segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 01 de Fevereiro de 2011
Terça-feira da 4ª semana do Tempo Comum

Santa Veridiana, virgem penitente, + 1242, Beata Ana Michelotti, religiosa fundadora, +1887, S. Severo, bispo, +409



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Jerónimo : «Levanta-te»

Leituras

Heb. 12,1-4.
Deste modo, também nós, circundados como estamos de tal nuvem de
testemunhas, deixando de lado todo o impedimento e todo o pecado, corramos
com perseverança a prova que nos é proposta,
tendo os olhos postos em Jesus, autor e consumador da fé. Ele, renunciando
à alegria que lhe fora proposta, sofreu a cruz, desprezando a ignomínia, e
sentou-se à direita do trono de Deus.
Considerai, pois, aquele que sofreu tal oposição por parte dos pecadores,
para que não desfaleçais, perdendo o ânimo.
Ainda não resististes até ao sangue na luta contra o pecado.


Salmos 22(21),26-27.28.30.31-32.
De ti vem o meu louvor na grande assembleia; cumprirei os meus votos na
presença dos teus fiéis.
Os pobres comerão e serão saciados; louvarão o SENHOR, os que o procuram.
"Vivam para sempre os vossos corações."
Hão de lembrar se do SENHOR e voltar se para Ele todos os confins da terra;
hão de prostrar se diante dele todos os povos e nações,
Diante dele hão de prostrar se todos os grandes da terra; diante dele
hão-de inclinar-se todos os que descem ao pó e assim deixam de viver.
Uma nova geração o servirá e narrará aos vindouros as maravilhas do Senhor;
ao povo que vai nascer dará a conhecer a sua justiça, contará o que Ele
fez.


Marcos 5,21-43.
Depois de Jesus ter atravessado, no barco, para a outra margem, reuniu-se
uma grande multidão junto dele, que continuava à beira-mar.
Chegou, então, um dos chefes da sinagoga, de nome Jairo, e, ao vê-lo,
prostrou-se a seus pés
e suplicou instantemente: «A minha filha está a morrer; vem impor-lhe as
mãos para que se salve e viva.»
Jesus partiu com ele, seguido por numerosa multidão, que o apertava.
Certa mulher, vítima de um fluxo de sangue havia doze anos,
que sofrera muito nas mãos de muitos médicos e gastara todos os seus bens
sem encontrar nenhum alívio, antes piorava cada vez mais,
tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-lhe, por
detrás, nas vestes,
pois dizia: «Se ao menos tocar nem que seja as suas vestes, ficarei
curada.»
De facto, no mesmo instante se estancou o fluxo de sangue, e sentiu no
corpo que estava curada do seu mal.
Imediatamente Jesus, sentindo que saíra dele uma força, voltou-se para a
multidão e perguntou: «Quem tocou as minhas vestes?»
Os discípulos responderam: «Vês que a multidão te comprime de todos os
lados, e ainda perguntas: 'Quem me tocou?'»
Mas Ele continuava a olhar em volta, para ver aquela que tinha feito isso.
Então, a mulher, cheia de medo e a tremer, sabendo o que lhe tinha
acontecido, foi prostrar-se diante dele e disse toda a verdade.
Disse-lhe Ele: «Filha, a tua fé salvou-te; vai em paz e sê curada do teu
mal.»
Ainda Ele estava a falar, quando, da casa do chefe da sinagoga, vieram
dizer: «A tua filha morreu; de que serve agora incomodares o Mestre?»
Mas Jesus, que surpreendera as palavras proferidas, disse ao chefe da
sinagoga: «Não tenhas receio; crê somente.»
E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João,
irmão de Tiago.
Ao chegar a casa do chefe da sinagoga, encontrou grande alvoroço e gente a
chorar e a gritar.
Entrando, disse-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A
menina não morreu, está a dormir.»
Mas faziam troça dele. Jesus pôs fora aquela gente e, levando consigo
apenas o pai, a mãe da menina e os que vinham com Ele, entrou onde ela
jazia.
Tomando-lhe a mão, disse: «Talitha qûm!», isto é, «Menina, sou Eu que te
digo: levanta-te!»
E logo a menina se ergueu e começou a andar, pois tinha doze anos. Todos
ficaram assombrados.
Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse do sucedido e mandou dar de
comer à menina.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de São Marcos, n°3 (a partir da trad. SC 494, p. 129 rev.)

«Levanta-te»

«Tomando-lhe a mão, disse: 'Talitha qûm', que significa: 'Menina [...],
levanta-te!'» «Porque nasceste segunda vez, serás chamada 'menina'. Menina,
levanta-te por Mim, não porque o mereças, mas pela acção da Minha graça.
Levanta-te portanto por Mim: a tua cura não provém da tua força.» «E logo a
menina se levantou e começou a andar.» Que Jesus nos toque, a nós também, e
logo começaremos a andar. Embora estejamos paralisados, embora as nossas
obras sejam más e não possamos andar, embora estejamos deitados no leito
dos nossos pecados [...], se Jesus nos tocar, ficaremos imediatamente
curados. A sogra de Pedro estava atormentada pela febre: Jesus tocou-lhe
com a mão, ela levantou-se e serviu-O imediatamente (Mc 1, 31). [...]


