quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 27 de Agosto de 2010
Sexta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Santa Mónica, viúva, mãe de Santo Agostinho, +387



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo António de Lisboa : «Aí vem o noivo!»

Leituras

1 Cor. 1,17-25.
Na verdade, Cristo não me enviou a baptizar, mas a pregar o Evangelho, e
sem recorrer à sabedoria da linguagem, para não esvaziar da sua eficácia a
cruz de Cristo.
A linguagem da cruz é certamente loucura para os que se perdem mas, para os
que se salvam, para nós, é força de Deus.
Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a
inteligência dos inteligentes.
Onde está o sábio? Onde está o letrado? Onde está o investigador deste
mundo? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
Pois, já que o mundo, por meio da sua sabedoria, não reconheceu a Deus na
sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem, pela loucura da
pregação.
Enquanto os judeus pedem sinais e os gregos andam em busca da sabedoria,
nós pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus e loucura
para os gentios.
Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder e
sabedoria de Deus.
Portanto, o que é tido como loucura de Deus, é mais sábio que os homens, e
o que é tido como fraqueza de Deus, é mais forte que os homens.


Salmos 33(32),1-2.4-5.10.11.
Exultai, ó justos, no SENHOR; louvai o, rectos de coração.
Louvai o SENHOR com a cítara; cantai lhe salmos com a harpa de dez cordas.
As palavras do SENHOR são verdadeiras, as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a rectidão e a justiça; a terra está cheia da sua bondade.
O SENHOR desfez os planos das nações, frustrou os projectos dos povos.
Só o plano do SENHOR permanece para sempre, e os desígnios do seu coração,
por todas as idades.


Mateus 25,1-13.
«O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas
candeias, saíram ao encontro do noivo.
Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo;
enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas almotolias.

Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram.
A meio da noite, ouviu-se um brado: 'Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!'
Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias.
As insensatas disseram às prudentes: 'Dai-nos do vosso azeite, porque as
nossas candeias estão a apagar-se.'
Mas as prudentes responderam: 'Não, talvez não chegue para nós e para vós.
Ide, antes, aos vendedores e comprai-o.'
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas
entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta.
Mais tarde, chegaram as outras virgens e disseram: 'Senhor, senhor,
abre-nos a porta!'
Mas ele respondeu: 'Em verdade vos digo: Não vos conheço.'
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja
Sermões para Domingos e festas de santos (a partir da trad. de Bayart, Edições franciscanas 1944, p. 238)

«Aí vem o noivo!»

Entre Deus e nós reinava uma grave discórdia. Para a apaziguar, para
refazer o bom entendimento, foi necessário que o Filho de Deus desposasse a
nossa natureza. [...] O Pai consentiu e enviou o Seu Filho. Este, no leito
nupcial da bem-aventurada Virgem, uniu a nossa natureza à Sua. Tais foram
as bodas que o Pai preparou para o Seu Filho. O Verbo de Deus, diz São João
Damasceno, tomou tudo o que Deus tinha colocado na nossa natureza: um corpo
e uma alma racional. Ele tomou tudo isso para me salvar por inteiro, pela
Sua graça. A Divindade humilhou-Se ao ponto de fazer este casamento; a
carne não poderia nunca ter contraído casamento mais glorioso.


As bodas ainda hoje se celebram, quando sobrevém a graça do Espírito Santo
para operar a conversão de uma alma pecadora. Lemos no profeta Oseias:
«Voltarei ao meu primeiro marido, porque eu era outrora mais feliz do que
agora» (2, 9). E mais adiante: «Naquele dia – oráculo do Senhor – ela me
chamará: «Meu marido» e nunca mais: «Meu Baal». Tirarei da sua boca os
nomes de Baal. [...] Farei em favor dela, naquele dia, uma aliança com
[eles]» (cf. 18-20). O esposo da alma é o Espírito Santo, pela Sua graça.
Quando a Sua inspiração interior convida a alma à penitência, são vãos
todos os apelos dos vícios. O mestre que dominava e devastava a alma é o
orgulho que quer comandar, é a gula e a luxúria que devoram tudo. Até os
seus nomes são retirados da boca do penitente. [...] Quando a graça se
derrama na alma e a ilumina, Deus faz uma aliança com os pecadores.
Reconcilia-Se com eles. [...] Nessa altura, celebram-se as bodas do esposo
e da esposa, na paz de uma consciência pura.


Por fim, celebram-se as bodas no dia do juízo, quando vier o Esposo, Jesus
Cristo. «Aí vem o noivo, dir-se-á, ide ao seu encontro!» Então, Ele tomará
consigo a Igreja, Sua esposa. «Vem cá, diz São João no Apocalipse, vou
mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro. E mostrou-me a cidade santa, a
nova Jerusalém, que descia do céu» (21, 9-10). [...] Actualmente, não
poderemos viver no Céu senão pela fé e pela esperança; mas, dentro de algum
tempo, a Igreja celebrará as bodas com o seu Esposo: «Felizes os convidados
para o banquete das núpcias do Cordeiro!» (Ap 19, 9).




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