domingo, 25 de outubro de 2009

Profecia do Dia

Domingo, dia 25 de Outubro de 2009
30º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Trigésimo Domingo do Tempo Comum (semana II do saltério)
S. Crispim e S. Crispiniano, mártires, séc. III, Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, religioso brasileiro, +1822



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório de Niza : «Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho»

Leituras

Jer. 31,7-9.
Porque isto diz o Senhor: «Soltai gritos de júbilo por Jacob. Aclamai a
primeira das nações! Fazei ressoar louvores, exclamando: 'Ó Senhor salva o
teu povo, o resto de Israel'.
Eis que os trarei do país do Norte, e os congregarei dos confins da terra.
O cego e o coxo, a mulher grávida e a que deu à luz, virão entre eles.
Hão-de voltar em grande multidão.
Entre lágrimas partiram, mas fá-los-ei voltar em grande consolação;
conduzi-los-ei às torrentes de água, por caminhos direitos em que não
tropeçarão; porque sou para Israel como um pai, e Efraim é o meu
primogénito.


Salmos 126(125),1-3.4-5.6.
Quando o SENHOR mudou o destino de Sião, parecia-nos viver um sonho.
nossa boca encheu-se de sorrisos e a nossa língua de canções. Dizia-se,
então, entre os pagãos: «O SENHOR fez por eles grandes coisas!»
Sim, o SENHOR fez por nós grandes coisas; por isso, exultamos de alegria.
Transforma, SENHOR, o nosso destino, como as chuvas transformam o deserto
do Négueb.
Aqueles que semeiam com lágrimas, vão recolher com alegria.
ida vão a chorar, carregando e lançando as sementes; no regresso cantam de
alegria, transportando os feixes de espigas.


Heb. 5,1-6.
Todo o Sumo Sacerdote tomado de entre os homens é constituído em favor dos
homens, nas coisas respeitantes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios
pelos pecados.
Pode compadecer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele está
cercado de fraqueza;
por isso, deve oferecer sacrifícios, tanto pelos seus pecados, como pelos
do povo.
E ninguém tome esta honra para si mesmo, mas somente quem é chamado por
Deus, tal como Aarão.
Assim também Cristo não se atribuiu a glória de se tornar Sumo Sacerdote,
mas concedeu-lha aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei.
E, como diz noutro passo: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de
Melquisedec.


Marcos 10,46-52.
Chegaram a Jericó. Quando ia a sair de Jericó com os seus discípulos e uma
grande multidão, um mendigo cego, Bartimeu, o filho de Timeu, estava
sentado à beira do caminho.
E ouvindo dizer que se tratava de Jesus de Nazaré, começou a gritar e a
dizer: «Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim!»
Muitos repreendiam-no para o fazer calar, mas ele gritava cada vez mais:
«Filho de David, tem misericórdia de mim!»
Jesus parou e disse: «Chamai-o.» Chamaram o cego, dizendo-lhe: «Coragem,
levanta-te que Ele chama-te.»
E ele, atirando fora a capa, deu um salto e veio ter com Jesus.
Jesus perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» «Mestre, que eu veja!»
respondeu o cego.
Jesus disse-lhe: «Vai, a tua fé te salvou!» E logo ele recuperou a vista e
seguiu Jesus pelo caminho.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório de Niza (c. 335-395), monge e bispo
A Vida de Moisés, II, 231-233, 251-253 (a partir da trad. de cf. SC Iter, pp. 265ss.)

«Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho»

[No Monte Sinai, Moisés disse ao Senhor: «Mostra-me a Tua glória». Deus
respondeu-lhe: «Farei passar diante de ti toda a Minha bondade (...), mas
tu não poderás ver a Minha face» (Ex 33, 18ss.).] Experimentar este desejo
parece-me porvir de uma alma animada pelo amor à beleza essencial, uma alma
a quem a esperança não pára de conduzir da beleza que já viu para aquela
que está para além. [...] Este pedido audacioso, que ultrapassa os limites
do desejo, almeja pela beleza que está para além do espelho, do reflexo,
para a ver face a face. A voz divina satisfaz o pedido, recusando-o
simultaneamente [...]: a magnanimidade de Deus concede-lhe a satisfação do
desejo, mas, ao mesmo tempo, não lhe promete repouso nem saciedade. [...] É
nisto que consiste a verdadeira visão de Deus: aquele que para Ele eleva os
olhos nunca mais cessa de O desejar. É por isso que Ele diz: «não poderás
ver a Minha face». [...]

O Senhor que tinha respondido a Moisés exprime-se da mesma forma aos Seus
discípulos, clarificando o sentido desta simbologia. Ele diz «Se alguém
quiser vir após Mim», (Lc 9, 23) e não: «Se alguém quiser ir à Minha
frente». Ao que Lhe faz um pedido a respeito da vida eterna, propõe o
mesmo: «Vem e segue-Me» (Lc 18, 22). Ora, aquele que segue caminha virado
para as costas daquele que o guia. Portanto, o ensinamento que Moisés
recebe sobre a maneira pela qual é possível ver a Deus é este: ver a Deus é
segui-Lo para onde Ele conduzir. [...]

Com efeito, aquele que não conhece o caminho não pode viajar em segurança
se não seguir o guia. Este precede-o, mostrando-lhe o caminho; por isso,
quem o segue não se desviará do caminho se se mantiver virado para as
costas daquele que o conduz. Com efeito, se se deixar ir ao lado ou de
frente para o guia tomará uma via diferente da indicada. Por isso, Deus diz
àquele a quem conduz: «Não poderás ver a Minha face», o que significa: «não
olhes de frente o teu guia», porque, se assim fizesses, correrias num
sentido que Lhe é contrário. [...] Como vês, é importante aprender a seguir
a Deus: para aquele que assim O segue nenhuma contradição do mal se poderá
opor ao seu caminhar.




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