quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 29 de Outubro de 2010
Sexta-feira da 30ª semana do Tempo Comum

S. Narciso, bispo de Jerusalém, +212



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado Guerric d'Igny : Jesus à mesa com os fariseus

Leituras

Filip. 1,1-11.
Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus
que estão em Filipos, com seus bispos e diáconos:
a vós a graça e a paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!
Todas as vezes que me lembro de vós, dou graças ao meu Deus,
sempre, em toda a minha oração por todos vós. É uma oração que faço com
alegria,
por causa da vossa participação no anúncio do Evangelho, desde o primeiro
dia até agora.
E é exactamente nisto que ponho a minha confiança: aquele que em vós deu
início a uma boa obra há-de levá-la ao fim, até ao dia de Cristo Jesus.
É justo que eu tenha tais sentimentos por todos vós, pois tenho-vos no
coração, a todos vós que, nas minhas prisões e na defesa e consolidação do
Evangelho, participais na graça que me foi dada.
Pois Deus é minha testemunha de quanto anseio por todos vós, com a afeição
de Cristo Jesus.
E é por isto que eu rezo: para que o vosso amor aumente ainda mais e mais
em sabedoria e toda a espécie de discernimento,
para vos poderdes decidir pelo que mais convém, e assim sejais puros e
irrepreensíveis para o dia de Cristo,
repletos do fruto da justiça, daquele que vem por Jesus Cristo, para glória
e louvor de Deus.


Salmos 111(110),1-2.3-4.5-6.
Louvarei o SENHOR de todo o coração, no conselho dos justos e na
assembleia.
Grandes são as obras do SENHOR, dignas de meditação para quem as ama.
As suas obras têm majestade e esplendor; a sua justiça permanece para
sempre.
Deixou-nos um memorial das suas maravilhas. O SENHOR é bondoso e
compassivo;
dá sustento aos que o temem e jamais se esquece da sua aliança.
Revelou ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações.



Lucas 14,1-6.
Tendo entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus para
comer uma refeição, todos o observavam.
Achava-se ali, diante dele, um hidrópico.
Jesus, dirigindo a palavra aos doutores da Lei e fariseus, disse-lhes: «É
permitido ou não curar ao sábado?»
Mas eles ficaram calados. Tomando-o, então, pela mão, curou-o e mandou-o
embora.
Depois, disse-lhes: «Qual de vós, se o seu filho ou o seu boi cair a um
poço,
não o irá logo retirar em dia de sábado?» E a isto não puderam replicar.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado Guerric d'Igny (c. 1080-1157), monge cisterciense
(a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, p. 299)

Jesus à mesa com os fariseus

O Criador eterno e invisível do mundo, dispondo-Se a salvar o género humano
que se arrastava ao longo dos tempos sujeito às duras leis da morte,
«nestes tempos que são os últimos» (Heb 1, 2) dignou-Se encarnar [...],
para resgatar, na Sua clemência, os que na Sua justiça havia condenado.
Para mostrar a profundidade do Seu amor por nós, não apenas Se fez homem,
mas homem pobre e humilde, para que, ao aproximar-Se de nós na Sua pobreza,
nos levasse a ter parte nas Suas riquezas (2 Cor 8, 9). Fez-Se tão pobre
por nós, que não tinha onde repousar a cabeça: «As raposas têm tocas e as
aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a
cabeça» (Mt 8, 20).


Foi por isso que aceitou ir comer uma refeição com os que O convidaram, não
pelo gosto imoderado da comida, mas para aí ensinar a salvação e suscitar a
fé. E encheu os convivas de luz pelos Seus milagres. E os servos, que
estavam ocupados no interior e não tinham a liberdade de chegar perto Dele,
ouviram a palavra da salvação. Com efeito, Ele não menosprezava ninguém,
ninguém era indigno do Seu amor porque «Vós tendes compaixão de todos,
[...] amais tudo o que existe, e não aborreceis nada do que fizestes» (Sab
11, 23-24).


Portanto, para realizar a Sua obra de salvação, o Senhor entrou, num
sábado, na casa de um fariseu importante. Os escribas e os fariseus
observavam-No para O poderem repreender, a fim de que, se Ele curasse o
hidrópico, O poderem acusar de violar a Lei e, se não o curasse, O acusarem
de impiedade ou fraqueza. [...] Pela luz puríssima da Sua palavra de
verdade, viram desvanecerem-se todas as trevas da sua mentira.




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