quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 10 de Outubro de 2013

Quinta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

S. Daniel Comboni, presbítero, fundador, +1881, S. Tomás de Vilanova, bispo, +1555

Comentário do dia
Papa Francisco: O Pai celeste dá-nos o Espírito Santo que nos traz a novidade

Malaquias 3,13-20a.

Tendes pronunciado palavras ofensivas contra Mim – diz o Senhor. E, contudo, perguntais: 'Que temos nós dito contra ti?'
E ainda vos interrogais: 'De que vale servir a Deus? Que lucrámos em ter observado os seus preceitos e em ter andado de luto diante do Senhor do universo?
E agora temos de chamar ditosos aos arrogantes, pois eles fazem o mal e prosperam; põem Deus à prova e ficam impunes'.
Assim falavam uns com os outros, aqueles que temem o Senhor. Mas o Senhor ouviu atento. Na sua presença foi escrito um livro de memórias: 'Dos que temem o Senhor e prezam o seu nome.'
Eles serão meus, no dia em que Eu agir – diz o Senhor do universo. Terei compaixão deles, como um pai se compadece do filho que o serve.
Então vereis de novo a diferença entre o justo e o ímpio, entre quem serve a Deus e quem não o serve.
Pois, eis que vem um dia abrasador como uma fornalha. Todos os soberbos e todos os que cometem a iniquidade serão como a palha; este dia que vai chegar queimá-los-á – diz o Senhor do universo – e nada ficará deles: nem raiz, nem ramos.
Mas, para vós que respeitais o meu nome, brilhará o sol de justiça, trazendo a cura nos seus raios; saireis e saltareis como bezerros para fora do estábulo.


Salmos 1,1-2.3.4.6.

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores, 
antes põe o seu enlevo na lei do Senhor
e nela medita dia e noite.

É como a árvore plantada à beira da água corrente:
dá fruto na estação própria
e a sua folhagem não murcha;
em tudo o que faz é bem sucedido.

Mas os ímpios não são assim!
São como a palha que o vento leva.
O Senhor conhece o caminho dos justos,
mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.



Lucas 11,5-13.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele a meio da noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães,
pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer',
e se ele lhe responder lá de dentro: 'Não me incomodes, a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados; não posso levantar-me para tos dar'.
Eu vos digo: embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar.»
«Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á;
porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á.
Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente?
Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Papa Francisco
Homilia de 19/05/2013 para o Pentecostes (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)

O Pai celeste dá-nos o Espírito Santo que nos traz a novidade

A novidade causa sempre um pouco de medo, porque nos sentimos mais seguros se tivermos tudo sob controlo, se formos nós a construir, a programar, a projectar a nossa vida de acordo com os nossos esquemas, as nossas seguranças, os nossos gostos. E isto verifica-se também quando se trata de Deus. Muitas vezes seguimo-Lo e acolhemo-Lo, mas só até certo ponto; sentimos dificuldade em nos abandonarmos a Ele com plena confiança, deixando que o Espírito Santo seja a alma, o guia da nossa vida, em todas as decisões; temos medo de que Deus nos faça seguir novas estradas, nos faça sair do nosso horizonte – frequentemente limitado, fechado, egoísta –, para nos abrir aos seus horizontes.


Mas, em toda a história da salvação, quando Deus Se revela traz novidade – Deus traz sempre novidade ─ transforma e pede para se confiar totalmente nele: Noé construiu uma arca, no meio da zombaria dos demais, e salvou-se (cf Gn 6-8); Abraão deixou a sua terra, tendo na mão apenas uma promessa (cf Gn 12); Moisés enfrentou o poder do Faraó e guiou o povo para a liberdade (cf Ex 3-14); os Apóstolos, antes temerosos e trancados no Cenáculo, saíram corajosamente para anunciar o Evangelho (cf Act 2).


Não se trata de seguir a novidade pela novidade, a busca de coisas novas para se vencer o tédio, como sucede muitas vezes no nosso tempo. A novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem. Perguntemo-nos hoje a nós mesmos: Permanecemos abertos às «surpresas de Deus»? Ou fechamo-nos, com medo, à novidade do Espírito Santo? Mostramo-nos corajosos para seguir as novas estradas que a novidade de Deus nos oferece, ou pomo-nos à defesa fechando-nos em estruturas caducas que perderam capacidade de acolhimento?