«Todos ficaram assombrados. Recomendou-lhes vivamente que ninguém soubesse
do sucedido.» Eis a razão porque Ele mandou sair toda aquela multidão para
fazer um milagre. Ele mandou, e não só mandou, mas ordenou que ninguém
soubesse. Ele ordenou aos três apóstolos, e ordenou também aos pais que
ninguém soubesse. O Senhor ordenou a todos, mas a menina não pôde ficar
calada, ela que se tornou a levantar.


«E mandou dar de comer à menina»: para que a sua ressurreição não fosse
considerada como a aparição de um fantasma. E Ele próprio, depois da Sua
ressurreição, comeu peixe e um bolo de mel (Lc 24, 42). [...] Suplico-te,
Senhor, que também a nós que estamos deitados nos toques com a Tua mão;
levanta-nos do leito dos nossos pecados e põe-nos a andar. Quando
estivermos a andar, manda darem-nos de comer. Deitados, não podemos comer;
se não estivermos levantados, não seremos capazes de receber o Corpo de
Cristo.




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33catolico a serviço da Igreja

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Liturgia Diária 31/01/2011 - SEGUNDA-FEIRA - Igreja Católica

Posted: 31 Jan 2011 02:24 AM PST

Liturgia Diária 31/01/2011 - SEGUNDA-FEIRA
4ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio Comum ou dos Pastores - Ofício da Memória - Ano Litúrgico "A"

Antífona: Marcos 10,14 - Deixai vir a mim os pequeninos e não impeçais, diz o Senhor. O reino do céu pertence aos que parecem com eles.

Oração do Dia: Ó Deus, que suscitastes são João Bosco para educador e pai dos adolescentes, fazei que, inflamados da mesma caridade, procuremos a salvação de nossos irmãos, colocando-nos inteiramente ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Intenções do mês de JANEIRO:

Geral: Para que as riquezas da criação sejam preservadas, valorizadas e disponibilizadas a todos, como dom precioso de Deus aos homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Missionária: Para que os cristãos possam alcançar a plena unidade, testemunhando a todo o gênero humano a paternidade universal de Deus. Amém.

Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.

Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento – NALC 44.

Primeira Leitura: Carta aos Hebreus 11,32-40
Estes, pela fé, conquistaram reinos.
Deus estava prevendo, para nós, algo melhor.
Irmãos, que mais devo dizer? Não teria tempo de falar mais sobre Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas. Estes, pela fé, conquistaram reinos, praticaram a justiça, foram contemplados com promessas, amordaçaram a boca dos leões, extinguiram o poder do fogo, escaparam do fio da espada, recobraram saúde na doença, mostraram-se valentes na guerra, repeliram os exércitos estrangeiros.

Mulheres reencontraram os seus mortos pela ressurreição. Outros foram esquartejados, ou recusaram o resgate, para chegar a uma ressurreição melhor. Outros ainda sofreram a provação dos escárnios, experimentaram o açoite, as correntes, as prisões. Foram apedrejados, foram serrados, ou morreram a golpes de espada. Levaram vida errante, vestidos com pele de carneiro ou pêlos de cabra; oprimidos e atribulados, sofreram privações.

Eles, de quem o mundo não era digno, erravam pelos desertos e pelas montanhas, pelas grutas e cavernas da terra. E, no entanto, todos eles, se bem que pela fé tenham recebido um bom testemunho, apesar disso não obtiveram a realização da promessa. Pois Deus estava prevendo, para nós, algo melhor. Por isso não convinha que eles chegassem à plena realização sem nós. - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia: Embora sobrenatural, a fé como experiência humana é a capacidade de dom e de risco em relação ativa com o próprio futuro e a própria segurança, é a disponibilidade diante do novo. Os israelitas demonstravam não ter fé quando, no deserto, voltavam a pensar num bem-estar limitado, mas seguro, enquanto que, diante de um futuro incerto e duro, tinham apenas a seu favor a promessa de Deus.

Salmo: 30 (31)
Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!
Como é grande, ó Senhor, vossa bondade,
que reservastes para aqueles que vos temem!
Para aqueles que em vós se refugiam,
mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

Na proteção de vossa face os defendeis
bem longe das intrigas dos mortais.
No interior de vossa tenda os escondeis,
protegendo-os contra as línguas maldizentes.

Seja bendito o Senhor Deus, que me mostrou
seu grande amor numa cidade protegida!

Eu que dizia quando estava perturbado:
Fui expulso da presença do Senhor!
Vejo agora que ouvistes minha súplica,
quando a vós eu elevei o meu clamor.

Amai o Senhor Deus, seus santos todos,
ele guarda com carinho seus fiéis,
mas pune os orgulhosos com rigor.

Evangelho segundo Marcos 5,1-20
Espírito impuro, sai desse homem!
Naquele tempo, Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro. Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo. Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras.

Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele e gritou bem alto: "Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!" Com efeito, Jesus lhe dizia: "Espírito impuro, sai desse homem!" Então Jesus perguntou: "Qual é o teu nome?" O homem respondeu: "Meu nome é 'Legião', porque somos muitos". E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região.

Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. O espírito impuro suplicou, então: "Manda-nos para os porcos, para que entremos neles". Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a manada — mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou. Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído por Legião. E ficaram com medo.

Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o endemoninhado e com os porcos. Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: "Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti". E o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados. - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho: Entre batizados, é raro um caso de possessão demoníaca. Na China e na Índia, cujas populações são predominantemente pagãs, missionários verificaram que ali são mais freqüentes essas invasões do Maligno.

