«A quem Me comparareis que seja semelhante a Mim? — diz o Deus Santo. Bendiz, ó minha alma, o Senhor Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. O Espírito Santo dará aos justos a paz perfeita na eternidade. Mas, já agora, dá-lhes uma enorme paz quando incendeia o seu coração com o fogo celeste da caridade. O apóstolo Paulo diz, com efeito: «A esperança não engana, pois o amor de Cristo foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rom 5,5). A verdadeira e mesmo a única paz das almas neste mundo consiste em estarmos repletos do amor divino e animados com a esperança do céu, a ponto de considerarmos de pouca importância os sucessos e as tribulações deste mundo; em nos despojarmos completamente dos desejos e das cobiças deste mundo; e em nos regozijarmos com as injúrias e perseguições sofridas por causa de Cristo, de tal forma que possamos dizer com o apóstolo Paulo: «Estamos firmes na esperança da glória de Deus. E não só. Estamos firmes nas tribulações» (Rom 5,2). |
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Profecia do Dia
Ano da Misericórdia
Prezados leitores
A 8 de dezembro de 1965, o Concílio Ecuménico Vaticano II acabava os seus trabalhos. Por ocasião do encerramento, o Beato Paulo VI dizia: «Uma corrente de afeto e de admiração transbordou do Concílio sobre o mundo humano moderno. Foram denunciados erros. Sim, porque essa é a exigência da caridade, bem como da verdade, mas, no que toca às pessoas, houve apenas consideração, respeito e amor. Em vez de diagnósticos deprimentes, houve remédios encorajantes; em vez de presságios funestos, foram enviadas mensagens de confiança do Concílio para o mundo contemporâneo: os seus valores foram não só respeitados, mas honrados; os seus esforços apoiados, as suas aspirações purificadas e abençoadas… e toda esta riqueza doutrinal só teve um objetivo: servir o homem.»
50 anos mais tarde, o Papa Francisco, com a sua visão sobre o mundo atual e os seus problemas, proclama um Ano Jubilar da Misericórdia. Propõe-nos que acolhamos o amor misericordioso do nosso Deus e que vivamos a misericórdia, que ele considera «a trave mestra da vida da Igreja». E convida cada cristão a ser Misericordioso como o Pai. Aliás, o Papa inspira-se na palavra de Jesus que S. Lucas nos transmite: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6, 36).
Ao longo deste ano litúrgico que começou, somos precisamente conduzidos nas celebrações de cada domingo pelo evangelista Lucas, aquele que nos mostra de uma maneira mais original a misericórdia nas palavras e nos atos de Jesus, o «rosto da misericórdia de Deus».
Desejemo-nos, pois, uns aos outros, que vivamos o Ano Jubilar animados por este espírito, na esperança e na alegria.
A equipa do Evangelho Quotidiano em língua portuguesa