sábado, 20 de março de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 21 de Março de 2010
5º Domingo da Quaresma - Ano C

5º Domingo da Quaresma (semana I do saltério)
S. Nicolau de Flue, eremita, confessor, +1487, Trânsito de S. Bento



Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II : «Também Eu não te condeno»

Leituras

Is. 43,16-21.
Assim fala o SENHOR, que outrora abriu um caminho através do mar, uma
estrada nas torrentes das águas;
que pôs em campanha carros e cavalos, tropa de soldados e chefes; caíram
para nunca mais se levantarem, extinguiram-se como um pavio que se apaga:
«Não vos lembreis dos acontecimentos de outrora, não penseis mais no
passado,
pois vou realizar algo de novo, que já está a aparecer: não o notais? Vou
abrir um caminho no deserto, e fazer correr rios na estepe.
Glorificar-me-ão os animais selvagens, os chacais e as avestruzes, porque
hei-de fazer brotar água no deserto e rios na terra árida, para dar de
beber ao meu povo, o meu eleito,
o povo que Eu formei para mim, e assim hão-de proclamar os meus louvores.»


Salmos 126(125),1-6.
Quando o SENHOR mudou o destino de Sião, parecia-nos viver um sonho.
nossa boca encheu-se de sorrisos e a nossa língua de canções. Dizia-se,
então, entre os pagãos: «O SENHOR fez por eles grandes coisas!»
Sim, o SENHOR fez por nós grandes coisas; por isso, exultamos de alegria.
Transforma, SENHOR, o nosso destino, como as chuvas transformam o deserto
do Négueb.
Aqueles que semeiam com lágrimas, vão recolher com alegria.
ida vão a chorar, carregando e lançando as sementes; no regresso cantam de
alegria, transportando os feixes de espigas.


Filip. 3,8-14.
Sim, considero que tudo isso foi mesmo uma perda, por causa da maravilha
que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor: por causa dele, tudo
perdi e considero esterco, a fim de ganhar a Cristo
e nele ser achado, não com a minha própria justiça, a que vem da Lei, mas
com a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e que se apoia
na fé.
Assim posso conhecê-lo a Ele, na força da sua ressurreição e na comunhão
com os seus sofrimentos, conformando-me com Ele na morte,
para ver se atinjo a ressurreição de entre os mortos.
Não que já o tenha alcançado ou já seja perfeito; mas corro, para ver se o
alcanço, já que fui alcançado por Cristo Jesus.
Irmãos, não me julgo como se já o tivesse alcançado. Mas uma coisa faço:
esquecendo-me daquilo que está para trás e lançando-me para o que vem à
frente,
corro em direcção à meta, para o prémio a que Deus, lá do alto, nos chama
em Cristo Jesus.


João 8,1-11.
Jesus foi para o Monte das Oliveiras.
De madrugada, voltou outra vez para o templo e todo o povo vinha ter com
Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar.
Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe certa mulher apanhada
em adultério, colocaram-na no meio
e disseram-lhe: «Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante
adultério.
Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?»
Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numa armadilha e terem de que
o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o
dedo na terra.
Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes: «Quem de vós
estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!»
E, inclinando-se novamente para o chão, continuou a escrever na terra.
Ao ouvirem isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, e ficou
só Jesus e a mulher que estava no meio deles.
Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém
te condenou?»
Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.» Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te
condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

João Paulo II
Encíclica « Dives in Misericordia » § 7 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Também Eu não te condeno»

É precisamente a Redenção a última e definitiva revelação da santidade de
Deus, que é a plenitude absoluta da perfeição: plenitude da justiça e do
amor, pois a justiça funda-se no amor, dele provém e para ele tende. Na
paixão e morte de Cristo — no facto de o Pai não ter poupado o Seu próprio
Filho, mas «o ter tratado como pecado por nós» (2Cor 5, 21) — manifesta-se
a justiça absoluta, porque Cristo sofre a paixão e a cruz por causa dos
pecados da hurnanidade. Dá-se na verdade a «superabundância» da justiça,
porque os pecados do homem são «compensados» pelo sacrifício do Homem-Deus.
Esta justiça, que é verdadeiramente justiça «à medida» de Deus,
nasce toda do amor, do amor do Pai e do Filho, e frutifica inteiramente no
amor. Precisamente por isso, a justiça divina revelada na cruz de Cristo é
«à medida» de Deus, porque nasce do amor e se realiza no amor, produzindo
frutos de salvação. A dimensão divina da Redenção não se verifica somente
em ter feito justiça do pecado, mas também no facto de ter restituído ao
amor a força criativa, graças à qual o homem tem novamente acesso à
plenitude de vida e de santidade que provém de Deus. Deste modo, a Redenção
traz em si a revelação da misericórdia na sua plenitude.O
mistério pascal é o ponto culminante da revelação e actuação da
misericórdia, capaz de justificar o homem, e de restabelecer a justiça como
realização do desígnio salvífico que Deus, desde o princípio, tinha querido
realizar no homem e, por meio do homem, no mundo.




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