terça-feira, 8 de agosto de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Terça-feira, dia 08 de Agosto de 2017

Terça-feira da 18ª semana do Tempo Comum

S. Domingos de Gusmão, presbítero, fundador, +1221

Comentário do dia
São Columbano : «O mar foi para ti um caminho; caminhaste por entre águas caudalosas e ninguém descobriu as tuas pegadas» (Sl 77,20)

Núm. 12,1-13.

Naqueles dias, Maria e Aarão censuraram Moisés, por causa da mulher etíope que ele tomara como esposa.
Eles disseram-lhe: «Foi somente a Moisés que o Senhor falou? Não nos falou também a nós?». E o Senhor ouviu.
Moisés era homem muito humilde, mais humilde que todos os homens sobre a face da terra.
Subitamente, o Senhor disse a Moisés, a Aarão e a Maria: «Vinde, todos três, à Tenda da Reunião». E os três puseram-se a caminho.
O Senhor desceu numa coluna de nuvem e ficou à entrada da Tenda. Chamou Aarão e Maria e eles aproximaram-se.
Disse-lhes o Senhor: «Escutai bem as minhas palavras: Se há entre vós algum profeta, revelo-me a ele numa visão, ou falo com ele em sonhos.
Mas não procedo assim com o meu servo Moisés: ele é o homem de confiança em toda a minha casa.
Eu falo com ele face a face, em visão direta e não por enigmas; ele vê a imagem do Senhor. Porque ousastes censurar o meu servo Moisés?».
A ira do Senhor inflamou-se contra eles e o Senhor retirou-Se,
enquanto a nuvem se afastava da Tenda. Maria cobriu-se de lepra, branca como a neve. Aarão voltou-se para ela e viu que estava leprosa.
Aarão disse a Moisés: «Por piedade, meu senhor! Não deixes cair sobre nós a culpa do pecado que tivemos a loucura de cometer.
Que ela não fique semelhante à criança que nasce morta, com o corpo meio corroído, ao sair do ventre materno!»
Então Moisés clamou ao Senhor: «Por piedade, Senhor Deus, curai-a».


Salmos 51(50),3-4.5-6a.6bc-7.12-13.

Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade, pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade e purificai-me de todas as faltas.
Porque eu reconheço os meus pecados e tenho sempre diante de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós, e fiz o mal diante dos vossos olhos.

e fiz o mal diante dos vossos olhos.
Assim é justa a vossa sentença
e reto o vosso julgamento.
Porque eu nasci na culpa

e minha mãe concebeu-me em pecado.
Criai em mim, ó Deus, um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.




Mateus 14,22-36.

Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-l'O na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão.
Logo que a despediu, subiu a um monte, para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho.
O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo.
Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais».
Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas».
«Vem!» – disse Jesus. Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas, para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!».
Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?».
Logo que subiram para o barco, o vento amainou.
Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus, e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».
Depois fizeram a travessia e vieram para terra em Genesaré.
Os homens do lugar reconheceram Jesus e mandaram avisar toda aquela região. Trouxeram-Lhe todos os doentes
e pediam que os deixasse tocar ao menos na orla do seu manto. E quantos lhe tocaram foram completamente curados.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Columbano (563-615), monge, fundador de mosteiros
Instruções espirituais I, A fé

«O mar foi para ti um caminho; caminhaste por entre águas caudalosas e ninguém descobriu as tuas pegadas» (Sl 77,20)

Deus está em toda a parte por completo e sem limites. E está próximo de cada um de nós, segundo o testemunho que dá de Si mesmo: «Eu sou um Deus que está próximo, não um Deus que está longe» (Jer 23,23). O Deus que buscamos não está longe de nós; temo-Lo entre nós. Ele habita em nós como a alma no corpo, se formos membros seus mortos para o pecado (cf 1Cor 6,15) [...] Nesse caso, habita verdadeiramente em nós Aquele que disse: «Estabelecerei a minha morada no meio deles e andarei com eles» (Lv 26,11-12). Quando Ele nos dá a graça de habitar em nós, somos realmente vivificados por Ele, como seus membros vivos. «Nele», diz o Apóstolo, «vivemos, nos movemos e existimos» (At 17,28).

Mas quem poderá investigar a inefável e incompreensível essência do Altíssimo? Quem poderá sondar os profundos segredos de Deus? Quem poderá gloriar-se de conhecer o Deus infinito, que tudo enche e circunda, que tudo penetra e supera, que tudo abrange e transcende? «Ninguém jamais viu a Deus» (Jo 1,13) tal como Ele é. Por isso, ninguém tenha a presunção de descobrir os mistérios incompreensíveis de Deus, o quê, o como, o porquê do seu ser. São realidades inefáveis, insondáveis, impenetráveis. Limita-te a acreditar com toda a simplicidade, mas com grande firmeza, que Deus é e será como sempre foi, porque Deus é imutável.