quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 30 de Dezembro de 2011
SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ, Festa

Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José - Ano B (semana I do saltério)
Beata Margarida Colona, religiosa, +1280



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Paulo VI : «Regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré»

Leituras

Sirac 3,2-6.12-14.


Porque o Senhor glorifica o pai acima dos filhos, e estabelece sobre eles a autoridade da mãe.
O que honra o pai alcança o perdão dos pecados,
e quem honra a sua mãe é semelhante ao que acumula tesouros.
Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos, e será ouvido no dia da sua oração.
Quem glorifica o pai gozará de longa vida e quem obedece ao Senhor consolará a sua mãe.
Filho, ampara o teu pai na velhice, não o desgostes durante a sua vida;
mesmo se ele vier a perder a razão, sê indulgente, não o desprezes, tu que estás na plenitude das tuas forças.
A caridade que exerceres com o teu pai não será esquecida, e ser-te-á considerada, em reparação de teus pecados.


Salmos 128(127),1-2.3.4-5.


Felizes os que obedecem ao Senhor
e andam nos seus caminhos.  
Comerás do fruto do teu próprio trabalho:
assim serás feliz e viverás contente.  

Tua esposa será como videira fecunda
na intimidade do teu lar;
os teus filhos serão como rebentos de oliveira
ao redor da tua mesa.  

Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao Senhor.  
O Senhor te abençoe do monte Sião!
Possas contemplar a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.



Lucas 2,22-40.


Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor,
conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor»
e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas.
Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele.
Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor.
Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito.
Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo:
«Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo,
porque meus olhos viram a Salvação
que ofereceste a todos os povos,
Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.»
Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele.
Simeão abençoou os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição;
uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»
Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela,
ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações.
Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré.
Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Paulo VI, Papa de 1963 a 1978
Alocução em Nazaré a 5 de Janeiro de 1964 (do breviário: Ofício de Leitura da Festa da Sagrada Família)

«Regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré»

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a
escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a
observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e
misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e
tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
[...] Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e
sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de
Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das
verdades divinas! [...]


[Nazaré dá-nos] em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh, se renascesse
em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do
espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto
ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do
nosso tempo! Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a
interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras
dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma
conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior,
da oração que só Deus vê (Mt 6,6).


[Nazaré dá-nos] uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a
família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu
carácter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e
insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a
sua função no plano social.


[Nazaré dá-nos] uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do
carpinteiro (Mt 13,55)! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei,
severa mas redentora, do trabalho humano, restabelecer a consciência da sua
dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este tecto,
que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e
dignidade se fundamentam não só em motivos económicos, mas também naquelas
realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente,
queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu
grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que
lhes dizem respeito, Cristo, Nosso Senhor.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org