sábado, 29 de janeiro de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 30 de Janeiro de 2011
4º Domingo do Tempo Comum - Ano A

4º Domingo Comum (semana IV do saltério)
Santa Jacinta Mariscotti, virgem, +1640, Santa Batilde, viúva, +680



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Jean Tauler : «Felizes os que choram, porque serão consolados»

Leituras

Sofonias 2,3.3,12-13.
Procurai o Senhor, vós todos, os humildes da terra que cumpris a sua lei.
Procurai a justiça, buscai a humildade: talvez assim acheis abrigo no dia
da cólera do Senhor.
Deixarei subsistir no meio de ti um povo pobre e humilde; eles procurarão
refúgio no nome do Senhor.
O resto de Israel não cometerá mais a iniquidade nem proferirá mentiras;
não se achará mais na sua boca uma língua enganadora. Eles apascentarão e
repousarão sem que ninguém os inquiete.


Salmos 146,7.8-9.10.
Ele é eternamente fiel à sua palavra; salva os oprimidos, dá pão aos que
têm fome; o SENHOR liberta os prisioneiros.
SENHOR dá vista aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama o
homem justo.
SENHOR protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva,
mas entrava o caminho aos pecadores.
SENHOR reinará eternamente! O teu Deus, ó Sião, reinará por todas as
gerações!


1 Cor. 1,26-31.
Considerai, pois, irmãos, a vossa vocação: humanamente falando, não há
entre vós muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres.
Mas o que há de louco no mundo é que Deus escolheu para confundir os
sábios; e o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o
que é forte.
O que o mundo considera vil e desprezível é que Deus escolheu; escolheu os
que nada são, para reduzir a nada aqueles que são alguma coisa.
Assim, ninguém se pode vangloriar diante de Deus.
É por Ele que vós estais em Cristo Jesus, que se tornou para nós sabedoria
que vem de Deus, justiça, santificação e redenção,
a fim de que, como diz a Escritura, aquele que se gloria, glorie-se no
Senhor.


Mateus 5,1-12.
Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os
discípulos aproximaram-se dele.
Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:
«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o
Reino do Céu.
Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem
todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois
também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo
Sermão 71, para a festa de Todos os Santos (a partir da trad. Cerf. 1991, p. 573 rev.)

«Felizes os que choram, porque serão consolados»

«Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte [...] e começou a ensiná-los» A
montanha a que Jesus subiu foi a da Sua própria felicidade e a da Sua
essência, na qual Ele é um com Seu Pai. E foi seguido por uma grande
multidão: é a multidão dos santos cuja festa se celebra hoje; todos O
seguiram, cada um de acordo com a vocação a que Deus o chamou. Nisso
devemos imitá-los, prestando antes de mais atenção à nossa vocação, para
nos assegurarmos daquilo a que Deus nos chama e seguir então esta chamada.
[...]


Chegado ao cimo da montanha, Jesus começou a falar e proclamou as oito
bem-aventuranças. [...] «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o
Reino do Céu.» A primeira virtude é a pobreza espiritual, porque ela é o
início e a base de toda a perfeição. Viremos esta questão de todas as
formas, no fundo, será sempre necessário que o homem seja despojado,
desamarrado, livre, pobre e desligado de toda a riqueza, para que Deus
realmente conclua a Sua obra. O homem tem de se desembaraçar de todo e
qualquer laço; somente assim Deus poderá estar com ele. [...]


«Felizes os mansos, porque possuirão a terra» por toda a eternidade. Dá-se
aqui um passo mais porque, pela verdadeira pobreza, libertamo-nos dos
obstáculos, mas com a doçura penetramos mais nas profundezas, expulsamos
toda a amargura, toda a irritabilidade e toda a imprudência. [...] Para
quem é manso, nada é amargo. Para os que são bons, também tudo é bom; tudo
vem do seu fundo bom e puro. [...] Quem é manso possui a terra, residindo
na paz, aconteça-lhe o que lhe acontecer. Mas, se não agires assim,
perderás simultaneamente esta virtude e a paz, e poder-se-á dizer de ti que
és um quezilento e comparar-te a um cão tinhoso.


«Felizes os que choram [...].» Quem são por conseguinte estes que choram?
Num certo sentido, são os que sofrem; noutro, são os que choram os seus
pecados. Mas os nobres amigos de Deus, que neste aspecto são os mais
felizes de todos, terminaram de chorar os seus pecados [...]; e contudo não
deixam de chorar: choram os pecados e as faltas do seu próximo. [...] E
assim, os verdadeiros amigos de Deus choram devido à cegueira e à miséria
dos pecados do mundo.




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