Segundo Dr. Philippe Madre, médico católico, um dos principais dirigentes da Comunidade das Beatitudes, há quatro graus de ação demoníaca sobre a pessoa humana: a tentação, a infestação, a possessão e a sujeição. Na tentação, o inimigo está de fora, sugerindo o mal ou tentando afastar-nos do bem. Na infestação, alguma de nossas faculdades (imaginação, memória, inteligência, etc.) é fortemente afetada ou abalada pelo Maligno, mas ainda temos liberdade para agir conforme a própria volição.

Na possessão, a pessoa é tomada (entre batizados, isto só acontece com a própria colaboração, nunca como invasão à força!) e já não consegue usar livremente sua vontade. Vi, pessoalmente, casos em que o possesso tentava e não conseguia rezar o Pai-Nosso. A voz emitida lembrava o  rosnar de um animal feroz. A recuperação da liberdade exigirá a ação de um exorcista.

Na sujeição, a situação é ainda mais grave, pois alguém se entrega ao demônio como um agente do mal. É o caso de mulheres que, conscientemente, se dedicam a desviar sacerdotes de seu ministério. É também o de membros de seitas satânicas, que "celebram" missas negras e oferecem sacrifícios humanos ao príncipe das trevas. Esse tipo de culto vem-se propagando nos EUA e na União Européia, de forma crescente, após a Segunda Guerra Mundial.

Neste Evangelho, interpelado por Jesus, o demônio se autodenomina "Legião". Trata-se de um coletivo para o grupamento do exército romano, que podia variar de 3000 a 6000 soldados ou legionários. No caso, a palavra serve de imagem para a despersonalização da pessoa, quando diferentes "eus" convivem no seu íntimo, a ponto de perder o domínio sobre si mesma.

Em tempos de racionalismo, comete-se um grande esforço para negar aquilo que faz parte da mais legítima tradição católica: a existência de anjos bons e anjos maus (demônios), reduzindo tais manifestações a distúrbios do psiquismo, alucinações coletivas, projeções do inconsciente e fenômenos parapsicológicos. Não é esta, porém, a doutrina da Igreja.

Em alocução de 15/11/1972, o Papa Paulo VI advertia: "O mal já não é apenas uma deficiência, mas uma eficiência, um ser vivo, espiritual, pervertido e perversor. Trata-se de uma realidade terrível, misteriosa e medonha. [...] Sai do âmbito dos ensinamentos bíblicos e eclesiásticos quem se recusa a reconhecer a existência desta realidade".

Fonte: CNBB – Missal Cotidiano – Com. Católica Nova Aliança
Comentário do Evangelho: Antonio Carlos Santini

Adaptação: 33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

O que é ser feliz? – Igreja Católica

Posted: 31 Jan 2011 01:27 AM PST

O que é ser feliz? – Igreja Católica

A sede de felicidade foi colocada em nosso coração pelo próprio Deus, porque ele nos criou para sermos felizes com Ele. Mas o pecado desvirtuou o sentido da felicidade; e agora, ao invés de buscarmos a felicidade que traz alegria, corremos atrás da felicidade que traz somente o prazer.

Inventaram agora um tal SEGREDO, através do qual você pode satisfazer todos os seus desejos não atendidos até hoje; é um sonho, uma miragem no deserto. A felicidade não é esta proposta por esta magia fantasiosa. A Carta da Felicidade é aquela que Jesus nos ensinou no Sermão da Montanha.

