sábado, 26 de dezembro de 2009

Profecia do Dia

Domingo, dia 27 de Dezembro de 2009
SAGRADA FAMÍLIA (Festa)

São João, Apóstolo e Evangelista



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo António de Lisboa : «Desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso»

Leituras

1 Sam. 1,20-22.24-28.
Ana concebeu e, passado o seu tempo, deu à luz um filho, ao qual pôs o nome
de Samuel, porque dizia: «eu o pedi ao Senhor.»
Elcana, seu marido, foi, com toda a sua casa, oferecer ao Senhor o
sacrifício anual e cumprir o seu voto.
Ana, porém, não foi e disse ao marido: «Só irei quando o menino estiver
desmamado; então o levarei para o apresentar ao Senhor e lá ficará para
sempre.»
Após tê-lo desmamado, tomou-o consigo e, levando também três novilhos, uma
medida de farinha e um odre de vinho, conduziu-o ao templo do Senhor em
Silo. O menino era ainda muito pequeno.
Imolaram um novilho e apresentaram o menino a Eli.
Ana disse-lhe: «Ouve, meu senhor, por tua vida: eu sou aquela mulher que
esteve aqui a orar ao Senhor, na tua presença.
Eis o menino por quem orei. O Senhor ouviu a minha súplica.
Por isso, o ofereço ao Senhor, a fim de que só a Ele sirva todos os dias da
sua vida.» E ele prostrou-se ali diante do Senhor.


Salmos 84(83),2-3.5-6.9-10.
Como são amáveis as tuas moradas, ó SENHOR do universo!
A minha alma suspira e tem saudades dos átrios do SENHOR; o meu coração e a
minha carne cantam de alegria ao Deus vivo!
Felizes os que habitam na tua casa e te louvam sem cessar.
Felizes os que em ti encontram a sua força, e os que desejam peregrinar até
ao monte Sião.
SENHOR, Deus do universo, escuta a minha oração, presta me ouvidos, ó Deus
de Jacob.
Ó Deus, olha para o nosso escudo, põe os olhos no rosto do teu ungido.


1 João 3,1-2.21-24.
Vede que amor tão grande o Pai nos concedeu, a ponto de nos podermos chamar
filhos de Deus; e, realmente, o somos! É por isso que o mundo não nos
conhece, uma vez que o não conheceu a Ele.
Caríssimos, agora já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o
que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos
semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é.
Caríssimos, se o coração não nos acusa, então temos plena confiança diante
de Deus,
e recebemos dele tudo o que pedirmos, porque guardamos os seus mandamentos
e fazemos o que lhe é agradável.
E este é o seu mandamento: que acreditemos no Nome de seu Filho, Jesus
Cristo e que nos amemos uns aos outros, conforme o mandamento que Ele nos
deu.
Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele; e é
por isto que reconhecemos que Ele permanece em nós: graças ao Espírito que
nos deu.


Lucas 2,41-52.
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa.
Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da
festa.
Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém,
sem que os pais o soubessem.
Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e
começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos.
Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a
ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as
suas respostas.
Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos
fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!»
Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em
casa de meu Pai?»
Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse.
Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe
guardava todas estas coisas no seu coração.
E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos
homens.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja
Sermões para o domingo e as festas dos santos (a partir da trad. Eds. Franciscaines 1944, p. 66)

«Desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso»

«Era-lhes submisso». Que todo o orgulho derreta diante destas palavras, que
toda a soberba se desfaça, que toda a desobediência se submeta. «Era-lhes
submisso». Quem? Aquele que, com uma só palavra, tudo criou do nada. Aquele
que, como diz Isaías, «mediu o mar com a concavidade da Sua mão, e mediu o
céu com o Seu palmo; que mediu com o alqueire a massa terrestre e pesou as
montanhas na báscula e as colinas na balança» (40, 12). Aquele que, como
diz Job, «sacode a terra do seu lugar e abala as suas colunas, ordena ao
sol e o sol não nasce, e guarda sob selo as estrelas. [...] Aquele que fez
grandes e insondáveis maravilhas, prodígios incalculáveis» (9, 6-10). [...]
É Ele, o grande e poderoso, que assim Se submete. E submete-se a quem? A um
operário e a uma pobre virgem.Oh «primeiro e último» (Ap 1,
17)! Oh Senhor dos anjos, submisso aos homens! O Criador do céu, submisso a
um operário; o Deus da eterna glória, submisso a uma pobre virgem! Quem viu
jamais coisa parecida? Quem ouviu jamais contar coisa semelhante?Não hesiteis, pois, em obedecer, em ser submissos. [...] Descer, voltar
para Nazaré, ser submisso, obedecer na perfeição: eis o cúmulo da
sabedoria. [...] Eis a sabedoria com sobriedade. A pura simplicidade é
«como as águas de Siloé, que correm tranquilas» (Is 8, 6). Há sábios nas
ordens religiosas; mas foi através dos homens simples que Deus os
congregou. Deus escolheu os loucos e os enfermos, os fracos e os
ignorantes, para através deles congregar aqueles que eram sábios, poderosos
e nobres, a fim de que ninguém se vanglorie diante de Deus (1Cor 1, 26-29),
mas todos se gloriem Naquele que desceu, que voltou para Nazaré e que era
submisso.




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