domingo, 26 de julho de 2015

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 27 de Julho de 2015

Segunda-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santa Natália e companheiros, mártires, +852, S. Pantaleão, mártir, séc. III, S. Celestino I, +432

Comentário do dia
Papa Francisco: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento»

Ex. 32,15-24.30-34.

Naqueles dias, Moisés desceu do monte Sinai, trazendo na mão as duas tábuas da Lei, escritas de ambos os lados, em uma e outra face.
As tábuas eram obra de Deus; a escritura era letra de Deus gravada nas tábuas.
Josué ouviu a vozearia do povo e disse a Moisés: «Há gritos de guerra no acampamento».
Moisés respondeu-lhe: «Não são gritos de vitória, nem lamentos de derrota; o que eu oiço são vozes de gente a cantar».
Ao aproximar-se do acampamento, viu o bezerro e as danças. Então Moisés, inflamado em cólera, arremessou as tábuas e fê-las em pedaços no sopé do monte.
Pegou no bezerro que eles tinham fabricado, queimou-o e triturou-o até o reduzir a pó; espalhou-o na água e deu-a a beber aos filhos de Israel.
Moisés perguntou a Aarão: «Que te fez este povo, para o induzires a pecado tão grave?».
Aarão respondeu-lhe: «Não se acenda a cólera do meu senhor. Bem sabes como este povo é inclinado para o mal.
Foram eles que me disseram: 'Faz-nos um deus que vá à nossa frente, porque a esse Moisés, o homem que nos fez sair da terra do Egipto, não sabemos o que lhe aconteceu'.
Então eu disse-lhes: 'Quem tem ouro?' Eles desfizeram-se do ouro que tinham e deram-mo. Depois eu lancei-o ao fogo e saiu este bezerro».
No dia seguinte, Moisés disse ao povo: «Vós cometestes um grande pecado. Mas agora vou subir à presença do Senhor, para ver se posso obter o perdão do vosso pecado».
Moisés voltou à presença do Senhor e disse-Lhe: «Este povo cometeu um grande pecado, fabricando um deus de ouro. Se quisésseis ainda perdoar-lhe este pecado...
Se não, peço que me risqueis do livro que escrevestes».
O Senhor respondeu a Moisés: «Riscarei do meu livro aquele que pecou contra Mim.
Agora vai e conduz o povo para onde Eu te disse, que o meu Anjo irá à tua frente. Mas no dia em que Eu tiver de intervir, castigarei o seu pecado».


Salmos 106(105),19-20.21-22.23.

Fizeram um bezerro no Horeb
e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram a sua glória
pela figura de um boi que come feno.

Esqueceram a Deus que os salvara,
que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar Vermelho.

E pensava já em exterminá-los,
se Moisés, o seu eleito,
não intercedesse junto d'Ele
e aplacasse a sua ira para não os destruir




Mateus 13,31-35.

Naquele tempo, Jesus disse ainda à multidão a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo.
Sendo a menor de todas as sementes, depois de crescer, é a maior de todas as plantas da horta e torna-se árvore, de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos».
Disse-lhes outra parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado».
Tudo isto disse Jesus em parábolas, e sem parábolas nada lhes dizia,
a fim de se cumprir o que fora anunciado pelo profeta, que disse: «Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei verdades ocultas desde a criação do mundo».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Papa Francisco
Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho» §§111-114 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«O Reino do Céu é semelhante ao fermento»

Todo o povo de Deus anuncia o evangelho. A evangelização é dever da Igreja. Este sujeito da evangelização, porém, é mais do que uma instituição orgânica e hierárquica; é, antes de tudo, um povo que peregrina para Deus. […]


A salvação, que Deus realiza e a Igreja jubilosamente anuncia, é para todos, e Deus criou um caminho para Se unir a cada um dos seres humanos de todos os tempos. Escolheu convocá-los como povo, e não como seres isolados (Lumen Gentium 9). Ninguém se salva sozinho, isto é, nem como indivíduo isolado, nem pelas suas próprias forças. Deus atrai-nos, no respeito pela complexa trama de relações interpessoais que a vida numa comunidade humana pressupõe. Este povo, que Deus escolheu para Si e convocou, é a Igreja. Jesus não diz aos Apóstolos para formarem um grupo exclusivo, um grupo de elite. Jesus diz: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28,19); e São Paulo afirma que no povo de Deus, na Igreja, «não há judeu nem grego […], porque todos sois um só em Cristo Jesus» (Gal 3,28). Gostaria de dizer àqueles que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo e aos indiferentes: o Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e fá-lo com grande respeito e amor!


Ser Igreja significa ser povo de Deus, de acordo com o grande projecto de amor do Pai. Isto implica ser o fermento de Deus no meio da humanidade; quer dizer anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo, que muitas vezes se sente perdido, necessitado de ter respostas que encorajem, que dêem esperança e novo vigor para o caminho. A Igreja deve ser o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viver segundo a vida boa do Evangelho.