·         Ser feliz não é ter uma vida perfeita, sem dor e sem lágrimas; mas saber usar as lágrimas para regar a esperança e a alegria de viver. Ser feliz é saber usar as pedras nas quais tropeçamos para reforçar as bases da paciência e da tolerância. Não é apenas se encantar com os aplausos e elogios; mas saber encontrar uma alegria perene no anonimato.
·         Ser feliz não é voar num céu sem tempestade, caminhar numa estrada sem acidentes, trabalhar sem fadiga e cansaço, ou viver relacionamentos sem decepções; é saber tirar a alegria de tudo isto e apesar de tudo isto.
·         Ser feliz não é só valorizar o sorriso e a festa, mas saber também refletir sobre o valor da dor e a tristeza. Não é só se rejubilar com os sucessos e as vitórias, mas saber tirar as grandes lições de cada fracasso amargo.
·         Ser feliz é não se decepcionar e nem desanimar com os obstáculos e dificuldades, mas usá-los para abrir as janelas da inteligência e modelar a maturidade.
·         Ser feliz é ser forte na hora de perdoar, ter esperança no meio da batalha árdua, lutar com bravura diante do medo, saber suportar os desencontros. É acreditar que a vida é a maior empresa do mundo.
·         Ser feliz é jamais desistir de si mesmo e das outras pessoas. É jamais desistir de ser feliz; vivendo e crendo que a vida é um espetáculo e um banquete.
·         Ser feliz é uma atitude de vida; uma maneira de encarar cada dia que recebemos como um lindo presente de Deus. É não se esquecer de agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida que se renova.
·         Ser feliz é crer que há pessoas esperando o seu sorriso e que precisam dele. É saber procurar o que há de bom em tudo e em todos, antes de ver os defeitos e os erros.
·         Ser feliz é não fazer dos defeitos dos outros uma distância, mas uma oportunidade de aproximação e de doação de si mesmo. É saber entender as pessoas que pensam diferente de nós e saber ouvi-las atentamente, sem respondê-las com raiva.
·         Ser feliz é saber ouvir o que cada pessoa tem a nos dizer, sem prejulgar ou desprezar o que tem para nos dizer. É saber sonhar, mas sem deixar o sonho se transformar em fuga alienante.
·         Ser feliz é fazer dos obstáculos degraus para subir, sem deixar de ajudar aqueles que não conseguem subir os degraus da vida. É saber a cada dia descobrir o que há de bom dentro de você e usar isto para o seu bem e o dos outros.
·         Ser feliz é saber sorrir, mas sem se esconder maliciosamente atrás do sorriso; mostrar-se como você é, sem medo. É não ter medo dos próprios sentimentos e ter coragem de se conhecer e de se amar. É deixar viver a criança alegre, feliz, simples e pacífica que existe dentro de você.
·         Ser feliz é ser capaz de atravessar um deserto fora de si mesmo, mas ser sempre capaz de encontrar um oásis dentro no seu interior.
·         Ser feliz é ter coragem de ouvir um Não e continuar a caminhada sem desanimar e desesperar. É ser capaz de recomeçar de novo quando se errou o caminho. É acreditar que a vida é mais bela do que as suas dores, desafios, incompreensões e crises.
·         Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se fazer autor da própria história.
·         Ser feliz é ter maturidade para saber dizer "eu errei"; "eu não sei"; "eu preciso de você"…
·         Ser feliz é ter os pés na terra e a cabeça nas estrelas; ser capaz de sonhar, sem medo dos sonhos, mas saber transformar os sonhos em metas.
·         Ser feliz é ser determinado e nunca abrir mão de construir seu destino e arquitetar sua vida; não ter medo de mudanças e saber tirar proveito delas. Saber tornar o trabalho objeto de prazer e realização pessoal.
·         Ser feliz é estar sempre pronto a aprender e se orgulhar de absorver o novo. Ter coragem para abrir caminhos, enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos calculados. Sem medo de errar.
·         Ser feliz é saber construir equipes e se integrar nelas. Não tomar para si o poder, mas saber compartilhá-lo. Saber estimular e fortalecer os outros, sem receio que lhe façam sombra. É saber criar em torno de si um ambiente de fé  e de entusiasmo.
·         Ser feliz é não se empolgar com seu próprio brilho, mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto. É ter a percepção do todo sem perder a riqueza dos detalhes.
·         Ser feliz é não se esquecer de agradecer o Sol, desfrutar gratuitamente dos encantos da natureza, do canto dos pássaros, do murmúrio do mar, do brilho das estrelas, do aroma das flores, do sorriso das crianças.
·         Ser feliz é cultivar muitas amizades; é estar pronto para ser ofendido sem ofender, sem julgar e condenar.
·         Ser feliz é não ter inveja e saber se contentar com o que se tem; é saber aproveitar o tempo que passa; é não sofrer por antecipação o que ainda não aconteceu; é saber valorizar acima de tudo a vida.
·         Ser feliz é falar menos do que se pensa; é cultivar uma voz baixa. É nunca deixar passar uma oportunidade sem fazer o bem a alguém.
·         Ser feliz é saber chorar com os que choram, sorrir com os que sorriem, rezar com os que rezam.
·         Ser feliz é saber discordar sem se ofender e brigar; é recusar-se a falar das faltas dos outros; é não murmurar.
·         Ser feliz é saber respeitar os sentimentos dos outros; não magoar ninguém com gracejos e críticas ácidas.
·         Ser feliz é não precisar ficar se justificando; pois os amigos não precisam de explicações e os inimigos não acreditam nelas.
·         Ser feliz é nunca se revoltar com a vida; é agir como a árvore que permanece calada mesmo observando com tristeza que o cabo do machado que a corta é feito de sua madeira.
·         Ser feliz é ser como a raiz da árvore que passa a vida toda escondida para poder sustentá-la.
·         Ser feliz é não deixar que a tristeza apague o seu sorriso; é não permitir que o rancor elimine o perdão; que as decepções eliminem a confiança; que o fracasso vença o desejo da vitória; que os erros vençam os acertos; que a ingratidão te faça parar de ajudar; que a velhice elimine em você o animo da juventude; que a mentira sufoque a verdade.
·         Ser feliz é ter força para ser firme, mas ter coragem para ser gentil; é ter coragem para ter dúvida.
·         Ser feliz é ter o universo como caminho; o amor como lei; a paz como abrigo; a experiência como escola; a dificuldade como estímulo; o trabalho como benção; o equilíbrio como atitude; a dor como advertência; a perfeição como meta.
·         Ser feliz é amar a Deus e ao próximo.

Texto: Prof. Felipe Aquino
Fonte: blog.cancaonova.com/felipeaquino/

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Comunidade São Paulo Apóstolo

Religiosidade popular – Igreja Católica

Posted: 31 Jan 2011 01:16 AM PST

A religiosidade popular e suas manifestações

Em toda parte e de muitas maneiras percebemos a religiosidade do povo acreditando que Deus está presente em sua historia. Isto fica mais evidente e visível nas festas dos padroeiros e das padroeiras, como pudemos experimentar no domingo passado, em Venâncio Aires, na festa de São Sebastião Mártir. É o que também pudemos experimentar em muitas outras festas e romarias de que participamos recentemente.

São milhares de fieis que se reúnem devotamente em torno dos santos e das santas. Acorrem aos santuários para agradecer e pedir graças, fazer e pagar promessas pelos benefícios recebidos de Deus por intermédio dos santos. Essas maneiras de expressar a fé merecem o respeito e apoio da Igreja, pois manifestam o sentimento religioso e a piedade da alma do povo que busca, na religiosidade popular, saciar a sede do Deus vivo, e nele encontrar soluções para seus problemas existenciais. Torna-se, assim, expressão da espiritualidade popular.

