quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 01 de Fevereiro de 2013
Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Beata Ana Michelotti, religiosa fundadora, +1887,  Beata Maria Ana Vaillot, religiosa, mártir, +1794,  Beata Odília (Otília) Baumgarten, religiosa, mártir, +1794



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato John Henry Newman : As parábolas do Reino

Leituras

Heb. 10,32-39.


Irmãos: Recordai os primeiros dias nos quais, depois de terdes sido iluminados,
suportastes a grande luta dos sofrimentos, tanto sendo expostos publicamente a insultos e tribulações, como sendo solidários com os que assim eram tratados.
Tomastes parte nos sofrimentos dos encarcerados, aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, sabendo que possuís bens melhores e mais duradouros.
Não percais, pois, a vossa confiança, à qual está reservada uma grande recompensa.
Na realidade, tendes necessidade de perseverança, para que, tendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Pois ainda um pouco, de facto, um pouco apenas, e o que há-de vir, virá e não tardará.
O meu justo viverá pela fé, mas, se ele voltar atrás, a minha alma não encontrará nele satisfação.
Nós, porém, não somos daqueles que voltam atrás para a perdição, mas homens de fé para a salvação da nossa alma.


Salmos 37(36),3-4.5-6.23-24.39-40.


A salvação dos justos vem do Senhor.

Confia no Senhor e faz o bem;
habitarás a terra e viverás tranquilo.
Procura no Senhor a tua felicidade,  
e Ele satisfará os desejos do teu coração.

Confia ao Senhor o teu destino,
confia n'Ele e Ele há-de ajudar-te.
Fará brilhar, a tua  luz, como a justiça,
e, como sol do meio dia, os teus direitos.

O Senhor consolida os passos do homem
e aprova os seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra,
porque o Senhor o tomará pela mão.

A Salvação dos jusros vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende,
porque n'Ele procuram refúgio.







Marcos 4,26-34.


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga.
E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «The Invisible World» PPS, vol. 4, n°13

As parábolas do Reino

Tal é o Reino escondido de Deus: do mesmo modo que está agora escondido,
assim será revelado no momento dado. Os homens pensam que são os donos do
mundo e que podem fazer o que querem. [...] Na verdade, aparentemente «tudo
permanece igual desde o início» e os trocistas perguntam: «Em que fica a
promessa da Sua vinda?» (2P 3,4) Mas, no tempo designado, haverá uma
«revelação dos filhos de Deus» e os santos escondidos «resplandecerão como
o sol no Reino de Seu Pai» (Rm 8,19; Mt 13,43).


Quando os anjos apareceram aos pastores, aconteceu de repente. [...] A
noite parecia ser igual a todas as outras noites, tal como a noite em que
Jacob teve a sua visão parecia igual a todas as outras noites (Gn 28,11ss).
Os pastores velavam os seus rebanhos e viam a noite passar, as estrelas
seguiam o seu curso, era meia-noite; não pensavam em tal coisa quando o
anjo lhes apareceu. Tais são o poder e a virtude escondidas no visível:
manifestam-se quando Deus quer. [...]


Quem poderia conceber, dois ou três meses antes da Primavera, que a face da
natureza, aparentemente morta, pudesse tornar-se tão esplêndida e variada?
[...] O mesmo acontece com essa Primavera eterna que todos os cristãos
esperam: ela virá, ainda que venha tarde. Esperemo-la, pois «O que há-de
vir, virá e não tardará» (Heb 10,37). É por isso que dizemos em cada dia:
«Venha a nós o Vosso reino», o que quer dizer: Senhor mostra-Te a nós;
mostra-Te, «Tu que estás sentado sobre os querubins. Resplandece; mostra a
Tua grandeza e vem em nosso auxílio» (cf Sl 80,2-3). A terra que vemos já
não nos satisfaz: não é senão um princípio, uma promessa do que há-de vir.
Mesmo no seu maior esplendor, coberta de todas as suas flores, quando
mostra da maneira mais sedutora o que mantém escondido, mesmo assim não nos
chega. Sabemos que há nela mais coisas do que as que vemos. [...] O que
vemos não é senão a camada exterior dum reino eterno. É nesse reino que
fixamos os olhos da nossa fé.




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