sábado, 16 de julho de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 17 de Julho de 2011
16º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Beato Nicolau Dinis, mártir, +1570,  Santo Aleixo, penitente, séc. V,  Beato Inácio de Azevedo e companheiros, mártires, +1570,  Beato Bento de Castro, mártir, +1570



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»

Leituras

Sab. 12,13.16-19.


Não há Deus, além de Vós, que tenha cuidado de todas as coisas; a ninguém tendes de mostrar que não julgais injustamente.
Pois o teu poder é o princípio da justiça e o teu domínio sobre tudo te torna indulgente para com todos.
Demonstras a tua força a quem não crê no teu poder e confundes a ousadia de quem a reconhece.
Mas Tu, que dominas a tua força, julgas com bondade e nos governas com grande indulgência, pois podes usar o teu poder quando quiseres. que o justo deve ser amigo dos homens, e deste a teus filhos uma boa esperança, porque, após o pecado, dás a conversão.


Salmos 86(85),5-6.9-10.15-16a.


Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente, cheio de misericórdia para quantos te invocam.
Senhor, ouve a minha oração, atende os gritos da minha súplica.
Todas as nações, que criaste, virão adorar te, Senhor, e darão glória ao teu nome.
Porque só Tu és grande e realizas maravilhas.

Mas Tu, Senhor, és um Deus misericordioso e compassivo, paciente e grande em bondade e fidelidade.
Volta te para mim e tem compaixão; dá a tua força ao teu servo e salva o filho da tua serva.


Romanos 8,26-27.


É assim que também o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que havemos de pedir, para rezarmos como deve ser; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.
E aquele que examina os corações conhece as intenções do Espírito, porque é de acordo com Deus que o Espírito intercede pelos santos.


Mateus 13,24-43.


Naquele tempo, Jesus propôs à multidão mais esta parábola: «O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo.
Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se.
Quando a haste cresceu e deu fruto, apareceu também o joio.
Os servos do dono da casa foram ter com ele e disseram-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?'
'Foi algum inimigo meu que fez isto' respondeu ele. Disseram-lhe os servos: 'Queres que vamos arrancá-lo?'
Ele respondeu: 'Não, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo.
Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro.'»
Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo.
É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.»
Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.»
Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser em parábolas.
Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo.
Afastando-se, então, das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.»
Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem;
o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do maligno;
o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos.
Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo:
o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade,
e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (África do Norte) e doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 99, 8-9

«Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»

«Quando o que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é
mortal se revestir da imortalidade» (1 Co 15,54), então será a doçura
perfeita, o júbilo perfeito, um louvor sem fim, um amor sem ameaças. [...]
E aqui em baixo? Não experimentaremos nenhuma alegria? [...] Seguramente
que encontraremos aqui em baixo a alegria; experimentaremos aqui, na
esperança da vida futura, uma alegria da qual seremos plenamente saciados
no céu.


Mas é preciso que o trigo suporte muitas coisas no meio do joio. Os grãos
são lançados à palha e o lírio cresce no meio dos espinhos. Com efeito, que
foi dito à Igreja? «Tal como um lírio entre os cardos, assim é a minha
amada entre as donzelas» (Ct 2,2). «Entre as donzelas», diz o texto, e não
entre os estrangeiros. Ó Senhor, que consolações dás Tu? Que conforto? Ou
melhor, que temor? Tu chamas espinhos às Tuas próprias donzelas? São
espinhos, responde Ele, pela sua conduta, mas são donzelas pelos Meus
sacramentos. [...]


Mas onde deverá então o cristão refugiar-se para não gemer no meio de
irmãos falsos? Para onde irá ele? Fugirá para o deserto? As ocasiões de
queda para lá o seguirão. Distanciar-se-á, ele que progride bem, até não
ter de suportar mais nenhum dos seus semelhantes? E se ninguém tivesse
querido suportá-lo antes da sua conversão? Se, por conseguinte, sob o
pretexto de que progride, não quer suportar ninguém, por isso mesmo é
evidente que ainda não progrediu. Escutai bem estas palavras: «Com toda a
humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em
amor. Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz» (Ef 4,
2-3). Não há em ti nada que o outro tenha de suportar?




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