Entre as expressões da espiritualidade popular contam-se as festas patronais, as novenas, os rosários e via sacras, as procissões e romarias, as danças e os cânticos do folclore religioso, o carinho aos santos e santas, em especial a Nossa Senhora, as promessas, as ofertas e as orações e celebrações.

Destacamos, na religiosidade popular, as longas peregrinações e romarias, onde é possível reconhecer o Povo de Deus a caminho. Aí o cristão celebra a alegria de se sentir imerso em meio a muitos irmãos, caminhando juntos para Deus que os espera. O próprio Cristo se faz peregrino e caminha, ressuscitado, entre os seus.

A decisão de caminhar em direção ao santuário já é uma confissão de fé. O caminhar é um verdadeiro canto de esperança e a chegada é um encontro de amor. O olhar do peregrino se deposita sobre uma imagem que simboliza a ternura e a proximidade de Deus. A súplica sincera, que flui confiante, é a melhor expressão de um coração que renunciou à auto-suficiência, que sozinho nada pode. É por isso, que muitos, em diferentes momentos da vida cotidiana, recorrem a algum pequeno sinal do amor de Deus: um crucifixo, um terço, uma imagem, uma vela que se acende para acompanhar um familiar enfermo, um Pai Nosso recitado entre lágrimas, um olhar confiante a uma imagem querida de Maria e de algum outro santo, um sorriso dirigido ao Céu em meio a uma alegria singela.

Todas estas manifestações da religiosidade popular são legais e aprovadas. Merecem atenção e cultivo e precisam ser valorizadas positivamente, sob a luz do Espírito Santo, para que conduzam os fiéis a uma verdadeira vivência e testemunho missionário na Igreja de Jesus Cristo. É preciso ser cristão autêntico, assumindo sua fé na vivência da partilha dos seus dons a serviço de sua comunidade, viver a pertença da sua comunidade, participar dos movimentos, organismos, pastorais e serviços de sua comunidade eclesial. Ser sócio colaborador e dizimista de sua Igreja Comunidade.

Que as festas dos santos padroeiros e padroeiras, que recentemente celebramos e iremos celebrar, nos aproximem mais de Deus e da Igreja de seu Filho Jesus Cristo, para que alcancemos as graças necessárias para nossas vidas.

Que os santos padroeiros protejam nossas comunidades e famílias.

Dom Canísio Klaus
Bispo de Diamantino (MT)

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Comunidade São Paulo Apóstolo

4º Domingo do Tempo Comum “Bem-aventuranças”

Posted: 31 Jan 2011 01:03 AM PST

4º Domingo do Tempo Comum "Bem-aventuranças"

A liturgia deste domingo nos apresenta, para nossa reflexão, o tema da humildade. Na primeira leitura, o Profeta Sofonias nos recomenda a humildade para encontrarmos refúgio no Senhor e para a prática da justiça. Isto porque o humilde é pobre, sem poder e sem riqueza. Sua confiança está apenas no Senhor e não nos bens terrenos e nem na ação maléfica para garantir a estabilidade.

No contexto da liturgia de hoje, o conceito de pobre deixa de ser maldição e passa a ser bênção. O rico está de tal modo fascinado pelo conforto e segurança que o dinheiro traz, que se esquece de que tudo deve estar subordinado à justiça, à ética emanada da Lei de Deus, a Lei do Amor. O pobre, pelo contrário, confia plenamente no Senhor, em sua Providência, vivendo a justiça dos filhos de Deus, que nos torna irmãos de todos os homens.

No Evangelho, Jesus aprofunda o conceito de pobre e acrescenta pobres em espírito, ou seja, é bem-aventurado aquele que desapegado dos bens deste mundo, desapega-se também de atitudes nada fraternas como a arrogância, o poder opressor, e se compromete na construção de uma sociedade alicerçada na partilha de todos os bens, materiais ou não, e na fraternidade de seus pensamentos e ações.

Jesus declara bem-aventurado um mundo novo, de acordo com os planos do Pai. Ele quer salvar aqueles que ainda vivem no mundo antigo, corrompido, onde os únicos valores são riqueza, poder e glória. Jesus nos propõe desapego dos bens materiais, serviço e humildade. Esses são os valores da nova sociedade, vividos por aqueles que desejam construir o Reino de Deus. Nela todos serão felizes e não apenas um pequeno grupo de privilegiados.

Quando o Senhor fez seu sermão do alto da montanha, olhou em sua volta e encontrou a imensa multidão de sofredores, injustiçados, cansados, sobrecarregados com todos os tipos de fardos que podemos imaginar. São Paulo, em sua Carta aos Coríntios, mostra um espelho aos seus seguidores e comenta que sua comunidade é formada por fracos, desprezados, pessoas sem importância e valor. Esses foram os escolhidos por Deus para manifestar, neles, o carinho de sua glória. É a nova sociedade, onde Deus impera com sua justiça de amor.

Caríssimos irmãos, como somos nós? Como está nossa paróquia, nossa associação religiosa? Vivemos essa nova sociedade promulgada por Jesus, do alto da montanha, onde o pobre, o pecador são acolhidos com carinho e humildade de nossa parte, ou nossa vida cristã mostra exatamente o contrário do que Nosso Senhor ensinou?

