domingo, 6 de março de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 07 de Março de 2011
Segunda-feira da 9ª semana do Tempo Comum

Santas Perpétua e Felicidade, mártires, +203, S. Pedro Sukeyiro, terceiro franciscano, mártir, +1597



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Boaventura : «Eu sou a verdadeira vinha» (Jo 15, 1)

Leituras

Tob. 1,1.2.2,1-9.
Livro da história de Tobite, filho de Tobiel, filho de Ananiel, filho de
Aduel, filho de Gabael, filho de Rafael, filho de Raguel da descendência de
Assiel, da tribo de Neftali,
o qual, no tempo de Salmanasar, rei da Assíria, foi levado cativo de Tisbé,
que fica à direita de Cadés de Neftali, na Galileia Setentrional, acima de
Haçor, do outro lado do caminho do Poente, à esquerda de Fogor.
Sob o reinado do rei Saquerdão, voltei para a minha casa e foi-me
restituída a companhia da minha mulher Ana e do meu filho Tobias. Pela
festa do Pentecostes, que é a nossa festa das Semanas, mandei preparar um
bom almoço e reclinei-me para comer.
Mas, ao ver a mesa coberta com tantas comidas finas, disse a Tobias:
«Filho, vai procurar, entre os nossos irmãos cativos em Nínive, um pobre
que seja de coração fiel, e trá-lo para que participe da nossa refeição. Eu
espero por ti, meu filho.»
Tobias saiu à procura de um pobre entre os nossos irmãos. Ao regressar
disse: «Pai.» Eu respondi: «Eis-me aqui, meu filho.» Tobias continuou:
«Pai, alguém da nossa linhagem está morto na praça pública, onde o
estrangularam.»
Levantei-me, então, sem nada ter comido e levei o cadáver da praça para um
casebre, esperando o pôr-do-sol para o poder sepultar.
A seguir, voltei, lavei-me e almocei com tristeza,
recordando-me das palavras do profeta Amós, ditas sobre Betel: «As vossas
festas converter-se-ão em luto e os vossos cantos, em lamentações.» E eu
chorei.
Quando mais tarde o sol se pôs, saí, cavei uma cova e sepultei-o.
Os meus vizinhos, porém, zombavam de mim, dizendo: «Ainda agora não tem
medo. Já o procuraram para o matar por causa disso e teve de fugir;
contudo, ei-lo de novo a sepultar os mortos.»
Naquela mesma noite, depois de ter enterrado o cadáver, lavei-me, entrei no
pátio da casa e deitei-me junto do muro, deixando a face descoberta por
causa do calor.


Salmos 112(111),1-2.3-4.5-6.
Feliz o homem que teme o SENHOR e se compraz nos seus mandamentos.
sua descendência será poderosa sobre a terra, e bendita, a geração dos
justos.
Haverá na sua casa abundância e riqueza e a sua prosperidade durará para
sempre.
Brilha para os homens rectos como luz nas trevas: ele é piedoso, clemente e
compassivo.
Feliz o homem que se compadece e empresta e administra os seus bens com
justiça.
Este jamais sucumbirá. O justo deixará memória eterna.


Marcos 12,1-12.
Jesus começou a falar-lhes em parábolas: «Um homem plantou uma vinha,
cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e construiu uma torre. Depois,
arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe.
A seu tempo enviou aos vinhateiros um servo, para receber deles parte do
fruto da vinha.
Eles, porém, prenderam-no, bateram-lhe e mandaram-no embora de mãos vazias.

Enviou-lhes, novamente, outro servo. Também a este partiram a cabeça e
cobriram de vexames.
Enviou outro, e a este mataram-no; mandou ainda muitos outros, e bateram
nuns e mataram outros.
Já só lhe restava um filho muito amado. Enviou-o por último, pensando:
'Hão-de respeitar o meu filho'.
Mas aqueles vinhateiros disseram uns aos outros: 'Este é o herdeiro. Vamos
matá-lo e a herança será nossa'.
Apoderaram-se dele, mataram-no e lançaram-no fora da vinha.
Que fará o dono da vinha? Regressará e exterminará os vinhateiros e
entregará a vinha a outros.
Não lestes esta passagem da Escritura: A pedra que os construtores
rejeitaram tornou-se pedra angular.
Tudo isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos?»
Eles procuravam prendê-lo, mas temiam a multidão; tinham percebido bem que
a parábola era para eles. E deixando-o, retiraram-se.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
A vinha mística, c. 5, 4-5 (erradamente atribuído a São Bernardo)

«Eu sou a verdadeira vinha» (Jo 15, 1)

Doce Jesus, em que estado Te vejo! Tão doce e tão cheio de amor, quem Te
condenou a uma morte tão amarga? Único Salvador das nossas feridas antigas,
quem assim Te leva a sofrer essas feridas que, para além de serem tão
cruéis, são tão ignominiosas? Doce vide, bom Jesus, eis o fruto que Te dá a
Tua vinha. [...]


Até este dia das Tuas núpcias, esperaste pacientemente que ela produzisse
uvas e ela não Te deu senão abrolhos (Is 5, 6). Coroou-Te de espinhos e
cercou-te dos espinhos dos seus pecados. Como se tornou amarga, esta vinha
que já não é Tua, mas que se tornou uma vinha estranha! Renegou-Te,
gritando: «Não temos outro rei senão César!» (Jo 19, 15). Depois de Te
terem expulsado da vinha, da Tua cidade e da Tua herança, estes vinhateiros
deram-Te a morte; não de um só golpe, mas depois de Te terem afligido com o
longo tormento da cruz e Te terem torturado com os ferimentos dos chicotes
e dos cravos. [...] Senhor Jesus, [...] Tu próprio entregas a Tua alma à
morte ─ ninguém Ta pode tirar, és Tu que a dás (Jo 10, 18). [...] Que
troca admirável! O Rei dá-Se como escravo, Deus pelo homem, o Criador por
aquele que criou, o Inocente pelos culpados.




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