quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 19 de Fevereiro de 2010
Sexta-feira depois das Cinzas

S. Conrado de Placência, confessor, +1351



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Máximo de Turim : A Origem da Quaresma: acompanhar os catecúmenos até ao seu baptismo, na Páscoa

Leituras

Is. 58,1-9.
Grita em voz alta, sem te cansares. Levanta a tua voz como uma trombeta.
Denuncia ao meu povo as suas faltas, aos descendentes de Jacob, os seus
pecados.
Consultam-me dia após dia, mostram desejos de conhecer o meu caminho, como
se fosse um povo que praticasse a justiça, e não abandonasse a lei de Deus.
Pedem-me sentenças justas, querem aproximar-se de Deus.
Dizem-me: «Para quê jejuar, se vós não fazeis caso? Para quê humilhar-nos,
se não prestais atenção?» É porque no dia do vosso jejum só cuidais dos
vossos negócios, e oprimis todos os vossos empregados.
Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade. Não
jejueis como tendes feito até hoje, se quereis que a vossa voz seja ouvida
no alto.
Acaso é esse o jejum que me agrada, no dia em que o homem se mortifica?
Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza? Podeis chamar
a isto jejum e dia agradável ao SENHOR?
O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente,
livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos,
quebrar toda a espécie de opressão,
repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa,
atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão.
Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a
cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do SENHOR atrás
de ti.
Então invocarás o SENHOR e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá:
«Aqui estou!» Se retirares da tua vida toda a opressão, o gesto ameaçador e
o falar ofensivo,


Salmos 51(50),3-4.5-6.18-19.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande
misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava me de toda a iniquidade; purifica me dos meus delitos.
Reconheço as minhas culpas e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Contra ti pequei, só contra ti, fiz o mal diante dos teus olhos; por isso é
justa a tua sentença e recto o teu jul
Não te comprazes nos sacrifícios nem te agrada qualquer holocausto que eu
te ofereça.
O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; ó Deus, não desprezes
um coração contrito e arrependido.


Mateus 9,14-15.
Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós
e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?»
Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar
tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que
lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 28, PL 57, 587-590; CC Sermão 35, 136-139 (a partir da trad. de Les Pères dans la foi, Migne 1996, pp. 94ss.)

A Origem da Quaresma: acompanhar os catecúmenos até ao seu baptismo, na Páscoa

Depois deste tempo consagrado à observância do jejum, a alma chega,
purificada e esgotada, ao baptismo. Recobra então as forças mergulhando nas
águas do Espírito; tudo o que tinha sido queimado pelas chamas das doenças
renasce do orvalho da graça do céu. Abandonando a corrupção do homem velho,
o neófito adquire uma nova juventude [...]. Através de um novo nascimento,
renasce outro homem, sendo embora o mesmo que tinha pecado.

Por meio de um jejum ininterrupto de quarenta dias e quarenta noites, Elias
mereceu pôr fim, graças à água que veio do céu, a uma seca longa e penosa
na terra inteira (1Rs 19, 8; 18, 41). Extinguiu a sede ardente do solo
trazendo-lhe uma chuva abundante. Estes factos produziram-se para nos
servir de exemplo, para merecermos, após um jejum de quarenta dias, a chuva
bendita do baptismo, para que a água que vem do céu regue toda a terra,
desde há muito tempo árida, dos nossos irmãos do mundo inteiro. O baptismo,
como uma rega de salvação, porá fim à longa esterilidade do mundo pagão. É,
com efeito, de seca e de aridez espiritual que sofre todo aquele que não
foi banhado pela graça do baptismo.

Através de um jejum do mesmo número de dias e noites, o santo Moisés
mereceu falar com Deus, ficar, permanecer com Ele, receber das Suas mãos os
preceitos da Lei (Ex 24, 18). [...] Também nós, irmãos muito queridos,
jejuamos com fervor durante todo este período, para que [...] também para
nós se abram os céus e se fechem os infernos.




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