Que o projeto de Jesus, para uma nova sociedade, esteja presente não apenas em nossa vida eclesial, mas também em nossa casa, em nosso trabalho profissional, em tudo onde estivermos atuando. Bem-aventurados aqueles que abrem mão de seus conceitos e verdades, para seguir integralmente os ensinamentos do Senhor!

Texto: Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J.
Fonte: Rádio Vaticano

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Angelus: A Igreja não teme perseguições diz Bento XVI

Posted: 31 Jan 2011 12:52 AM PST

Angelus: A Igreja não teme perseguições diz Bento XVI

Ao meio-dia deste domingo, Bento XVI assomou à janela de seus aposentos que dá para a Praça São Pedro, para rezar a oração do Angelus com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na praça.

A Igreja não teme a perseguição exercida contra ela por uma sociedade por demais voltada para o bem-estar e pouco propensa aos valores do espírito. Foi o que afirmou o Santo Padre na alocução que precedeu a oração mariana, comentando o Evangelho das Bem-aventuranças, proposto pela liturgia deste domingo.

Ao término da oração dominical, o Papa recordou o Dia mundial de luta contra a hanseníase e o "Dia internacional de intercessão pela paz na Terra Santa". O Pontífice, tendo consigo dois adolescentes da Ação Católica Italiana da Diocese de Roma, concluiu – da janela de seus aposentos – soltando duas pombas.

O dia em que Jesus transformou a montanha numa "cátedra" não o fez para lançar uma nova ideologia, mas para ensinar à humanidade que os bens do céu saciam realmente a fome e enxugam totalmente as lágrimas de quem sofre, muito mais do que as riquezas e as consolações terrenas.

Foi o ensinamento extraído por Bento XVI, que se deteve numa breve reflexão sobre o "grande discurso" das Bem-aventuranças – como o definiu – quase um Evangelho no Evangelho. A mensagem que Cristo lança da montanha, proclamando "Bem-aventurados" os rejeitados, "é dirigido ao mundo inteiro no presente e no futuro – afirmou o Pontífice – e pode ser compreendido e vivido somente seguindo Jesus":

"Não se trata de uma nova ideologia, mas de um ensinamento que vem do alto e toca a condição humana, justamente aquela que o Senhor, encarnando-se, quis assumir para salvá-la (...). As Bem-aventuranças são um novo programa de vida, para libertar-se dos falsos valores do mundo e abrir-se aos verdadeiros bens, presentes e futuros. De fato, quando Deus consola, sacia a fome de justiça, enxuga as lágrimas dos aflitos, significa que, além de recompensar cada um de modo sensível, abre o Reino dos Céus."

O Santo Padre observou que "as Bem-aventuranças são a transposição da cruz e da ressurreição na existência dos discípulos". Eles – acrescentou – "refletem a vida do Filho de Deus que se deixa perseguir, desprezar até a morte, a fim de que a salvação seja concedida aos homens". Uma atitude que incidiu profundamente nos dois mil anos de história da Igreja:

"O Evangelho das Bem-aventuranças se comenta com a própria história da Igreja, a história da santidade cristã, porque – como escreve São Paulo – "o que é fraqueza no mundo, Deus o escolheu para confundir o que é forte; o que é vil e desprezado para o mundo, o que não é, Deus escolheu para reduzir a nada o que é" (1 Cor 1,27-28). Por isso a Igreja não teme a pobreza, o desprezo, a perseguição numa sociedade muitas vezes atraída pelo bem-estar material e pelo poder mundano."

Após o Angelus, o Papa entrou em diálogo direto com os milhares de jovens e adolescentes da Ação Católica Italiana da Diocese de Roma, cerca de cinco mil, presentes na Praça São Pedro. Tendo partido da Praça Navona – centro de Roma – percorreram as ruas do centro na tradicional "Caravana da paz", até chegarem à Praça São Pedro, conduzidos pelo Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini.

Bento XVI os ouviu com atenção e depois cedeu o microfone a um deles, que citou alguns projetos de solidariedade promovidos pela Ação Católica de Jovens, lançando em seguida um apelo em favor da paz. Disse o adolescente:

"Ouvimos ultimamente muitas notícias ruins. Muitas pessoas decidem usar a violência para impor suas idéias políticas e religiosas. Todas as vezes que brigamos com os companheiros, os adultos sempre nos dizem que devemos fazer as pazes, que devemos conversar e caminhar concordes. E nós hoje queremos dizer a mesma coisa a todos: devemos nos querer bem como irmãos, independentemente da religião ou cultura à qual pertencemos!"

Pouco antes, o Pontífice se detivera sobre o Dia mundial de combate à hanseníase, saudando a Associação Italiana Amigos de Raul Follereau – que este ano completa 50 anos de atividades, e acrescentando uma oração em favor de quem ainda hoje é vítima da lepra:

"A lepra, embora em diminuição, infelizmente ainda atinge muitas pessoas em condições de grave miséria. Asseguro a todos os doentes uma oração especial, que estendo àqueles que os assistem e, de diferentes modos, se prodigalizam para debelar o morbo de Hansen."

O Pontífice fez votos de "serenidade e prosperidade" aos países do Extremo Oriente que nos próximos dias celebrarão o final do ano lunar. Falando aos fiéis e peregrinos de língua francesa, convidou os jovens francófonos a participarem, numerosos, da próxima Jornada Mundial de Juventude, que este ano terá lugar em Madri, na Espanha.

