terça-feira, 26 de junho de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 27 de Junho de 2012
Quarta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,  S. Cirilo de Alexandria, bispo, Doutor da Igreja, +444



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Pelos seus frutos os conhecereis»

Leituras

2 Reis 22,8-13.23,1-3.


Naqueles dias, o Sumo Sacerdote Hilquias disse ao escriba Chafan: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei.» Hilquias entregou este livro ao escriba Chafan,
o qual, depois de o ler, foi ter com o rei e prestou-lhe contas da missão que lhe fora confiada: «Teus servos juntaram o dinheiro que se encontrava na casa do Senhor e entregaram-no aos encarregados do templo do Senhor.»
E acrescentou: «O Sumo Sacerdote Hilquias entregou-me um livro.» E leu-o na presença do rei.
Ao ouvir as palavras do Livro da Lei do Senhor, o rei rasgou as suas vestes
e ordenou ao sacerdote Hilquias, a Aicam, filho de Chafan, a Acbor, filho de Miqueias, ao escriba Chafan e ao seu oficial Asaías:
«Ide e consultai o Senhor acerca de mim, do povo e de todo o Judá, sobre o conteúdo deste livro, que acaba de ser descoberto. A cólera do Senhor deve ser grande contra nós, porque nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, nem puseram em prática o que nele se nos prescreve.»
O rei mandou vir à sua presença todos os anciãos de Judá e de Jerusalém,
e subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, sacerdotes, profetas e todo o povo, pequenos e grandes. Leu, então, diante de todos, as palavras do Livro da Aliança, descoberto no templo do Senhor.
Pondo-se de pé sobre o estrado, o rei renovou a aliança na presença do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor, a observar os seus mandamentos, as suas instruções e os seus preceitos, com todo o seu coração e com toda a sua alma, e a cumprir todas as palavras da aliança contidas neste livro. Todo o povo concordou com esta aliança.


Salmos 119(118),33.34.35.36.37.40.


Ensina-me, Senhor, o caminho das tuas leis
e eu hei-de cumpri-las com fidelidade.
Dá-me entendimento para cumprir a tua lei;
hei-de obedecer-lhe de todo o coração.

Conduz-me pela senda dos teus mandamentos,
porque neles estão as minhas delícias.
Inclina o meu coração para as tuas ordens,
e não para a cobiça.

Desvia os meus olhos dos deuses vãos;
faz-me viver nos teus caminhos.
Vê como tenho desejado os teus preceitos;
faz-me viver segundo a tua justiça.







Mateus 7,15-20.


Naquele tempo, disse Jesus  aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.
Pelos frutos, pois, os conhecereis.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Explicação do Sermão da Montanha, c. 24, §§ 80-81

«Pelos seus frutos os conhecereis»

Perguntamo-nos quais os frutos para os quais o Senhor quer chamar a nossa
atenção para reconhecermos a árvore. Alguns consideram como frutos a
roupagem das ovelhas e assim os lobos podem enganá-los. Quero referir-me a
jejuns, orações, esmolas e todas as obras que podem ser feitas por
hipócritas. Caso contrário, Jesus não teria dito: «Guardai-vos de fazer as
vossas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles» (Mt
6,1). [...] Muitos dão aos pobres por ostentação e não por generosidade;
muitos que rezam, ou melhor, que parecem rezar, não procuram Deus, mas sim
a estima dos homens; muitos jejuam e exibem austeridade notável para atrair
a admiração dos que vêem a sua conduta. Todas essas obras são enganos.
[...] O Senhor conclui que esses frutos não são suficientes para julgar a
árvore. As mesmas acções feitas com uma intenção recta e verdadeira são a
roupagem das autênticas ovelhas. [...]


O apóstolo Paulo diz-nos quais os frutos pelos quais reconheceremos a
árvore ruim: «É fácil reconhecer as obras da carne: fornicação, impureza,
libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras,
discórdias, sectarismos, rivalidades, embriaguez, orgias e coisas
semelhantes» (Gal 5,19-20). O mesmo apóstolo nos diz a seguir quais os
frutos para reconhecer uma boa árvore: «Mas os frutos do Espírito são:
amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e
autocontrolo» (v. 22-23).


É preciso saber que a palavra «alegria» é usada aqui no seu sentido
literal; os homens maus em sentido literal ignoram a alegria, mas conhecem
o prazer. [...] Este é o sentido próprio desta palavra que só os bons
conhecem; «não há alegria para os ímpios, diz o Senhor» (Is. 48,22).
Acontece o mesmo com a fé verdadeira. As virtudes enumeradas podem ser
fingidas por maus e impostores, mas não enganam o olho puro e simples capaz
de discernimento.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org