Terça-feira, dia 24 de Setembro de 2013 Terça-feira da 25ª semana do Tempo Comum Nossa Senhora das Mercês S. Vicente Maria Strambi, bispo, +1824, Beata Rita Amada de Jesus, religiosa, fundadora, +1913
Comentário do dia Santa Teresinha do Menino Jesus : Vivia da fé como nós
Esdras 6,7-8.12b.14-20. Naqueles dias, Dario, o rei da Pérsia, escreveu às autoridades da província ocidental do Eufrates dizendo: «Deixai continuar os trabalhos do templo de Deus e que o governador dos judeus e seus anciãos o reconstruam no seu lugar. Também ordeno como se deve proceder para com esses anciãos dos judeus a fim de que seja reconstruído o templo de Deus: das receitas reais, provenientes dos impostos, pagos na outra margem do rio, pague-se integralmente a esses homens, para que a obra não sofra interrupção; E Deus, que ali faz habitar o seu nome, destrua todo o rei e todo o povo que levantar a mão para mudar este decreto e destruir a morada de Deus que está em Jerusalém! Eu, Dario, dei esta ordem. Que ela seja pontualmente executada.» Os anciãos dos judeus prosseguiram com êxito a reconstrução do templo, segundo as profecias de Ageu, o profeta, e de Zacarias, filho de Ido. Terminaram a construção, segundo a ordem do Deus de Israel e segundo a ordem de Ciro, de Dario e de Artaxerxes, reis da Pérsia. Concluiu-se o edifício no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do reinado de Dario. Os filhos de Israel, os sacerdotes, os levitas e os demais repatriados celebraram com júbilo a dedicação do templo de Deus. Ofereceram, para esta dedicação, cem touros, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros e doze bodes, como vítimas expiatórias pelos pecados de todo o Israel. Distribuíram os sacerdotes segundo as suas classes e os levitas segundo as suas divisões, para celebrarem o culto de Deus em Jerusalém, conforme as prescrições do livro de Moisés. Os repatriados celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês. Os sacerdotes e os levitas, sem excepção, purificaram-se e, assim, todos estavam puros. Imolaram a Páscoa por todos os repatriados, pelos seus irmãos sacerdotes e por eles mesmos.
Salmos 122(121),1-2.3-4a.4b-5. Que alegria, quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor!» Os nossos pés detêm-se às tuas portas, ó Jerusalém!
Jerusalém, cidade bem construída, harmoniosamente edificada. Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor,
ali estão os tribunais da justiça os tribunais da casa de David.
Lucas 8,19-21. Naquele tempo, vieram ter com Jesus sua mãe e seus irmãos, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. Anunciaram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.» Mas Ele respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja Últimas conversas, 21/08/1897
Vivia da fé como nós Como eu gostaria de ser padre para pregar sobre a Santíssima Virgem! Bastar-me-ia uma única vez para dizer tudo o que penso sobre este assunto. Em primeiro lugar, faria compreender até que ponto conhecemos mal a sua vida. Não podemos dizer coisas inverosímeis ou que desconhecemos; por exemplo, que ainda pequenita, com três anos, foi ao Templo oferecer-se a Deus com sentimentos extraordinários e ardentes de amor, quando talvez lá tenha ido apenas para obedecer aos pais. […] Para que um sermão sobre a Santíssima Virgem me agrade e me faça bem, é preciso que eu veja a sua vida real e não a sua vida imaginada; e tenho a certeza de que a sua vida real devia ser muito simples. Mostram-no-la inacessível, quando era preciso mostrá-la imitável, dar ênfase às suas virtudes, dizer que ela vivia de fé como nós, e apresentar provas disse com o Evangelho, onde lemos: «Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse» (Lc 2,50). E esta outra, não menos misteriosa: «Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam» (Lc 2,33). Esta admiração pressupõe um certo espanto, não acham? Sabemos bem que a Santíssima Virgem é a Rainha do Céu e da terra, mas ela é mais mãe que rainha e não podemos dizer que, pelas suas prorrogativas, eclipsa a glória de todos os santos, como o sol que, quando se eleva, faz desaparecer as estrelas. Meu Deus! Como isto é estranho! Uma mãe que faz desaparecer a glória dos seus filhos! Eu penso que, pelo contrário, ela aumentará em muito o esplendor dos eleitos. É bom falar das suas prorrogativas, mas sem nos determos nisso. […] Quem sabe se alguma alma não sentirá mesmo um certo distanciamento de uma criatura tão superior, e não dirá: «Já que é assim, mais vale irmos brilhar como pudermos num cantinho.» O que a Santíssima Virgem tinha a mais que nós é que não podia pecar, estava isenta da mancha original; mas, por outro lado, teve menos sorte que nós, pois não tinha uma Santíssima Virgem a quem amar, e isso é um consolo tão grande para nós. |