sábado, 2 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 03 de Fevereiro de 2013
4º Domingo do Tempo Comum - Ano C

S. Brás, bispo e mártir, +316,  S. Oscar (Ansgário), bispo, +865



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Passando pelo meio deles, Jesus seguiu o Seu caminho»

Leituras

Jer. 1,4-5.17-19.


No tempo de Josias, rei de Judá, a palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
«Antes de te haver formado no ventre materno, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta das nações.»
Tu, porém, cinge os teus rins, levanta-te e diz-lhes tudo o que Eu te ordenar. Não temas diante deles; se não, serei Eu a fazer-te temer na sua presença.
E eis que hoje te estabeleço como cidade fortificada, como coluna de ferro e muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e de seus chefes, dos sacerdotes e do povo da terra.
Far-te-ão guerra, mas não hão-de vencer, porque Eu estou contigo para te salvar» – oráculo do Senhor.


Salmos 71(70),1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17.


A minha boca proclamará a vossa salvação.

Em ti, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela tua justiça, livra-me e protege-me;
inclina para mim os teus ouvidos e salva-me.

Sê a minha protecção e o refúgio,
A fortaleza da minha salvação.
Tu és a minha defesa e o meu refúgio:
Meu Deus, livra-me das mãos do ímpio.

Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus,
e a minha confiança desde a juventude.
Em ti me apoio desde o seio materno,
desde o ventre materno és o meu protector.

A minha boca proclamará a tua justiça,
e todo o dia anunciarei a tua salvação,
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.









1 Cor. 12,31.13,1-13.


Irmãos: Aspirai, porém, aos melhores dons. Aliás, vou mostrar-vos um caminho que ultrapassa todos os outros.
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita.
O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso,
nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento.
Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará. As profecias terão o seu fim, o dom das línguas terminará e a ciência vai ser inútil.
Pois o nosso conhecimento é imperfeito e também imperfeita é a nossa profecia.
Mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Mas, quando me tornei homem, deixei o que era próprio de criança.
Agora, vemos como num espelho, de maneira confusa; depois, veremos face a face. Agora, conheço de modo imperfeito; depois, conhecerei como sou conhecido.
Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor; mas a maior de todas é o amor.


Lucas 4,21-30.


Naquele tempo, Jesus começou a falar na sinagoga de Nazaré dizendo: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.»
Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as palavras repletas de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?»
Disse-lhes, então: «Certamente, ides citar-me o provérbio: 'Médico, cura-te a ti mesmo.' Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaúm, fá-lo também aqui na tua terra.»
Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.
Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon.
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.»
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor.
E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo.
Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Sermão Delbeau 61, 14-18

«Passando pelo meio deles, Jesus seguiu o Seu caminho»

Veio até nós um médico para nos restituir a saúde: Nosso Senhor, Jesus
Cristo. Tendo encontrado a cegueira do nosso coração, prometeu-nos a luz
que «os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não
pressentiu» (1Cor 2,9).


A humildade de Jesus Cristo é o remédio do nosso orgulho. Não duvides nunca
de Quem te traz a cura e sê humilde, tu por quem Deus Se fez humilde. Com
efeito, Ele bem sabia que o remédio da humildade seria a tua cura, porque
conhece muito bem a enfermidade e sabe muito bem como curá-la. Uma vez que
não podias ser tu a visitar o Médico, foi o Médico Quem veio visitar-te.
[...] Veio ver-te e veio em teu socorro porque sabe muito bem do que
necessitas.


Deus veio na Sua humildade para que o homem O pudesse imitar, pois se
tivesse permanecido inacessível, como poderíamos nós imitá-Lo? E, sem O
imitar, como poderíamos nós ser curados? Veio na humildade porque sabia
muito bem qual o remédio que devia receitar: um pouco amargo, por certo,
mas salutar. E tu? Continuas a duvidar d'Ele, de Quem te oferece a Sua
taça, e murmuras: «Mas que Deus é este, Senhor? Nasceu, sofreu, foi coberto
de escarros, coroado de espinhos, cravado numa cruz!» Miserável alma, que
vês a humildade do médico mas não o cancro do teu orgulho! E é por isso que
a humildade não te agrada. [...]


Por vezes acontece aos doentes mentais baterem nos médicos, mas neste caso
o Médico, misericordioso, não só não fica indignado com quem Lhe bate, mas
também cuida de o tratar. [...] O nosso Médico não teme ser atacado por
pacientes dementes. Ele fez da Sua morte o seu remédio. Com efeito, Ele
morreu e ressuscitou.




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