O Santo Padre concedeu a todos a sua Bênção Apostólica. (RL)

Fonte: Rádio Vaticano

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

domingo, 30 de janeiro de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 31 de Janeiro de 2011
Segunda-feira da 4ª semana do Tempo Comum

S. João Bosco, presbítero, +1888



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurada Teresa de Calcutá : «O homem que fora possesso suplicou-Lhe que o deixasse andar com Ele. [...] Disse-lhe antes: 'Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti'»

Leituras

Heb. 11,32-40.
Que mais direi? Faltar-me-ia o tempo se quisesse falar acerca de Gedeão,
Barac, Sansão, Jefté, David e Samuel e dos profetas,
os quais, pela fé, conquistaram reinos, exerceram a justiça, alcançaram
promessas, fecharam a boca de leões,
extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza,
recobraram a força, tornaram-se fortes na guerra, e puseram em fuga
exércitos estrangeiros.
Algumas mulheres recuperaram os seus mortos por meio da ressurreição.
Alguns foram torturados, não querendo aceitar a libertação, para obterem
uma ressurreição melhor;
outros sofreram a prova dos escárnios e dos flagelos, das cadeias e da
prisão.
Foram apedrejados, serrados ao meio, mortos ao fio da espada; andaram
errantes cobertos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados,
atribulados e maltratados;
homens de quem o mundo não era digno, andaram vagueando pelos desertos,
pelos montes, pelas grutas e pelas cavidades da terra.
E todos estes, apesar de terem recebido um bom testemunho, graças à sua fé,
não alcançaram a realização da promessa,
porque Deus tinha previsto algo de melhor para nós, de modo que eles não
alcançassem a perfeição sem nós.


Salmos 31,20.21.23.24.
Como é grande, SENHOR, a bondade que reservas para os que te são fiéis! Tu
a concedes, à vista de todos, àqueles que em ti confiam.
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas das intrigas dos homens; na tua tenda
os defendes contra as línguas maldizentes.
Na minha ansiedade, eu dizia: "Fui banido da tua presença." Tu, porém,
ouviste o brado da minha súplica, quando eu te invoquei.
Amai o SENHOR, todos vós, que sois seus amigos! O SENHOR protege os seus
fiéis, mas castiga com rigor os orgulhosos.


Marcos 5,1-20.
Chegaram à outra margem do mar, à região dos gerasenos.
Logo que Jesus desceu do barco, veio ao seu encontro, saído dos túmulos, um
homem possesso de um espírito maligno.
Tinha nos túmulos a sua morada, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo
com uma corrente,
pois já fora preso muitas vezes com grilhões e correntes, e despedaçara os
grilhões e quebrara as correntes; ninguém era capaz de o dominar.
Andava sempre, dia e noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar e a
ferir-se com pedras.
Avistando Jesus ao longe, correu, prostrou-se diante dele
e disse em alta voz: «Que tens a ver comigo, ó Jesus, Filho do Deus
Altíssimo? Conjuro-te, por Deus, que não me atormentes!»
Efectivamente, Jesus dizia: «Sai desse homem, espírito maligno.»
Em seguida, perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?» Respondeu: «O meu nome é
Legião, porque somos muitos.»
E suplicava-lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região.
Ora, ali próximo do monte, andava a pastar uma grande vara de porcos.
E os espíritos malignos suplicaram a Jesus: «Manda-nos para os porcos, para
entrarmos neles.»
Jesus consentiu. Então, os espíritos malignos saíram do homem e entraram
nos porcos, e a vara, cerca de uns dois mil, precipitou-se do alto no mar e
ali se afogou.
Os guardas dos porcos fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos. As
pessoas foram ver o que se passara.
Ao chegarem junto de Jesus, viram o possesso sentado, vestido e em perfeito
juízo, ele que estivera possuído de uma legião; e ficaram cheias de temor.
As testemunhas do acontecimento narraram-lhes o que tinha sucedido ao
possesso e o que se passara com os porcos.
Então, pediram a Jesus que se retirasse do seu território.
Jesus voltou para o barco e o homem que fora possesso suplicou-lhe que o
deixasse andar com Ele.
Não lho permitiu. Disse-lhe antes: «Vai para tua casa, para junto dos teus,
e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti e como teve misericórdia de
ti.»
Ele retirou-se, começou a apregoar na Decápole o que Jesus fizera por ele,
e todos se maravilhavam.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«No Greater Love» (a partir da trad. de «Il n'y a pas de plus grand amour», Lattès 1997, p. 26)

«O homem que fora possesso suplicou-Lhe que o deixasse andar com Ele. [...] Disse-lhe antes: 'Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti'»

Somos chamados a amar o mundo. E Deus amou de tal forma o mundo que lhe deu
Jesus (Jo 3, 16). Hoje, Ele ama de tal forma o mundo que nos dá ao mundo, a
ti e a mim, para que sejamos o Seu amor, a Sua compaixão e a Sua presença
através de uma vida de oração, de sacrifícios e de entrega. A resposta que
Deus espera de ti é que te tornes contemplativo, que sejas contemplativo.



Tomemos a palavra de Jesus a sério e sejamos contemplativos no coração do
mundo porque, se temos fé, estamos perpetuamente na Sua presença. Pela
contemplação a alma bebe directamente do coração de Deus as graças que a
vida activa está encarregada de distribuir. As nossas vidas devem estar
unidas a Cristo vivo que está em nós. Se não vivermos na presença de Deus,
não podemos perseverar.


