, o nosso Deus. Em todas as consolações que
nos envias recolhemos as migalhas desse pão que Tu partes e que nós
degustamos docemente «pela Tua bondade e misericórdia!» [Sl 109 (108), 21].




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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 12 de Fevereiro de 2010
Sexta-feira da 5ª semana do Tempo Comum

Santa Eulália de Barcelona, virgem e mártir, +304



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Efrém : «Meteu-lhe os dedos nos ouvidos [...] tocou-lhe a língua»

Leituras

1 Reis 11,29-32.12,19.
Sucedeu que, saindo Jeroboão de Jerusalém, o profeta Aías de Silo
encontrou-o no caminho. Aías estava coberto com um manto novo, e estavam só
os dois no campo.
Então, Aías tomou o manto novo com que se cobria e rasgou-o em doze
pedaços.
E disse a Jeroboão: “Toma dez pedaços para ti, pois assim diz o
Senhor, Deus de Israel: ‘Eis que Eu vou tirar o reino das mãos de
Salomão e dar-te-ei as dez tribos.
Ficar-lhe-á, porém, uma tribo por causa do meu servo David e da cidade de
Jerusalém, que Eu escolhi de entre todas as tribos de Israel’”
O reino de Israel esteve em revolta contra a casa de David até ao dia de
hoje.


Salmos 81(80),10-11.12-13.14-15.
'Não terás contigo um deus estrangeiro, nem te prostrarás diante de um deus
estranho.
Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egipto. Abre a tua boca
e Eu enchê-la-ei.'
Mas o meu povo não quis ouvir me; Israel não quis obedecer.
Por isso, entreguei os à sua obstinação; deixei os seguir os seus
caprichos.
Se o meu povo me tivesse escutado! Se Israel tivesse seguido os meus
caminhos!
Num instante, Eu humilharia os seus inimigos e castigaria os seus
adversários.


Marcos 7,31-37.
Tornando a sair da região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia,
atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre
ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e
fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer
dizer «abre-te.»
Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava
correctamente.
Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho
recomendava, mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e
falar os mudos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Efrém (c. 306-373), Diácono na Síria, Doutor da Igreja
Sermão «Sobre o Nosso Senhor», 10-11

«Meteu-lhe os dedos nos ouvidos [...] tocou-lhe a língua»

A força divina que o homem não pode tocar desceu, envolveu-Se num corpo
palpável, para que os pobres Lhe tocassem, e, tocando a humanidade de
Cristo, percebessem a Sua divindade. Através de dedos de carne, o
surdo-mudo sentiu que lhe tocavam nas orelhas e na língua. Através de dedos
palpáveis, percebeu a divindade intocável, quando o nó da sua língua foi
quebrado e as portas fechadas das suas orelhas foram abertas. Porque o
arquitecto e o artesão do corpo veio até ele e, com uma palavra suave,
criou sem dor aberturas nas orelhas surdas; então, também a boca fechada,
até então incapaz de dar vida à palavra, proclamou ao mundo o louvor
d'Aquele que desta forma deu fruto à sua esterilidade.

Do mesmo modo, o Senhor fez lama com a Sua saliva e ungiu os olhos do cego
de nascença (Jo 9, 6), para nos fazer compreender que lhe faltava algo,
como ao surdo-mudo. Uma imperfeição inata da nossa dimensão humana foi
suprimida graças ao fermento que vem do Seu corpo perfeito. [...] Para
colmatar o que faltava a estes corpos humanos, deu algo de Si mesmo, da
mesma maneira que Se dá a comer [na Eucaristia]. É por este meio que faz
desaparecer os defeitos e reanima os mortos, para que possamos reconhecer
que, graças ao Seu corpo «onde habita toda a plenitude da divindade» (Cl 2,
9), os defeitos da nossa humanidade são ultrapassados e a verdadeira vida é
dada aos mortais por este corpo onde habita a verdadeira vida.




