sábado, 12 de agosto de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sabado, dia 12 de Agosto de 2017

Sábado da 18ª semana do Tempo Comum

Beato Isidoro Bakanja, mártir, +1909, Santa Joana Francisca de Chantal, viúva, religiosa, fundadora, +1641, Beato Amadeu da Silva, religioso, +1482, Santa Beatriz, virgem, mártir, +304

Comentário do dia
São Tomás Moro : «Eu creio! Ajuda a minha incredulidade!» (Mc 9,24)

Deut. 6,4-13.

Moisés falou ao povo, dizendo: «Escuta, Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.
As palavras que hoje te prescrevo ficarão gravadas no teu coração».
Hás de recomendá-las a teus filhos e delas falarás, quer estando sentado em casa quer andando pelos caminhos, quando te deitas e quando te levantas.
Hás de atá-las ao braço como um sinal, prendê-las na fronte diante dos teus olhos
e gravá-las nos umbrais da tua casa e nas portas da tua cidade.
Quando o Senhor teu Deus te introduzir na terra que a teus pais Abraão, Isaac e Jacob, jurou dar-te, terás grandes e belas cidades que tu não construíste,
casas repletas de toda a espécie de bens que tu não acumulaste, cisternas abertas que tu não escavaste, vinhas e olivais que tu não plantaste. Quando tiveres comido até à saciedade,
não te esqueças do Senhor, que te fez sair da terra do Egipto, da casa da escravidão.
Só ao Senhor teu Deus deves temer, só a Ele servir e só pelo seu nome jurar».


Salmos 18(17),2-3a.3bc-4.47.51ab.

Eu Vos amo, Senhor, minha força,
minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador.
Meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança,
sois meu protetor, minha defesa e meu salvador.

Invoquei o Senhor – louvado seja Ele –
e fiquei salvo dos meus inimigos.
Viva o Senhor, bendito seja o meu protetor;
exaltado seja Deus, meu salvador,

O Senhor dá ao seu Rei grandes vitórias
e usa de bondade para com o seu Ungido.



Mateus 17,14-20.

Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um homem, que se ajoelhou diante d'Ele e Lhe disse:
«Senhor, tem compaixão do meu filho, porque é epilético e sofre muito; cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água.
Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo».
Jesus respondeu: «Oh geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui».
Jesus ameaçou o demónio, que saiu do menino e este ficou curado a partir daquele momento.
Então os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe em particular: «Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?».
Jesus respondeu-lhes: «Por causa da vossa pouca fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, direis a este monte: 'Muda-te daqui para acolá', e ele há de mudar-se. E nada vos será impossível».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Tomás Moro (1478-1535), estadista inglês, mártir
Diálogo sobre o Conforto na Tribulação, I,2

«Eu creio! Ajuda a minha incredulidade!» (Mc 9,24)

Ninguém pode dar a si mesmo a virtude da fé [...]; a fé é um dom gratuito de Deus. Como diz S. Tiago, «Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes» (1,17). Assim, pois, quando sentirmos que a nossa fé enfraquece, rezemos Àquele que no-la pode fortificar: «Eu creio! Ajuda a minha incredulidade!» (Mc 9,24); e, com os apóstolos: «Senhor, aumenta a nossa fé» (Lc l7,6). E depois, meditemos nas palavras de Cristo quando nos diz que, se não queremos que a nossa fé amorne e até arrefeça ccompletamente, perdendo a sua força pela dispersão dos nossos pensamentos nas futilidades deste mundo, temos de nos retirar para o nosso quarto (cf Mt 6,6) e aí reforçar a nossa fé, deixando de dar importância às ilusões deste mundo.

E, como o grão de mostarda, que é por natureza ardente, temos de semear a fé no jardim do nosso coração, depois de termos arrancado dele as ervas más. E a semente crescerá de tal maneira, que as aves do céu, isto é, os santos anjos, virão fazer morada na nossa alma, e dará o fruto das virtudes nos seus ramos (cf Mt 13,1s). Então, confiantes na palavra de Deus, teremos uma segurança firme nas suas promessas e poderemos expulsar no nosso coração uma montanha de aflições (cf Mt 17,20) ao passo que, se a nossa fé for fraca e oscilante, nem sequer um montículo deslocará.