sexta-feira, 25 de junho de 2010

Profecia do Dia

Sabado, dia 26 de Junho de 2010
Sábado da 12ª semana do Tempo Comum

Santos João e Paulo, mártires, +362, S. José Maria Escrivá, presbítero, fundador, +1975, São Paio, mártir, +925



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : «Ele curou muitos doentes»

Leituras

Lament. 2,2.10-14.18-19.
O Senhor arrasou, sem piedade, todas as moradas de Jacob. E, em seu furor,
arruinou as fortificações da capital de Judá. Lançou por terra e amaldiçoou
o reino e os seus príncipes.
Os anciãos da cidade de Sião sentam-se por terra, emudecidos. Lançam cinza
sobre as suas cabeças, vestem-se de saco. As virgens de Jerusalém inclinam
a cabeça para a terra.
Os meus olhos derretem-se em lágrimas; fremem as minhas entranhas. Por
terra derrama-se o meu fígado, por causa da ruína do meu povo, enquanto vão
desfalecendo os meninos e as crianças de peito nas ruas da cidade.
Onde haverá pão e vinho? – perguntam eles às mães, enquanto, como feridos
de morte, iam desfalecendo nas praças da cidade, exalando o seu último
suspiro no regaço materno.
A que coisa te hei-de assemelhar? A que te comparar ó Jerusalém? A que te
igualarei, para te consolar, ó jovem capital de Sião? É imensa como o mar a
tua ruína; quem poderá curar-te?
Os teus profetas vaticinaram-te apenas coisas falsas e loucas. Não te
revelaram as tuas iniquidades, a fim de mudar o teu destino. Anunciaram-te
apenas oráculos falsos e enganadores.
Clama com o coração ao Senhor, ó muralha da cidade de Sião! Faz correr em
torrente as tuas lágrimas noite e dia! Não te dês descanso, não cessem os
teus olhos de chorar!
Levanta-te, grita durante a noite, no começo das vigílias; derrama o teu
coração como a água perante a face do Senhor. Ergue para Ele as mãos, pela
vida dos teus filhos que desfalecem de fome por todos os recantos das ruas.



Salmos 74(73),1-2.3-5.6-7.20-21.
Ó Deus, porque nos rejeitas para sempre? Porque se inflama a tua ira contra
o rebanho do qual és pastor?
Lembra te do teu povo, que adquiriste noutros tempos, como tribo que te
pertence e resgataste do monte Si
Dirige os teus passos para estas ruínas sem fim; o inimigo tudo destruiu no
santuário!
Os teus adversários rugiram no lugar das tuas assembleias, hastearam nelas,
como troféus, as suas bandeira
Pareciam lenhadores a brandir o machado numa floresta espessa.
Destruíram os seus madeiramentos a golpes de malhos e martelos.
Deitaram fogo ao teu santuário, profanaram e arrasaram a morada do teu
nome.
Olha para a tua aliança, pois os recantos do país estão cheios de
violência.
Que os humildes não voltem confundidos; que o pobre e o indigente possam
louvar o teu nome.


Mateus 8,5-17.
Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes
termos:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.»
Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.»
Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo
do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado.
Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens
e digo a um: 'Vai', e ele vai; a outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu servo:
'Faz isto', e ele faz.»
Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos
digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé!
Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do
banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu,
ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde
haverá choro e ranger de dentes.»
Disse, então, Jesus ao centurião: «Vai, que tudo se faça conforme a tua
fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.
Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com
febre.
Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a
servi-lo.
Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra,
expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes,
para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as
nossas enfermidades e carregou as nossas dores.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre São Mateus, 27,1 (a partir da trad. Véricel, l'Evangile commenté, p. 98)

«Ele curou muitos doentes»

«Ao entardecer, apresentaram-Lhe muitos possessos; e Ele, com a Sua
palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes». Vês
como a fé da multidão crescia pouco a pouco? Apesar da hora avançada, não
quiseram deixar o Senhor; pensaram que a tarde permitia trazer-Lhe os
doentes. Imagina o número de curas que os evangelistas não relataram; não
as contam todas, uma a uma, mas numa só frase fazem-nos ver um oceano
infinito de milagres. Para que a grandeza do prodígio não nos provoque a
incredulidade, para que não fiquemos perturbados com o pensamento de uma
tal multidão ferida de males tão diversos e curada num instante, o
evangelho traz o testemunho do profeta, tão extraordinário e tão
surpreendente como os próprios factos: «Para que se cumprisse o que foi
dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as
nossas dores» (53, 4). Não diz: «Ele destruiu», mas: «Ele tomou» e «Ele
carregou», frisando assim, no meu entender, que o profeta fala mais do
pecado que dos males do corpo, o que está em conformidade com a palavra de
João Baptista: «Eis o Cordeiro de Deus, eis Aquele que tira o pecado do
mundo» (Jo 1, 29).




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org