segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 31 de Janeiro de 2012
Terça-feira da 4ª semana do Tempo Comum

S. João Bosco, presbítero, +1888



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : «A menina não morreu, está a dormir»

Leituras

2 Sam. 18,9-10.14b.24-25a.30-33.19,1-3.


Naqueles dias, Absalão, montado numa mula, encontrou-se, de repente, em frente dos homens de David. A mula passou sob a ramagem espessa de um grande carvalho, e a cabeça de Absalão ficou presa nos ramos da árvore, de modo que ficou suspenso entre o céu e a terra enquanto a mula, em que ia montado, seguia em frente.  
Alguém viu isto e informou Joab: «Vi Absalão suspenso num carvalho.»
Joab respondeu: «Não tenho tempo a perder contigo.» Tomou, pois, três dardos e cravou-os no coração de Absalão. E como ainda palpitasse com vida, suspenso do carvalho,
David estava sentado entre duas portas. A sentinela que tinha subido ao terraço da muralha por cima da porta, levantou os olhos e viu um homem que corria sozinho.
Gritou para dar a notícia ao rei, que disse: «Se vem só, traz boas notícias.» À medida que o homem se aproximava,
O rei disse-lhe: «Vem e espera aqui.» Ele afastou-se e esperou ali.
Chegou, a seguir, o etíope e disse: «Saiba o rei, meu senhor, a boa notícia: o Senhor fez hoje justiça a teu favor contra todos os que se revoltaram contra ti.»
O rei perguntou ao etíope: «Está bem o jovem Absalão?» E o etíope respondeu: «Tenham a sorte deste jovem os inimigos do rei, meu senhor, e todos os que se levantam contra ti para te fazer mal!»
Então, o rei, muito triste, subiu ao quarto que estava por cima da porta e pôs-se a chorar. E dizia, caminhando de um lado para o outro: «Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Porque não morri eu em teu lugar? Absalão, meu filho, meu filho!»
Disseram a Joab: «O rei chora e lamenta-se por causa de Absalão.»
E naquele dia a vitória converteu-se em luto para todo o exército, porque o povo soube que o rei estava acabrunhado de dor por causa do filho.


Salmos 86(85),1-2.3-4.5-6.


Inclina, Senhor, os teus ouvidos e responde-me,
porque estou triste e necessitado.
Protege a minha vida, porque te sou fiel;
salva o teu servo, que em ti confia.

Senhor, tem compaixão de mim,
que a ti clamo todo o dia.
Alegra o espírito do teu servo,
pois para ti, Senhor, elevo a minha alma.

Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente,
cheio de misericórdia para quantos te invocam.
Senhor, ouve a minha oração,
atende os gritos da minha súplica.  



Marcos 5,21-43.


Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado, no barco, para a outra margem, reuniu-se uma grande multidão junto dele, que continuava à beira-mar.
Chegou, então, um dos chefes da sinagoga, de nome Jairo, e, ao vê-lo, prostrou-se a seus pés
e suplicou instantemente: «A minha filha está a morrer; vem impor-lhe as mãos para que se salve e viva.»
Jesus partiu com ele, seguido por numerosa multidão, que o apertava.
Certa mulher, vítima de um fluxo de sangue havia doze anos,
que sofrera muito nas mãos de muitos médicos e gastara todos os seus bens sem encontrar nenhum alívio, antes piorava cada vez mais,
tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-lhe, por detrás, nas vestes,
pois dizia: «Se ao menos tocar nem que seja as suas vestes, ficarei curada.»
De facto, no mesmo instante se estancou o fluxo de sangue, e sentiu no corpo que estava curada do seu mal.
Imediatamente Jesus, sentindo que saíra dele uma força, voltou-se para a multidão e perguntou: «Quem tocou as minhas vestes?»
Os discípulos responderam: «Vês que a multidão te comprime de todos os lados, e ainda perguntas: 'Quem me tocou?'»
Mas Ele continuava a olhar em volta, para ver aquela que tinha feito isso.
Então, a mulher, cheia de medo e a tremer, sabendo o que lhe tinha acontecido, foi prostrar-se diante dele e disse toda a verdade.
Disse-lhe Ele: «Filha, a tua fé salvou-te; vai em paz e sê curada do teu mal.»
Ainda Ele estava a falar, quando, da casa do chefe da sinagoga, vieram dizer: «A tua filha morreu; de que serve agora incomodares o Mestre?»
Mas Jesus, que surpreendera as palavras proferidas, disse ao chefe da sinagoga: «Não tenhas receio; crê somente.»
E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Ao chegar a casa do chefe da sinagoga, encontrou grande alvoroço e gente a chorar e a gritar.
Entrando, disse-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu, está a dormir.»
Mas faziam troça dele. Jesus pôs fora aquela gente e, levando consigo apenas o pai, a mãe da menina e os que vinham com Ele, entrou onde ela jazia.
Tomando-lhe a mão, disse: «Talitha qûm!», isto é, «Menina, sou Eu que te digo: levanta-te!»
E logo a menina se ergueu e começou a andar, pois tinha doze anos. Todos ficaram assombrados.
Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse do sucedido e mandou dar de comer à menina.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II
Discurso aos jovens do Chile, 02/04/1987

«A menina não morreu, está a dormir»

Queridos jovens, o futuro depende de vós; de vós depende o fim deste
milénio e o início do novo. Por conseguinte, não sejais passivos: assumi as
vossas responsabilidades em todos os domínios que se vos abrem no nosso
mundo. [...] Tomai as vossas responsabilidades! «Estai prontos», animados
pela fé no Senhor, «a dar a razão da vossa esperança» (1P 3,15). [...] Qual
é o motivo da vossa confiança? A vossa fé, o reconhecimento e a aceitação
do imenso amor que Deus revela continuamente pelos homens. [...] Jesus
Cristo, «o mesmo, ontem, hoje e pelos séculos» (Heb 13,8), continua a
revelar aos jovens o mesmo amor que o Evangelho descreve quando encontra um
ou uma jovem.


Assim, podemos contemplar a ressurreição da filha de Jairo, que «tinha doze
anos». [...] Jairo expõe a sua dor ao Mestre com sinceridade; com
insistência suplica ao seu coração: «A minha filha está a morrer; vem
impor-lhe as mãos para que se cure e viva.» «Jesus foi com ele.» O coração
Cristo, que se comoveu perante a dor humana deste homem e de sua filha, não
fica indiferente aos nossos sofrimentos. Cristo ouve-nos sempre, mas
pede-nos que recorramos a Ele com fé. [...] Todos os gestos e todas as
palavras do Senhor exprimem este amor.


Quereria debruçar-me particularmente sobre as palavras recolhidas dos
próprios lábios de Jesus: «A menina não morreu, está a dormir.» Estas
palavras profundamente reveladoras incitam-me a pensar na misteriosa
presença do Senhor da Vida num mundo que parece ter sucumbido ao impulso
descarado do ódio, da violência e da injustiça. Mas não, este mundo, que é
vosso, não morreu, está a dormir. No vosso coração, caros jovens,
percebe-se o batimento forte da vida, do amor de Deus. A juventude não
morre quando está próxima do Mestre. Sim, quando está próxima de Jesus:
estais todos próximos de Jesus. Escutai todas as Suas palavras, todas as
palavras, todas. Jovem, ama Jesus, procura Jesus. Encontra Jesus.




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