domingo, 15 de junho de 2014

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 16 de Junho de 2014

Segunda-feira da 11ª semana do Tempo Comum

S. Ciro, mártir, séc. IV, São João Francisco Régis, presbítero, +1640

Comentário do dia
São Cesário de Arles : «Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau»

1 Reis 21,1-16.

Naquele tempo, Nabot de Jezrael tinha uma vinha junto ao palácio de Acab, rei da Samaria.
Disse então Acab a Nabot. «Cede-me a tua vinha para que eu a transforme em horta, pois fica junto da minha casa. Dar-te-ei em troca uma vinha melhor; ou, se te convier, pagar-te-ei o seu valor em dinheiro.»
Nabot disse a Acab: «Pelo Senhor! Seria um sacrilégio ceder-te a herança de meus pais.»
Acab voltou para casa triste e irritado, pelo facto de Nabot lhe ter dito: «Não te darei a herança de meus pais». Deitou-se na cama, voltou o rosto para a parede e não quis mais comer.
Sua esposa veio ter com ele e perguntou-lhe: «Por que razão estás assim irritado e não queres comer?»
Ele respondeu: «Porque falei a Nabot de Jezrael, dizendo-lhe: 'Cede-me a tua vinha por dinheiro ou, se mais te convier, dar-te-ei por ela outra vinha', e ele respondeu-me: 'Não te darei a minha vinha'.
Então Jezabel, sua esposa, disse-lhe: «Não és tu o rei de Israel? Levanta-te, come, não te aflijas! Eu mesma te darei a vinha de Nabot de Jezrael.»
Escreveu cartas em nome de Acab, selando-as com o selo real, e enviou-as aos anciãos e aos magistrados da cidade, concidadãos de Nabot.
Nelas lhes dizia: «Proclamai um jejum e fazei sentar Nabot na primeira fila da assembleia.
Fazei vir à sua presença dois homens malvados que o acusem dizendo: 'Tu blasfemaste contra Deus e contra o rei!' Levai-o depois para fora da cidade e apedrejai-o até ele morrer».
Os homens da cidade, os anciãos e os magistrados, concidadãos de Nabot, fizeram o que lhes mandara Jezabel, conforme o conteúdo da carta que ela lhes enviara.
Proclamaram um jejum e fizeram sentar Nabot em lugar de honra.
Vieram então os dois malvados, puseram-se na presença de Nabot e depuseram contra ele perante o povo, dizendo: «Nabot blasfemou contra o Deus e contra o rei!» Fizeram-no sair da cidade, apedrejaram-no e ele morreu.
Mandaram então dizer a Jezabel: «Nabot foi apedrejado e morreu.»
Quando Jezabel teve conhecimento de que Nabot fora apedrejado e já estava morto, disse a Acab. «Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael recusara ceder-te por dinheiro. Nabot já não é vivo! Morreu!»
Mal Acab ouviu dizer que Nabot tinha morrido, levantou-se logo para descer até à vinha de Nabot de Jezrael, a fim de tomar posse dela.


Salmos 5,2-3.5-6.7.

Ouve, Senhor, as minhas palavras
e atende a minha súplica.
Escuta a voz do meu clamor,
ó meu Rei e meu Deus.

Vós não sois um Deus que se agrade do mal,
o perverso não tem aceitação junto de Vós,
nem os ímpios
suportam o vosso olhar.

Vós detestais todos os malfeitores
e exterminais os que dizem mentiras:
o Senhor abomina
os sanguináriops e fraudulentos.




Mateus 5,38-42.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes o que foi dito aos antigos: Olho por olho e dente por dente.
Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.
Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa.
E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas.
Dá-a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo
Sermões ao povo, n º 23, 4-5, inspirados em Santo Agostinho; SC 243

«Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau»

«Se alguém observar toda a lei, e faltar em um só ponto, faz-se réu de ter violado todos eles» (Tg 2:10). O que é este único preceito, senão o verdadeiro amor, a caridade perfeita? Foi dela que o apóstolo Paulo também disse: «Toda a lei se encerra neste preceito: amarás ao teu próximo como a ti mesmo» (Gal 5,14). […]


Porque a verdadeira caridade é paciente na adversidade e comedida na prosperidade; é forte no sofrimento doloroso, alegre nas boas obras, perfeitamente segura na tentação; é suave com os verdadeiros irmãos e paciente com os falsos; é inocente nas armadilhas; chora na maldade; respira na verdade. É pura em Susana casada, em Ana viúva, em Maria virgem (Dan 13,1ss; Lc 2,36). É humilde na obediência de Pedro e livre na argumentação de Paulo. É humana no testemunho dos cristãos, divina no perdão de Cristo. Porque a verdadeira caridade, queridos irmãos, é a alma de todas as Escrituras, a força da profecia, a moldura do conhecimento, o fruto da fé, a riqueza dos pobres, a vida dos moribundos. Conservai-a pois com fidelidade; amai-a com todo o vosso coração e com toda a força do vosso entendimento (cf Mc 12,30).