segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Segunda-feira, dia 09 de Janeiro de 2017

Baptismo do Senhor, festa
Baptismo do Senhor (semana I do saltério)

Santo André Corsini, bispo, +1374, Santo Adriano de Cantuária, abade, +710

Comentário do dia
São Cirilo de Jerusalém : «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.»

Is. 42,1-4.6-7.

Diz o Senhor: «Eis o meu servo, a quem Eu protejo, o meu eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às nações.
Não gritará, nem levantará a voz, nem se fará ouvir nas praças;
não quebrará a cana fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega: proclamará fielmente a justiça.
Não desfalecerá nem desistirá, enquanto não estabelecer a justiça na terra, a doutrina que as ilhas longínquas esperam.
Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações,
para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».


Salmos 29(28),1-2.3ac-4.3b.9c-10.

Tributai ao Senhor, filhos de Deus,
tributai ao Senhor glória e poder.
Tributai ao Senhor a glória do seu nome,
adorai o Senhor com ornamentos sagrados.

A voz do Senhor ressoa sobre as nuvens,
o Senhor está sobre a vastidão das águas.
A voz do Senhor é poderosa,
a voz do Senhor é majestosa.

A majestade de Deus faz ecoar o seu trovão,
No seu santuário todos exclamam: "Glória!"
Sobre as águas do dilúvio senta-Se o Senhor,
o Senhor senta-Se como rei eterno.




Actos 10,34-38.

Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz aceção de pessoas,
mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável.
Ele enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo, que é o Senhor de todos.
Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele».


Mateus 3,13-17.

Naquele tempo, Jesus chegou da Galileia e veio ter com João Baptista ao Jordão, para ser batizado por ele.
Mas João opunha-se, dizendo: «Eu é que preciso de ser batizado por Ti, e Tu vens ter comigo?».
Jesus respondeu-lhe: «Deixa por agora; convém que assim cumpramos toda a justiça». João deixou então que Ele Se aproximasse.
Logo que Jesus foi batizado, saiu da água. Então, abriram-se os céus e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre Ele.
E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequeses batismais, n.º 11

«Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.»

Acreditai em Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, mas, segundo o Evangelho, seu Filho único: «Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16). [...]

Ele é o Filho de Deus por natureza e não por adoção, pois nasceu do Pai. [...] Porque o Pai, sendo Deus verdadeiro, gerou o Filho à sua semelhança, Deus verdadeiro. [...] Cristo é filho por natureza, um verdadeiro filho, não um filho adotivo como vós, os novos batizados, que agora vos tornastes filhos de Deus. Porque vos tornastes também filhos, mas por adoção, segundo a graça, como está escrito: «Mas a todos os que O receberam, aos que crêem nele, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,12). Nós somos gerados pela água e pelo Espírito (Jo 3,5), mas não da mesma maneira que Cristo foi gerado pelo Pai. Porque, no momento do batismo, este último levantou a voz e disse: «Este é o meu Filho», para mostrar que Ele era Filho antes mesmo do seu batismo.

O Pai não gerou o Filho como, nos homens, o espírito gera a palavra. Porque o espírito em nós subsiste, enquanto a palavra, uma vez pronunciada e difundida no ar, desaparece. Mas nós sabemos que Cristo foi gerado Verbo, Palavra perene e viva, não pronunciada e saída dos lábios, mas nascida eternamente do Pai, de modo substancial e inefável. Porque «no princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus» (Jo 1,1), sentado à sua direita (Sl 109,1). Ele é a Palavra que compreende a vontade do Pai e produz todas as coisas por sua ordem, Palavra que desce e que sobe (Ef 4,10) [...], Palavra que fala e que diz: «Eu digo o que vi junto de meu Pai» (Jo 8,38). Palavra plena de autoridade (Mc 1,27) e que tudo rege, porque «o Pai entregou tudo ao Filho» (Jo 3,35).