terça-feira, 2 de abril de 2013

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 03 de Abril de 2013
4ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

Santa Engrácia, virgem, mártir, +1050,  S. Ricardo de Chichester, bispo, +1253



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Pôs-Se com eles a caminho»

Leituras

Actos 3,1-10.


Naqueles dias, Pedro e João subiam ao templo, para a oração das três horas da tarde.
Era para ali levado um homem, coxo desde o ventre materno, que todos os dias colocavam à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola àqueles que entravam.
Ao ver Pedro e João entrarem no templo, pediu-lhes esmola.
Pedro, juntamente com João, olhando-o fixamente, disse-lhe: «Olha para nós.»
O coxo tinha os olhos nos dois, esperando receber alguma coisa deles.
Mas Pedro disse-lhe: «Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda!»
E, segurando-o pela mão direita, ergueu-o. No mesmo instante, os pés e os artelhos se lhe tornaram firmes.
De um salto, pôs-se de pé, começou a andar e entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus.
Todo o povo o viu caminhar e louvar a Deus.
Bem o conheciam, como sendo aquele que costumava sentar-se à Porta Formosa do templo a mendigar; ficaram cheios de assombro e estupefactos com o que lhe acabava de suceder.


Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.


Louvai o Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-lhe hinos e salmos,
proclamai as suas maravilhas.

Orgulhai-vos do seu nome santo;
alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Recorrei ao Senhor e ao seu poder
e buscai sempre a sua face.

Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito.
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra.

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.



Lucas 24,13-35.


Dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém;
e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera.
Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho;
os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer.
Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos.
E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!»
Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;
como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada
e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia.
Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.»
Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?»
E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante.
Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles.
E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho.
Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros,
que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!»
E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Sermão 235, 1-3; PL 38, 118-119

«Pôs-Se com eles a caminho»

Depois da ressurreição, o Senhor Jesus encontrou no caminho dois dos Seus
discípulos, que conversavam sobre o que tinha acontecido. Ao vê-los tão
tristes, perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós,
enquanto caminhais?»


Esta passagem do Evangelho traz-nos uma grande lição, se a soubermos
compreender. Jesus aparece, mostra-Se aos discípulos e não é reconhecido. O
Mestre põe-Se com eles a caminho, e é Ele próprio o caminho (Jo 14,6). Mas
eles não estão ainda no verdadeiro caminho; quando Jesus os encontra,
tinham perdido o caminho. Enquanto morava com eles, antes da Paixão,
tinha-lhes predito tudo: os sofrimentos por que passaria, a Sua morte, a
Sua ressurreição ao terceiro dia. Tudo lhes anunciara; mas a Sua morte
fizera-os perder a memória [...].


«Nós esperávamos que fosse Ele O que viria redimir Israel.» Como,
discípulos, vós esperáveis e agora já não esperais? Apesar de Cristo estar
vivo, tendes em vós morta a esperança? Sim, Cristo está vivo. Mas Cristo
vivo encontrou mortos os corações dos discípulos. Surge diante dos seus
olhos, e eles não se apercebem; mostra-Se, e continua escondido deles.
[...] Caminha com eles e parece segui-los, e é Ele quem os conduz. Eles
vêem-No mas não O reconhecem, «porque os seus olhos estavam impedidos de O
reconhecer». [...] A ausência do Senhor não é uma ausência. Crê apenas, e
Aquele que não vês está contigo.




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