quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 06 de Agosto de 2010
Transfiguração do Senhor – festa

Transfiguração do Senhor
Transfiguração do Senhor



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Alexandria : «Moisés e Elias [...] falavam da Sua morte, que ia acontecer em Jerusalém»

Leituras

Dan. 7,9-10.13-14.
«Continuava eu a olhar, até que foram preparados uns tronos, e um Ancião
sentou-se. Branco como a neve era o seu vestuário, e os cabelos da cabeça
eram como de lã pura; o trono era feito de chamas, com rodas de fogo
flamejante.
Corria um rio de fogo que jorrava da parte da frente dele. Mil milhares o
serviam, dez mil miríades lhe assistiam. O tribunal reuniu-se em sessão e
foram abertos os livros.
Contemplando sempre a visão nocturna, vi aproximar-se, sobre as nuvens do
céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante
do qual o conduziram.
Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas
as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um
império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído.»



Salmos 97(96),1-2.5-6.9.
O SENHOR é rei: alegre se a terra e rejubile a multidão das ilhas!
Ele está rodeado de nuvens e escuridão; a justiça e o direito são a base
do seu trono.
As montanhas derretem se, como cera, diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a justiça de Deus e todos os povos contemplam a sua
grandeza.
Porque Tu, SENHOR, és soberano em toda a terra, estás muito acima de todos
os deuses.


Lucas 9,28-36.
Uns oito dias depois destas palavras, levando consigo Pedro, João e Tiago,
Jesus subiu ao monte para orar.
Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes
tornaram-se de uma brancura fulgurante.
E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias,
os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia
acontecer em Jerusalém.
Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a
glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele.
Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe: «Mestre, é bom
estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra
para Elias.» Não sabia o que estava a dizer.
Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na
nuvem, ficaram atemorizados.
E da nuvem veio uma voz que disse: «Este é o meu Filho predilecto.
Escutai-o.»
Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio
e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que tinham visto.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja
Homilias sobre a Transfiguração, 9; PG 77, 1011 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p. 342)

«Moisés e Elias [...] falavam da Sua morte, que ia acontecer em Jerusalém»

Jesus subiu à montanha com os três discípulos que escolheu. Depois foi
transfigurado por uma luz fulgurante e divina, a ponto de as Suas vestes
parecerem brilhar como a luz. Seguidamente, Moisés e Elias envolveram
Jesus, falaram entre eles da Sua partida, que devia acontecer em Jerusalém,
quer dizer, do mistério da Sua incarnação e da Sua Paixão salvadora, que
devia concretizar-se na cruz. Porque é verdade que a lei de Moisés e a
pregação dos profetas tinham mostrado antecipadamente o mistério de Cristo.
[...] Esta presença de Moisés e de Elias e a conversa entre eles tinha como
objectivo mostrar que a Lei e os profetas formavam como que o cortejo de
Nosso Senhor Jesus Cristo, o Senhor que tinham profetizado. [...] Depois de
terem aparecido não se calavam, falando da glória de que o Senhor ia ser
cumulado em Jerusalém pela Sua Paixão e pela Sua cruz e, sobretudo, pela
Sua ressurreição.


Talvez o bem-aventurado São Pedro, acreditando que tinha chegado o Reino de
Deus, tenha desejado permanecer na montanha, porque disse que deviam fazer
«»três tendas». [...]. Não sabia o que estava a dizer». Porque ainda não
tinha chegado o momento do fim do mundo e não será no tempo presente que
os santos usufruirão da esperança que lhes foi prometida. É que São Paulo
afirma: «Ele transfigurará o nosso pobre corpo, conformando-o ao Seu corpo
glorioso» (Fil 3, 21).


Uma vez que o projecto da Salvação ainda não estava completo, estando
apenas no seu começo, não era possível que Cristo, que tinha vindo ao mundo
por amor, renunciasse a querer sofrer por ele. Porque Ele manteve a
natureza humana para sofrer a morte na Sua carne, e para a destruir pela
Sua ressurreição de entre os mortos.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org