O que é a contemplação? É viver a vida de Jesus. É assim que a compreendo.
Amar Jesus, viver a Sua vida no âmago da nossa e viver a nossa no seio da
Sua. [...] A contemplação não ocorre por nos fecharmos num quarto obscuro,
mas por permitirmos a Jesus que viva a Sua Paixão, o Seu amor, a Sua
humildade em nós, que reze connosco, que esteja connosco e que santifique
através de nós. A nossa vida e a nossa contemplação são unas. Não é uma
questão de fazer, mas de ser. De facto, trata-se da plena fruição do nosso
espírito pelo Espírito Santo, que derrama em nós a plenitude de Deus e nos
envia a toda a Criação como mensagem Sua, pessoal, de amor (Mc 16, 15).




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sábado, 29 de janeiro de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 30 de Janeiro de 2011
4º Domingo do Tempo Comum - Ano A

4º Domingo Comum (semana IV do saltério)
Santa Jacinta Mariscotti, virgem, +1640, Santa Batilde, viúva, +680



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Jean Tauler : «Felizes os que choram, porque serão consolados»

Leituras

Sofonias 2,3.3,12-13.
Procurai o Senhor, vós todos, os humildes da terra que cumpris a sua lei.
Procurai a justiça, buscai a humildade: talvez assim acheis abrigo no dia
da cólera do Senhor.
Deixarei subsistir no meio de ti um povo pobre e humilde; eles procurarão
refúgio no nome do Senhor.
O resto de Israel não cometerá mais a iniquidade nem proferirá mentiras;
não se achará mais na sua boca uma língua enganadora. Eles apascentarão e
repousarão sem que ninguém os inquiete.


Salmos 146,7.8-9.10.
Ele é eternamente fiel à sua palavra; salva os oprimidos, dá pão aos que
têm fome; o SENHOR liberta os prisioneiros.
SENHOR dá vista aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama o
homem justo.
SENHOR protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva,
mas entrava o caminho aos pecadores.
SENHOR reinará eternamente! O teu Deus, ó Sião, reinará por todas as
gerações!


1 Cor. 1,26-31.
Considerai, pois, irmãos, a vossa vocação: humanamente falando, não há
entre vós muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres.
Mas o que há de louco no mundo é que Deus escolheu para confundir os
sábios; e o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o
que é forte.
O que o mundo considera vil e desprezível é que Deus escolheu; escolheu os
que nada são, para reduzir a nada aqueles que são alguma coisa.
Assim, ninguém se pode vangloriar diante de Deus.
É por Ele que vós estais em Cristo Jesus, que se tornou para nós sabedoria
que vem de Deus, justiça, santificação e redenção,
a fim de que, como diz a Escritura, aquele que se gloria, glorie-se no
Senhor.


Mateus 5,1-12.
Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os
discípulos aproximaram-se dele.
Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:
«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o
Reino do Céu.
Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem
todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois
também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo
Sermão 71, para a festa de Todos os Santos (a partir da trad. Cerf. 1991, p. 573 rev.)

«Felizes os que choram, porque serão consolados»

«Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte [...] e começou a ensiná-los» A
montanha a que Jesus subiu foi a da Sua própria felicidade e a da Sua
essência, na qual Ele é um com Seu Pai. E foi seguido por uma grande
multidão: é a multidão dos santos cuja festa se celebra hoje; todos O
seguiram, cada um de acordo com a vocação a que Deus o chamou. Nisso
devemos imitá-los, prestando antes de mais atenção à nossa vocação, para
nos assegurarmos daquilo a que Deus nos chama e seguir então esta chamada.
[...]


Chegado ao cimo da montanha, Jesus começou a falar e proclamou as oito
bem-aventuranças. [...] «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o
Reino do Céu.» A primeira virtude é a pobreza espiritual, porque ela é o
início e a base de toda a perfeição. Viremos esta questão de todas as
formas, no fundo, será sempre necessário que o homem seja despojado,
desamarrado, livre, pobre e desligado de toda a riqueza, para que Deus
realmente conclua a Sua obra. O homem tem de se desembaraçar de todo e
qualquer laço; somente assim Deus poderá estar com ele. [...]


«Felizes os mansos, porque possuirão a terra» por toda a eternidade. Dá-se
aqui um passo mais porque, pela verdadeira pobreza, libertamo-nos dos
obstáculos, mas com a doçura penetramos mais nas profundezas, expulsamos
toda a amargura, toda a irritabilidade e toda a imprudência. [...] Para
quem é manso, nada é amargo. Para os que são bons, também tudo é bom; tudo
vem do seu fundo bom e puro. [...] Quem é manso possui a terra, residindo
na paz, aconteça-lhe o que lhe acontecer. Mas, se não agires assim,
perderás simultaneamente esta virtude e a paz, e poder-se-á dizer de ti que
és um quezilento e comparar-te a um cão tinhoso.


«Felizes os que choram [...].» Quem são por conseguinte estes que choram?
Num certo sentido, são os que sofrem; noutro, são os que choram os seus
pecados. Mas os nobres amigos de Deus, que neste aspecto são os mais
felizes de todos, terminaram de chorar os seus pecados [...]; e contudo não
deixam de chorar: choram os pecados e as faltas do seu próximo. [...] E
assim, os verdadeiros amigos de Deus choram devido à cegueira e à miséria
dos pecados do mundo.




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