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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 11 de Fevereiro de 2010
Quinta-feira da 5ª semana do Tempo Comum

Nossa Senhora de Lourdes



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : A oração humilde e perseverante

Leituras

1 Reis 11,4-13.
Na idade senil de Salomão, as suas mulheres desviaram-lhe o coração para
outros deuses; e assim o seu coração já não era inteiramente do Senhor, seu
Deus, contrariamente ao que sucedeu com David, seu pai.
Foi atrás de Astarté, deusa dos sidónios, e de Milcom, abominação dos
amonitas.
Salomão fez o mal aos olhos do Senhor e não seguiu inteiramente o Senhor,
como David, seu pai.
Por essa altura, ergueu Salomão um lugar alto a Camós, deus de Moab, e a
Moloc, ídolo dos amonitas, sobre o monte que fica mesmo em frente de
Jerusalém.
E fez o mesmo por todas as suas mulheres estrangeiras, que queimavam
incenso e sacrificavam aos seus deuses.
O Senhor irritou-se contra Salomão, pois o seu coração se afastara do
Senhor, Deus de Israel, que se lhe tinha revelado por duas vezes,
e lhe ordenou sobre estas coisas para não seguir os deuses estrangeiros.
Ele, porém, não cumpriu o que o Senhor lhe prescrevera.
Então o Senhor disse-lhe: “Já que procedeste assim e não guardaste a
minha aliança nem as leis que te prescrevi, vou tirar-te o reino e vou
dá-lo a um dos teus servos.
Entretanto, não o farei durante a tua vida, por causa de David teu pai; é
das mãos de teu filho que Eu o arrancarei.
Mas não hei-de tirar-lhe toda a realeza: deixarei uma tribo ao teu filho,
por causa de David, meu servo, e por causa de Jerusalém que Eu
escolhi”.


Salmos 106(105),3-4.35-36.37.40.
Felizes os que observam os seus preceitos e fazem sempre o que é justo.
Lembra-te de mim, SENHOR, por amor do teu povo. Vem trazer-me a tua
salvação,
em vez disso, misturaram-se com esses povos e aprenderam os seus costumes.
Prestaram culto aos seus ídolos, que foram para eles uma armadilha.
Imolaram os seus filhos e as suas filhas em sacrifício aos demónios.
Por isso, o SENHOR se indignou com o seu povo e ficou desgostoso com a sua
herança.


Marcos 7,24-30.
Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e de Sídon. Entrou numa casa
e não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde passar despercebido,
porque logo uma mulher que tinha uma filha possessa de um espírito maligno,
ouvindo falar dele, veio lançar-se a seus pés.
Era gentia, siro-fenícia de origem, e pedia-lhe que expulsasse da filha o
demónio.
Ele respondeu: «Deixa que os filhos comam primeiro, pois não está bem tomar
o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos.»
Mas ela replicou: «Dizes bem, Senhor; mas até os cachorrinhos comem debaixo
da mesa as migalhas dos filhos.»
Jesus disse: «Em atenção a essa palavra, vai; o demónio saiu de tua filha.»

Ela voltou para casa e encontrou a menina recostada na cama. O demónio
tinha-a deixado.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, seguidamente Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homília «Que Cristo seja anunciado», 12-13; PG 51, 319-320 (a partir da trad. de Delhougne, Les Péres commentent, p.127)

A oração humilde e perseverante

Uma cananeia aproximou-se de Jesus e pôs-se a suplicar-Lhe em grandes
brados pela filha, que estava possuída pelo demónio. [...] Esta mulher, uma
estrangeira, uma bárbara sem nenhuma relação com a comunidade judaica, o
que era se não uma cadela indigna de obter que pedia? «Não está bem tomar o
pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos.» No entanto, a sua
perseverança fez com que merecesse ser atendida. À que era apenas uma
cadela, Jesus elevou-a à nobreza dos filhos pequenos; mais ainda, cobriu-a
de elogios; ao despedi-la, disse-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se
como desejas» (Mt 15, 28). Quando ouvimos Cristo dizer: «Grande é a tua
fé», não precisamos de procurar outra prova da grandeza de alma desta
mulher. Vede como ela apagou a sua indignidade pela sua perseverança. E
reparai igualmente que obtemos mais do Senhor pela nossa oração que pela
oração dos outros.




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