quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quarta-feira, dia 05 de Outubro de 2016

Quarta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

Santa Faustina, religiosa, +1935, S. Benedito, o Negro, confessor, +1589, Beato Alberto Marvelli, leigo, +1946

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Ensina-nos a orar»

Gálatas 2,1-2.7-14.

Irmãos: Passados catorze anos, subi novamente a Jerusalém com Barnabé e fiz-me acompanhar também de Tito.
Eu subi para lá, de acordo com uma revelação, e expus o Evangelho que prego entre os gentios, numa reunião particular com os principais dirigentes, para me assegurar de não correr ou não ter corrido em vão.
Viram então que me estava confiada a evangelização dos que não eram judeus, como a Pedro a dos que eram judeus.
– De facto, Aquele que exercera em Pedro a sua ação em ordem ao apostolado entre os judeus, tinha-a exercido em mim em ordem aos gentios –.
Por isso, Tiago, Pedro e João, que eram considerados como as colunas, ao reconhecerem a graça que me fora concedida, estenderam-nos as mãos, a mim e a Barnabé, em sinal de acordo: Nós seríamos para os gentios e eles para os judeus.
Só nos pediram que nos lembrássemos dos seus pobres, o que eu procurei pôr em prática com grande diligência.
Mas quando Pedro veio a Antioquia, opus-me a ele abertamente, porque era digno de censura.
De facto, antes de terem vindo alguns homens da parte de Tiago, ele comia com os gentios. Mas depois de eles chegarem, retirava-se e mantinha-se à parte, com receio dos partidários da circuncisão.
Com ele começaram a dissimular também os outros judeus, de tal modo que até Barnabé se deixou arrastar pela sua dissimulação.
Quando eu vi que eles não procediam corretamente segundo a verdade do Evangelho, disse a Pedro diante de todos: «Se tu, que és judeu, vives à maneira dos gentios e não dos judeus, como podes obrigar os gentios a proceder como os judeus?».


Salmos 117(116),1.2.

Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.




Lucas 11,1-4.

Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João Baptista ensinou também os seus discípulos».
Disse-lhes Jesus: «Quando orardes, dizei: 'Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso reino;
dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos pecados,
porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixeis cair em tentação'».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 80

«Ensina-nos a orar»

Acreditais, irmãos, que Deus ignora o que vos é necessário? Aquele que conhece a nossa aflição conhece antecipadamente os nossos desejos. Por isso, quando ensinava o Pai Nosso, o Senhor recomendou aos discípulos que fossem sóbrios nas palavras: «Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos. Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós Lho pedirdes» (Mt 6,7-8). Se o vosso Pai sabe o que vos é preciso, para quê dizê-lo, mesmo por poucas palavras? [...] Se o sabes, Senhor, será mesmo necessário pedir-To em oração?

Ora, quem nos diz: «Não useis de vãs repetições» declara-nos noutro passo: «Pedi e recebereis»; e, para que não pensemos que o diz com leveza, acrescenta: «Procurai e encontrareis»; e, para que não pensemos que se trata de uma simples maneira de falar, vede como termina: «Batei, e hão-de abrir-vos» (Mt 7,7). Ele quer portanto que, para que possas receber, comeces por pedir, para que possas encontrar, te ponhas a procurar, para que possas entrar, não deixes, enfim, de bater à porta. [...] Porquê pedir em oração? Porquê procurar? Porquê bater? Porquê cansarmo-nos a pedir, a procurar, a bater, como se estivéssemos a instruir Aquele que tudo sabe já? E lemos inclusive, noutra passagem: «Disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer» (Lc 18,2). [...] Pois bem, para esclareceres este mistério, pede em oração, procura e bate à porta! Se Ele cobre com véus este mistério, é porque quer animar-te e levar-te a que procures e encontres tu próprio a explicação. Todos nós, todos, devemos animar-nos a orar.