domingo, 18 de julho de 2010

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 19 de Julho de 2010
Segunda-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Santas Justa e Rufina, mártires, +287, Santo Arsénio, eremita, +séc. V



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : O sinal de Jonas

Leituras

Miqueias 6,1-4.6-8.
Ouvi o que diz o Senhor: «Levanta-te! Advoga a tua causa diante das
montanhas, e ouçam as colinas a tua voz!
Ouvi, ó montanhas, o processo do Senhor, prestai atenção, fundamentos da
terra! Porque o Senhor entrou em litígio com o seu povo, e vai litigar com
Israel:
'Povo meu, que te fiz, ou em que te contristei? Responde-me.
Tirei-te da terra do Egipto, livrei-te da casa da escravidão e enviei,
diante de ti, Moisés, Aarão e Míriam.
Com que me apresentarei ao Senhor, e me prostrarei diante do Deus excelso?
Irei à sua presença com holocaustos, com novilhos de um ano?
Porventura o Senhor receberá com agrado milhares de carneiros ou miríades
de torrentes de azeite? Hei-de sacrificar-lhe o meu primogénito pelo meu
crime, o fruto das minhas entranhas pelo meu próprio pecado?
Já te foi revelado, ó homem, o que é bom, o que o Senhor requer de ti: nada
mais do que praticares a justiça, amares a lealdade e andares humildemente
diante do teu Deus.


Salmos 50(49),5-6.8-9.16-17.21.23.
"Reuni junto a mim os que me são fiéis, os que selaram a minha aliança com
um sacrifício."
Até os céus proclamarão a sua justiça, porque Deus é quem julga.
Não te repreendo por causa dos teus sacrifícios; os teus holocaustos estão
sempre na minha presença.
Não reivindico os novilhos da tua casa, nem os cabritos dos teus currais;
Ao pecador, Deus declara: "Porque andas sempre a falar da minha lei e
trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos e rejeitas as minhas palavras?
Tens feito tudo isto. Poderei Eu calar me? Pensavas que Eu era igual a ti?
Vou chamar te a julgamento e lançar te
Honra-me quem oferece o sacrifício de louvor; a quem anda por este caminho
farei participar da salvação de Deus.


Mateus 12,38-42.
Intervieram, então, alguns doutores da Lei e fariseus, que lhe disseram:
«Mestre, queremos ver um sinal feito por ti.»
Ele respondeu-lhes: «Geração má e adúltera! Reclama um sinal, mas não lhe
será dado outro sinal, a não ser o do profeta Jonas.
Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho, três dias e três
noites, assim o Filho do Homem estará no seio da terra, três dias e três
noites.
No dia do juízo, os habitantes de Nínive hão-de levantar-se contra esta
geração para a condenar, porque fizeram penitência quando ouviram a
pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é maior do que Jonas!
No dia do juízo, a rainha do Sul há-de levantar-se contra esta geração para
a condenar, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de
Salomão. Ora, aqui está alguém que é maior do que Salomão!»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 3, PL 52, 303-306, CCL 24, 211-215 (a partir da trad. de Thèmes et figures, DDB 1984, p. 117)

O sinal de Jonas

Eis que a fuga do profeta Jonas para longe de Deus (Jn 1, 3) se transforma
numa imagem profética, e o que é apresentado como um naufrágio funesto se
torna o sinal da ressurreição do Senhor. O próprio texto da história de
Jonas mostra-nos bem como este prefigura plenamente a imagem do Salvador.
Está escrito que Jonas «fugiu da presença do Senhor». Não fugiu o próprio
Senhor da condição e do aspecto da divindade, para tomar a condição e o
rosto humanos? Assim o diz o Apóstolo Paulo: «Ele, que é de condição
divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto,
esvaziou-se a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil 2, 6-7). O Senhor
revestiu-Se da condição de servo. Para passar despercebido no mundo, para
sair vitorioso sobre o demónio, fugiu de Si mesmo para junto dos homens.
[...] Deus está em todo o lado: é impossível fugir-Lhe. Para conseguir
«fugir da presença do Senhor», não para um lugar determinado mas, de certa
maneira, através da aparência, Cristo refugiou-Se na imagem da nossa
servidão, totalmente assumida.

A narrativa prossegue: «desceu a Jafa, onde encontrou um navio que partia
para Társis». Eis agora Aquele que desceu: «Ninguém subiu ao Céu a não ser
Aquele que desceu do Céu» (Jo 3, 13). O Senhor desceu do céu à terra, Deus
desceu à altura do homem, a omnipotência desceu à nossa servidão. Mas
Jonas, que desceu em direcção ao navio, teve de subir para nele viajar. Da
mesma forma, Cristo, descido ao mundo, subiu, pelas Suas virtudes e
milagres, para o navio da Sua Igreja.




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