quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 09 de Setembro de 2010
Quinta-feira da 23ª semana do Tempo Comum

S. Pedro Claver
S. Pedro Claver, presbítero, +1654, Beato Frederico Ozanam, leigo, +1853



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Isaac : «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso»

Leituras

1 Cor. 8,1-7.11-13.
Acerca das carnes imoladas aos ídolos, sabemos que todos já estamos
instruídos. A ciência incha, mas a caridade edifica.
Se alguém pensa que sabe alguma coisa, ainda não sabe como deveria saber.
Mas se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Deus.
Portanto, quanto ao consumo de carnes imoladas aos ídolos, sabemos que um
ídolo não é nada no mundo, e que não há outro deus a não ser o Deus único.
Pois, embora haja pretensos deuses, quer no céu quer na terra – e há muitos
deuses e muitos senhores –
para nós, contudo, um só é Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem
nós somos, e um só é o Senhor Jesus Cristo, por meio do qual tudo existe e
mediante o qual nós existimos.
Mas nem todos têm esta ciência. Alguns, acostumados até há pouco ao culto
dos ídolos, comem a carne como se fosse um verdadeiro sacrifício aos
ídolos, e a sua consciência, fraca como é, fica manchada.
E assim, pela tua ciência, vai perder-se quem é fraco, um irmão pelo qual
Cristo morreu.
Pecando contra os próprios irmãos e ferindo a consciência deles que é
débil, é contra Cristo que pecais.
Por isso, se um alimento for motivo de queda para o meu irmão, nunca mais
voltarei a comer carne, para não causar a queda do meu irmão.


Salmos 139(138),1-3.13-14.23-24.
SENHOR, Tu examinaste-me e conheces-me,
sabes quando me sento e quando me levanto; à distância conheces os meus
pensamentos.
Vês-me quando caminho e quando descanso; estás atento a todos os meus
passos.
Tu modelaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio de minha mãe.
Dou-te graças por tão espantosas maravilhas; admiráveis são as tuas obras.
Examina-me, SENHOR, e vê o meu coração; põe-me à prova para saber os meus
pensamentos.
Vê se é errado o meu caminho e guia-me pelo caminho eterno.


Lucas 6,27-38.
«Digo-vos, porém, a vós que me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem
aos que vos odeiam,
abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam.
A quem te bater numa das faces, oferece-lhe também a outra; e a quem te
levar a capa, não impeças de levar também a túnica.
Dá a todo aquele que te pede e, a quem se apoderar do que é teu, não lho
reclames.
O que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lho vós também.
Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também
amam aqueles que os amam.
Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os
pecadores fazem o mesmo.
E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento
mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem
outro tanto.
Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada
esperar em troca. Então, a vossa recompensa será grande e sereis filhos do
Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus.
Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»
«Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados;
perdoai e sereis perdoados.
Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será
lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada
convosco.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Isaac, o Sírio (séc. VII), monge perto de Mossul
Discursos ascéticos, 1.ª série, n.º 81 (a partir da trad. AELF; cf trad. Touraille, DDB 1981, p. 395)

«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso»

Não procures distinguir o homem digno do que não o é. Que a teus olhos
todos os homens sejam iguais para os amares e os servires da mesma forma.
Poderás assim levá-los a todos ao bem. Não partilhou o Senhor a mesa dos
publicanos e das mulheres de má vida, sem afastar de Si os indignos? Do
mesmo modo, concederás tu benefícios iguais e honras iguais ao infiel, ao
assassino, tanto mais que também ele é teu irmão, pois participa da única
natureza humana. Aqui está, meu filho, um mandamento que te dou: que a
misericórdia pese sempre mais na tua balança, até ao momento em que
sentires em ti a misericórdia que Deus tem para com o Mundo.


Quando percebe o homem que atingiu a pureza do coração? Quando considerar
que todos os homens são bons, e nem um lhe apareça impuro e maculado.
Então, em verdade ele é puro de coração (Mt 5, 8) [...].


O que é esta pureza? Em poucas palavras, é a misericórdia do coração para
com o universo inteiro. E o que é a misericórdia do coração? É a chama que
o inflama por toda a criação, pelos homens, pelos pássaros, pelos animais,
pelos demónios, por todo o ser criado. Quando o homem pensa neles, quando
os olha, sente os olhos encherem-se das lágrimas de uma profunda, uma
intensa piedade que lhe aperta o coração, e que o torna incapaz de ouvir,
de ver, de tolerar o erro ou a aflição, mesmo ínfimos, sofridos pelas
criaturas. É por isso que, numa oração acompanhada por lágrimas, devemos
sempre pedir tanto pelos seres desprovidos de fala como pelos inimigos da
verdade, como ainda pelos que a maltratam, para que sejam salvos e
purificados. No coração do homem nasce uma compaixão imensa e sem limites,
à imagem de Deus.




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