segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 02 de Agosto de 2011
Terça-feira da 18ª semana do Tempo Comum

Beato Pedro Fabro, presbítero, +1564,  Beato João de Rieti, religioso, eremita, +1350,  Beata Joana de Aza, mãe de S. Domingos, +1190,  S. Pedro Julião Eymard, presbítero, +1868,  S. Gaudêncio de Évora, mártir, séc. II?,  Santo Eusébio de Vercelli, bispo, +370



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Orígenes : «São cegos a conduzir outros cegos»

Leituras

Núm. 12,1-13.


Naqueles dias, Maria e Aarão falaram contra Moisés por causa da mulher etíope que ele tinha tomado, por ter desposado uma etíope;
e disseram: «Acaso foi só a Moisés que o Senhor falou? Não falou também a nós?» Ora o Senhor ouviu.
Na realidade, Moisés era um homem muito humilde, mais que todos os homens que há sobre a face da terra.
Subitamente, o Senhor disse a Moisés, a Aarão e a Maria: «Ide vós três à tenda da reunião.» E foram os três.
O Senhor desceu na coluna da nuvem, pôs-se à entrada da tenda e chamou Aarão e Maria. Aproximaram-se,
e Ele disse: «Escutai bem as minhas palavras. Se existisse entre vós um profeta, Eu, o Senhor, manifestar-me-ia a ele numa visão. Eu me daria a conhecer em sonhos, falaria com ele.
Não é assim com o meu servo Moisés? Eu estabeleci-o sobre toda a minha casa!
Falo com ele frente a frente, à vista e não por enigmas; ele contempla a imagem do Senhor! Como é que não tivestes medo de falar contra o meu servo, contra Moisés?»
A ira do Senhor inflamou-se contra eles e afastou-se.
Retirou-se a nuvem de cima da tenda; e eis que Maria se encontrou coberta de lepra como neve. Aarão voltou-se para Maria e viu-a coberta de lepra.
Disse Aarão a Moisés: «Por favor, meu senhor, não nos faças suportar esse pecado que cometemos e de que somos culpados.
Que ela não seja como alguém que sai já morto do ventre de sua mãe e com a carne meio consumida.»
Moisés suplicou ao Senhor: «Ó Deus, por favor, cura-a!»


Salmos 51(50),3-4.5-6a.6bc-7.12-13.


Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.

Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.

Reconheço as minhas culpas
e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Contra ti pequei, só contra ti,
fiz o mal diante dos teus olhos;  

Por isso é justa a tua sentença
e recto o teu julgamento.
Eis que nasci na culpa
e a minha mãe concebeu-me em pecado.

Cria em mim, ó Deus, um coração puro;
renova e dá firmeza ao meu espírito.
Não me afastes da tua presença,
nem me prives do teu santo espírito!



Mateus 15,1-2.10-14.


Naquele tempo, aproximaram-se, então, de Jesus alguns fariseus e doutores da Lei, vindos de Jerusalém e disseram-lhe:
«Porque transgridem os teus discípulos a tradição dos antigos? Pois não lavam as mãos antes das refeições.»
Jesus chamou, depois, a multidão para junto de si e disse-lhes: «Escutai e tratai de compreender!
Não é aquilo que entra pela boca que torna o homem impuro; o que sai da boca é que torna o homem impuro.»
Os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Sabes que os fariseus ficaram escandalizados, por te ouvirem falar assim?»
Ele respondeu: «Toda a planta que não tenha sido plantada por meu Pai celeste será arrancada.
Deixai-os: são cegos a conduzir outros cegos! Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão nalguma cova.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Homilia 1 sobre o Levítico; PG 12,405 (cf SC 286)

«São cegos a conduzir outros cegos»

Quando, nos últimos dias, o Verbo de Deus nasceu de Maria revestido de
carne e Se mostrou neste mundo, aquilo que se via d'Ele era outra coisa que
não aquela que a inteligência podia discernir. Ver a Sua carne era evidente
para todos, mas o conhecimento da Sua divindade era dado apenas a alguns.
Do mesmo modo, quando o Verbo de Deus Se dirige aos homens através da lei
antiga e dos profetas, apresenta-Se coberto com as vestes adequadas. Na Sua
encarnação, vestiu-Se de carne; nas Sagradas Escrituras, está vestido com o
véu das letras. O véu das letras é comparável à Sua humanidade, e o sentido
espiritual da Lei à Sua divindade. No livro do Levítico encontramos os
ritos do sacrifício, as diversas vítimas, o serviço litúrgico dos
sacerdotes [...]; bem-aventurados os olhos que vêem o Espírito divino
oculto no interior do véu. [...]


«Quando alguém se vira para o Senhor, diz o apóstolo Paulo, o véu é tirado,
pois onde está o Espírito do Senhor há liberdade» (2Cor 3,17). É, portanto,
ao próprio Senhor, ao próprio Espírito Santo, que devemos rezar para que
Ele Se digne remover toda a obscuridade e que possamos contemplar em Jesus
o admirável sentido da Lei, como aquele que disse: «Abri os meus olhos para
que possa contemplar as maravilhas da Vossa Lei» (Sl 118,18).




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