sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Profecia do Dia


Sabado, dia 23 de Janeiro de 2016

Sábado da 2ª semana do Tempo Comum

Beata Josefa Maria de Benigánim, virgem, +1696, S. João Esmoler, b., +616, Santo Ildefonso, b., +667

Comentário do dia
São Tomás de Aquino : Jesus dá-Se inteiramente; Ele dá-Se a Si próprio a comer

2 Sam. 1,1-4.11-12.19.23-27.

Naqueles dias, David, ao voltar da vitória sobre os amalecitas, ficou dois dias em Siclag.
Ao terceiro dia, chegou um homem que vinha do acampamento de Saul: trazia as vestes rasgadas e a cabeça coberta de poeira. Ao chegar à presença de David, prostrou-se por terra em profunda reverência.
David perguntou-lhe: «De onde vens?». Ele respondeu: «Escapei-me do acampamento de Israel».
Disse David: «Que aconteceu? Conta-me tudo». O homem respondeu: «O exército fugiu do campo de batalha, muitos homens tombaram e o próprio Saul e seu filho Jónatas também pereceram».
Então David agarrou as suas vestes e rasgou-as e o mesmo fizeram todos os que estavam com ele.
Depois lamentaram-se, choraram e jejuaram até à tarde por Saul e seu filho Jónatas, pelo povo do Senhor e pela casa de Israel, porque tinham sucumbido ao fio da espada.
E David exclamou: «Como pereceram nos altos montes os que eram o teu esplendor, Israel! Como sucumbiram os heróis!
Saul e Jónatas, tão amados e queridos, nem na vida nem na morte foram separados. Eram mais velozes do que as águias, mais valentes do que os leões.
Filhas de Israel, chorai por Saul, que vos vestiu de púrpura e linho e enfeitava de ouro os vossos vestidos.
Como sucumbiram os heróis no combate! Como pereceu Jónatas nos altos montes!
Choro por ti, Jónatas, meu irmão. Eras o meu melhor amigo e para mim a tua amizade era mais maravilhosa que o amor de uma mulher.
Como sucumbiram os heróis, como pereceram estes valentes guerreiros!».


Salmos 80(79),2-3.5-7.

Pastor de Israel, escutai,
Vós que conduzis José como um rebanho.
Vós que estais sobre os Querubins, aparecei
à frente de Efraim, Benjamim e Manassés.

Despertai o vosso poder
e vinde em nosso auxílio.
Senhor, Deus do universo, até quando ardereis em cólera,
apesar da oração do vosso povo?

Destes-nos a comer o pão das lágrimas
e a beber copioso pranto.
Fizestes de nós objeto de contenda entre vizinhos
e os inimigos zombam de nós.




Marcos 3,20-21.

Naquele tempo, Jesus chegou a casa com os seus discípulos. E de novo acorreu tanta gente, que eles nem sequer podiam comer.
Ao saberem disto, os parentes de Jesus puseram-se a caminho para O deter, pois diziam: «Está fora de Si».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Opúsculo para a festa do Corpo de Cristo

Jesus dá-Se inteiramente; Ele dá-Se a Si próprio a comer

O Filho único de Deus, querendo fazer-nos participar da sua divindade, tomou a nossa natureza a fim de divinizar os homens, Ele que Se fez homem. Por outro lado, o que tomou de nós, deu-no-lo inteiramente para a nossa salvação. Com efeito, sobre o altar da cruz, ofereceu o seu corpo em sacrifício a Deus Pai a fim de nos reconciliar com Ele, e derramou o seu sangue para ser, ao mesmo tempo, nosso resgate e nosso baptismo: resgatados de uma lamentável escravidão, seríamos assim purificados de todos os nossos pecados.

E, para que guardemos sempre a memória de tão grande benefício, deixou aos fiéis o seu corpo a comer e o seu sangue a beber, sob o aspecto externo de pão e de vinho. [...] Haverá coisa mais preciosa do que este banquete, onde já não se nos propõe, como na antiga Lei, que comamos a carne dos veados e dos cabritos, mas o Cristo que é verdadeiramente Deus? Haverá coisa mais admirável que este sacramento? [...] Ninguém é capaz de exprimir as delícias deste sacramento, dado que nele se prova a doçura espiritual na sua fonte; e nele se celebra a memória deste amor inultrapassável que Cristo demonstrou na sua Paixão.

Ele queria que a imensidão deste amor se gravasse profundamente no coração dos fiéis. Foi por isso que na última Ceia, depois de ter celebrado a Páscoa com os seus discípulos, quando ia passar deste mundo para o Pai, instituiu este sacramento como memorial perpétuo da sua Paixão, cumprimento das antigas prefigurações e maior de todos os seus milagres, deixando este sacramento como incomparável conforto àqueles a quem a sua ausência encheria de tristeza.