domingo, 5 de agosto de 2012

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 06 de Agosto de 2012
Transfiguração do Senhor – festa - Ano B

S. Justo e S. Pastor, estudantes, mártires, +304



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Pedro o Venerável : «O Seu rosto resplandeceu como o Sol» (Mt 17,2)

Leituras

Dan. 7,9-10.13-14.


«Continuava eu a olhar, até que foram preparados uns tronos, e um Ancião sentou-se. Branco como a neve era o seu vestuário, e os cabelos da cabeça eram como de lã pura; o trono era feito de chamas, com rodas de fogo flamejante.
Corria um rio de fogo que jorrava da parte da frente dele. Mil milhares o serviam, dez mil miríades lhe assistiam. O tribunal reuniu-se em sessão e foram abertos os livros.
Contemplando sempre a visão nocturna, vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante do qual o conduziram.
Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído.»


Salmos 97(96),1-2.5-6.9.


O Senhor é rei, o Altíssimo sobrte toda a terra.

O Senhor é rei: alegre-se a terra  
e rejubile a multidão das ilhas!
Ele está rodeado de nuvens e escuridão;  
a justiça e o direito são a base do seu trono.

Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.

Porque Tu, Senhor, és soberano em toda a terra,  
estás muito acima de todos os deuses.
Alegrai-vos , ó justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo.




Marcos 9,2-10.


Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles.
As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia branquear assim.
Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam com Ele.
Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.»
Não sabia que dizer, pois estavam assombrados.
Formou-se, então, uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o.»
De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser só Jesus, com eles.
Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos.
Eles guardaram a recomendação, discutindo uns com os outros o que seria ressuscitar de entre os mortos.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Pedro o Venerável (1092-1156), abade de Cluny
Sermão 1 para a Transfiguração; PL 189, 959

«O Seu rosto resplandeceu como o Sol» (Mt 17,2)

Será de espantar que o rosto de Jesus tenha resplandecido como o sol, pois
se Ele mesmo era o sol? Ele era o sol, mas escondido atrás de uma nuvem.
Agora a nuvem afasta-se, e Ele resplandece por um instante. Que nuvem é
essa que se afasta? Não é a própria carne em si, mas a fraqueza da carne
que desaparece por um momento.


Essa nuvem é aquela de que o profeta fala: «O Senhor, montado so¬bre uma
nuvem veloz [...]» (Is 19,1): é a nuvem da carne que cobre a divindade,
leve porque tal carne não traz em si nada de mal; é a nuvem que dissimula o
esplendor divino, leve porque irá elevar-se até ao esplendor eterno. É a
nuvem da qual se diz, no Cântico dos Cânticos: «Anseio sentar-me à sua
sombra» (Ct 2,3). Leve nuvem, carne que é a do «Cordeiro que tira o pecado
do mundo» (Jo 1,29); e, tirado o pecado do mundo, eis que o mundo se eleva
nas alturas dos céus, aliviado do peso de todos os seus pecados.


O sol coberto por esta carne não é aquele que se levanta «sobre os bons e
os maus» (Mt 5,45), mas o «Sol de justiça» (Ml 3,20), que se levanta apenas
para os que temem a Deus. Estando habitualmente coberta pela nuvem da
carne, essa «luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina»
(Jo 1, 9) brilha hoje com todo o seu esplendor. Hoje, ela glorifica essa
mesma carne; mostra-a deificada aos apóstolos, para que os apóstolos a
revelem ao mundo.




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