quinta-feira, 31 de março de 2016

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 01 de Abril de 2016

6ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

Santo Hugo de Grenoble, bispo, +1152

Comentário do dia
São Máximo de Turim : «Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem.»

Actos 4,1-12.

Naqueles dias, estavam Pedro e João a falar ao povo, depois da cura do cego de nascença, quando surgiram os sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus,
irritados por eles estarem a ensinar o povo e a anunciar a ressurreição dos mortos que se verificara em Jesus.
Apoderaram-se deles e, porque já era tarde, meteram-nos na prisão, até ao dia seguinte.
Entretanto, muitos dos que tinham ouvido a palavra de Deus abraçaram a fé e o número de homens elevou-se a uns cinco mil.
No dia seguinte, os chefes do povo, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém,
com o sumo sacerdote Anás, com Caifás, João e Alexandre, e todos os que eram da família dos príncipes dos sacerdotes.
Mandaram vir os Apóstolos à sua presença e começaram a interrogá-los: «Com que poder ou em nome de quem fizestes semelhante coisa?»
Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos,
já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e o modo como ele foi curado,
ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença.
Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-se pedra angular
. E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos».


Salmos 118(117),1-2.4.22-24.25-27a.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós Vos bendizemos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz.




João 21,1-14.

Naquele tempo, Jesus manifestou-Se novamente aos discípulos junto ao Mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo:
Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Disse-lhes então Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não».
Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes.
Então o discípulo predileto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar.
Os outros discípulos, que estavam distantes apenas uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes.
Logo que saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão.
Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora».
Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?»: bem sabiam que era o Senhor.
Então Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe.
Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 53, sobre o Salmo 117. Homilia sobre o Salmo 14.

«Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem.»

Esse dia que o Senhor fez (Sl 117,24) tudo penetra, tudo contém, tudo abarca, o céu, a terra e o inferno! [...] E que dia é este, senão Cristo, do qual diz o profeta: «Um dia passa ao outro esta mensagem» (Sl 18,3). Sim, este dia é o Filho, a quem o Pai, que também está unido à luz do dia, enuncia o segredo da sua divindade. É Ele esse dia que diz pela voz do Sábio: «Irradiarei a ciência como a aurora, farei que ela brilhe bem longe» (Si 24,32). [...] Assim, a luz de Cristo brilha para sempre, irradiando, sem que as trevas do pecado possam extingui-la. «A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam» (Jo 1,5).

À ressurreição de Cristo, todos os elementos são glorificados; estou certo de que, nesse dia, o sol brilhou com nova luminosidade. E não haveria de entrar na alegria da ressurreição aquele que se tinha entristecido com a morte de Cristo (Mt 27,45)? [...] Qual servo fiel, anulou-se para acompanhar a Cristo ao túmulo; pois hoje deve resplandecer para saudar a ressurreição. [...] Irmãos, alegremo-nos neste santo dia, e que ninguém deixe de se juntar à alegria comum por se lembrar dos seus pecados! Que ninguém desespere do perdão. Espera-nos um favor imenso. Se, na cruz, o Senhor teve piedade de um ladrão [...], com que benefícios a glória da sua ressurreição nos não cumulará!