quarta-feira, 17 de março de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 18 de Março de 2010
Quinta-feira da 4ª da Quaresma

S. Cirilo de Jerusalém, bispo, Doutor da Igreja, +386, Santo Eduardo, rei de Inglaterra, mártir, +978



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Concílio Vaticano II : «Investigai as Escrituras [...]: são elas que dão testemunho a Meu favor.»

Leituras

Ex. 32,7-14.
O Senhor disse a Moisés: «Vai, desce, porque o teu povo, aquele que tiraste
do Egipto, está pervertido.
Desviaram-se bem depressa do caminho que lhes prescrevi. Fizeram um bezerro
de metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios e
disseram: «Israel, aqui tens o teu deus, aquele que te fez sair do Egipto.»

O Senhor prosseguiu: «Vejo bem que este povo é um povo de cerviz dura.
Agora, deixa-me; a minha cólera vai inflamar-se contra eles e
destruí-los-ei. Mas farei de ti uma grande nação.»
Moisés implorou ao Senhor, seu Deus, dizendo-lhe: «Porquê, Senhor, a tua
cólera se inflamará contra o teu povo, que fizeste sair do Egipto com tão
grande poder e com mão tão poderosa?
Não é conveniente que se possa dizer no Egipto: 'Foi com má intenção que
Ele os fez sair, foi para os matar nas montanhas e suprimi-los da face da
Terra!' Não te deixes dominar pela cólera e abandona a decisão de fazer mal
a este povo.
Recorda-te de Abraão, de Isaac e de Israel, teus servos, aos quais juraste
por ti mesmo: tornarei a vossa descendência tão numerosa como as estrelas
do céu e concederei à vossa posteridade esta terra de que falei, e eles
hão-de recebê-la como herança eterna.»
E o Senhor arrependeu-se das ameaças que proferira contra o seu povo.


Salmos 106(105),19-20.21-22.23.
Fizeram um bezerro de ouro no Horeb e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram assim o seu Deus glorioso pela figura de um animal que come feno.
Esqueceram a Deus, que os salvara, que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas do país de Cam, feitos gloriosos no Mar dos Juncos.
Deus decidiu aniquilá-los. Moisés, porém, seu escolhido, intercedeu junto
dele, para acalmar a sua ira destruidora.


João 5,31-47.
«Se Eu testemunhasse a favor de mim próprio, o meu testemunho não teria
valor;
há outro que testemunha em favor de mim, e Eu sei que o seu testemunho,
favorável a mim, é verdadeiro.
Vós enviastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade.
Não é, porém, de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para
vos salvardes.
João era uma lâmpada ardente e luminosa, e vós, por um instante, quisestes
alegrar-vos com a sua luz.
Mas tenho a meu favor um testemunho maior que o de João, pois as obras que
o Pai me confiou para levar a cabo, essas mesmas obras que Eu faço, dão
testemunho de que o Pai me enviou.
E o Pai que me enviou mantém o seu testemunho a meu favor. Nunca ouvistes a
sua voz, nem vistes o seu rosto,
nem a sua palavra permanece em vós, visto não crerdes neste que Ele enviou.

Investigai as Escrituras, dado que julgais ter nelas a vida eterna: são
elas que dão testemunho a meu favor.
Vós, porém, não quereis vir a mim, para terdes a vida!
Eu não ando à procura de receber glória dos homens;
a vós já vos conheço, e sei que não há em vós o amor de Deus.
Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro viesse em seu
próprio nome, a esse já o receberíeis.
Como vos é possível acreditar, se andais à procura da glória uns dos
outros, e não procurais a glória que vem do Deus único?
Não penseis que Eu vos vou acusar diante do Pai; há quem vos acuse: é
Moisés, em quem continuais a pôr a vossa esperança.
De facto, se acreditásseis em Moisés, talvez acreditásseis em mim, porque
ele escreveu a meu respeito.
Mas, se vós não acreditais nos seus escritos, como haveis de acreditar nas
minhas palavras?»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Revelação Divina (Dei Verbum), §§ 14-16

«Investigai as Escrituras [...]: são elas que dão testemunho a Meu favor.»

Deus amantíssimo, desejando e preparando com solicitude a salvação de todo
o género humano, escolheu por especial providência um Povo a quem confiar
as Suas promessas. [...] A «economia» da salvação, de antemão anunciada,
narrada e explicada pelos autores sagrados, encontra-se nos livros do
Antigo Testamento, como verdadeira Palavra de Deus. Por isso, estes livros
divinamente inspirados conservam o seu valor perene: «Tudo quanto está
escrito para nossa instrução está escrito para que, por meio da paciência e
da consolação que nos vêm da Escritura, tenhamos esperança» (Rom 15, 4).A «economia» do Antigo Testamento destinava-se sobretudo a
preparar, a anunciar profeticamente e a simbolizar com várias figuras o
advento de Cristo, redentor universal, e o do reino messiânico. Mas os
livros do Antigo Testamento, segundo a condição do género humano antes do
tempo da salvação estabelecida por Cristo, manifestam a todos o
conhecimento de Deus e do homem, e o modo como Deus, justo e
misericordioso, trata os homens. Tais livros, apesar de conterem também
coisas imperfeitas e transitórias, revelam contudo a verdadeira pedagogia
divina. Por isso, os fiéis devem receber com devoção estes livros, que
exprimem o vivo sentido de Deus, nos quais se encontram sublimes doutrinas
a respeito de Deus, uma sabedoria salutar a respeito da vida humana, bem
como admiráveis tesouros de preces, nos quais, finalmente, está latente o
mistério da nossa salvação.Foi por isso que Deus, inspirador e
autor dos livros dos dois testamentos, dispôs tão sabiamente as coisas, que
o Novo Testamento está latente no Antigo, e o Antigo Testamento está
patente no Novo. Pois, apesar de Cristo ter alicerçado a Nova Aliança no
Seu sangue, os livros do Antigo Testamento, ao serem integralmente
assumidos na pregação evangélica, adquirem e manifestam a sua plena
significação no Novo Testamento, que por sua vez iluminam e explicam.




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