terça-feira, 16 de março de 2010

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 17 de Março de 2010
Quarta-feira da 4ª semana da Quaresma

S. Patrício, bispo, +461



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Carta a Diogneto : «Mais vontade tinham os judeus de O matar [...] [pois Ele] até chamava a Deus seu próprio Pai»

Leituras

Is. 49,8-15.
Eis o que diz o SENHOR: «Eu respondi-te no tempo da graça, e socorri-te no
dia da salvação. Defendi-te e designei-te como aliança do povo, para
restaurares o país e repartires as heranças devastadas,
para dizeres aos prisioneiros: 'Saí da prisão!' E aos que estão nas trevas:
'Vinde à luz!' Ao longo dos caminhos encontrarão que comer, e em todas as
dunas arranjarão alimento.
Não padecerão fome nem sede, e não os molestará o vento quente nem o sol,
porque o que tem compaixão deles os guiará, e os conduzirá em direcção às
fontes.
Transformarei os meus montes em caminhos planos, e as minhas estradas serão
alteadas.
Vede como eles chegam de longe! Uns vêm do Norte e do Poente, e outros, da
terra de Siene.»
Cantai, ó céus! Exulta de alegria, ó terra! Prorrompei em exclamações, ó
montes! Na verdade, o SENHOR consola o seu povo, e se compadece dos
desamparados.
Sião dizia: «O SENHOR abandonou-me, o meu dono esqueceu-se de mim.»
Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu bebé, não ter carinho pelo fruto
das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, Eu nunca te
esqueceria.


Salmos 145(144),8-9.13-14.17-18.
SENHOR é clemente e compassivo, é paciente e misericordioso.
SENHOR é bom para com todos; a sua ternura repassa todas as suas obras.
teu reino é um reino para toda a eternidade e o teu domínio estende-se por
todas as gerações.
SENHOR ergue todos os que caem e reanima todos os abatidos.
SENHOR é justo em todos os seus caminhos e misericordioso em todas as suas
obras.
SENHOR está perto de todos os que o invocam, dos que o invocam
sinceramente.


João 5,17-30.
Naquela altura Jesus replicou-lhes: «O meu Pai continua a realizar obras
até agora, e Eu também continuo!»
Perante isto, mais vontade tinham os judeus de o matar, pois não só anulava
o Sábado, mas até chamava a Deus seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a
Deus.
Jesus tomou, pois, a palavra e começou a dizer-lhes: «Em verdade, em
verdade vos digo: o Filho, por si mesmo, não pode fazer nada, senão o que
vir fazer ao Pai, pois aquilo que este faz também o faz igualmente o Filho.

De facto, o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que Ele mesmo faz; e há-de
mostrar-lhe obras maiores do que estas, de modo que ficareis assombrados.
Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e os faz viver, também o Filho
faz viver aqueles que quer.
O Pai, aliás, não julga ninguém, mas entregou ao Filho todo o julgamento,
para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não
honra o Pai que o enviou.
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele
que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da
morte para a vida.
Em verdade, em verdade vos digo: chega a hora e é já em que os mortos
hão-de ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão,
pois, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, também deu ao Filho o poder
de ter a vida em si mesmo;
e deu-lhe o poder de fazer o julgamento, porque Ele é Filho do Homem.
Não vos assombreis com isto: é chegada a hora em que todos os que estão nos
túmulos hão-de ouvir a sua voz,
e sairão: os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida; e
os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação.
Por mim mesmo, Eu não posso fazer nada: conforme ouço, assim é que julgo; e
o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a daquele
que me enviou.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Carta a Diogneto (c. 200)
Cap. 9 (a partir da trad. de Orval; cf. SC 33 bis, p.68)

«Mais vontade tinham os judeus de O matar [...] [pois Ele] até chamava a Deus seu próprio Pai»

Até aos dias de hoje, que são os últimos, Deus permitiu-nos que nos
deixássemos levar ao sabor de desordenadas inclinações, arrastados pelos
prazeres e pelas paixões. Não é que tenha tido o menor dos prazeres com os
nossos pecados; tolerava apenas este tempo de iniquidade, sem que nele
consentisse. Preparava o tempo actual, o da justiça, para que, convencidos
de termos sido indignos da vida durante esse período devido aos nossos
erros, nos tornemos agora dignos dela pelo efeito da bondade divina
[...].

Ele não nos odiou; não nos repeliu [...]. Tendo piedade de nós, tomou sobre
Si a responsabilidade dos nossos erros, e enviou o Seu próprio Filho para
nos resgatar: o santo para os ímpios, o inocente para os maus, «o justo
para os injustos» (1Pe 3, 18), o incorrupto para os corruptos, o imortal
para os mortais. Que outra coisa a não ser a Sua justiça poderia cobrir,
anular, os nossos pecados? Em Quem poderíamos nós ser justificados, senão
no Filho unigénito de Deus? Dulcíssima troca, insondável obra, inesperados
dons ! O crime de muitos é coberto pela justiça de apenas Um, e a justiça
de Um único justifica a muitos culpados. No passado, Ele convenceu a nossa
natureza da sua incapacidade em obter a vida; agora mostrou-nos o Salvador
capaz de salvar o que não podia ser salvo. Quis, destes dois modos, dar-nos
a fé na Sua bondade e fazer-nos ver n'Ele Aquele que alimenta, Aquele que é
o pai, o mestre, o conselheiro, o médico, a inteligência, a luz, a honra, a
glória, a força e a vida.




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