domingo, 24 de abril de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 25 de Abril de 2011
2ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

2ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)
Santa Maria Eufrásia Pelletier, virgem, fundadora, +1868,  S. Marcos, evangelista



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Odilão de Cluny : «Ide anunciar aos Meus irmãos que partam para a Galileia: lá Me verão»

Leituras

Actos 2,14.22-33.

De pé, com os Onze, Pedro ergueu a voz e dirigiu-lhes então estas palavras: «Homens da Judeia e todos vós que residis em Jerusalém, ficai sabendo isto e prestai atenção às minhas palavras.
Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais que Deus realizou no meio de vós por seu intermédio, como vós próprios sabeis,
este, depois de entregue, conforme o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós o matastes, cravando-o na cruz pela mão de gente perversa.
Mas Deus ressuscitou-o, libertando-o dos grilhões da morte, pois não era possível que ficasse sob o domínio da morte.
David diz a seu respeito: 'Eu via constantemente o Senhor diante de mim, porque Ele está à minha direita, a fim de eu não vacilar.
Por isso o meu coração se alegrou e a minha língua exultou; e até a minha carne repousará na esperança,
porque Tu não abandonarás a minha vida na habitação dos mortos, nem permitirás que o teu Santo conheça a decomposição.
Deste-me a conhecer os caminhos da Vida, hás-de encher-me de alegria com a tua presença.'
Irmãos, seja-me permitido falar-vos sem rodeios: o patriarca David morreu e foi sepultado, e o seu túmulo encontra-se, ainda hoje, entre nós.
Mas, como era profeta e sabia que Deus lhe prometera, sob juramento, que um dos descendentes do seu sangue havia de sentar-se no seu trono,
viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Cristo por estas palavras: 'Não foi abandonado na habitação dos mortos e a sua carne não conheceu a decomposição.'
Foi este Jesus que Deus ressuscitou, e disto nós somos testemunhas.
Tendo sido elevado pelo poder de Deus, recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou-o como vedes e ouvis.


Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.

Defende me, ó Deus, porque em ti me refugio.
Digo ao SENHOR: "Tu és o meu Deus, és o meu bem e nada existe acima de ti."
SENHOR, minha herança e meu cálice, a minha sorte está nas tuas mãos.
Bendirei o SENHOR porque Ele me aconselha; até durante a noite a minha consciência me adverte.

Tenho sempre o SENHOR diante dos meus olhos; com Ele a meu lado, jamais vacilarei.
Por isso, o meu coração se alegra e a minha alma exulta e o meu corpo repousará em segurança.
Pois Tu não me entregarás à morada dos mortos, nem deixarás o teu fiel conhecer a sepultura.
Hás-de ensinar me o caminho da vida, saciar me de alegria na tua presença, e de delícias eternas, à tua direita.



Mateus 28,8-15.

Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele.
Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.»
Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos sumos sacerdotes tudo o que tinha acontecido!
Eles reuniram-se com os anciãos; e, depois de terem deliberado, deram muito dinheiro aos soldados,
recomendando-lhes: «Dizei isto: 'De noite, enquanto dormíamos, os seus discípulos vieram e roubaram-no.'
E, se o caso chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos com que vos deixe tranquilos.»
Recebendo o dinheiro, eles fizeram como lhes tinham ensinado. E esta mentira divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Odilão de Cluny (961-1048), monge
Segundo Sermão para a Ressurreição; PL 142, 1005 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans C, p. 124 rev.)

«Ide anunciar aos Meus irmãos que partam para a Galileia: lá Me verão»

O Evangelho descreve-nos a alegre corrida dos discípulos: «Corriam os dois
juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao
túmulo» (Jo 20, 4). Quem não desejaria procurar assim a Cristo, sentado à
direita do Pai? E quem não correria em espírito para assim O encontrar no
fim da sua busca, pensando na corrida a toda a brida dos apóstolos? Para
que este desejo não enfraqueça, que cada um de nós relembre com afinco
aquele versículo do Cântico dos Cânticos: «Conduz-me atrás de ti, nós
corremos ao odor dos teus perfumes» (1, 4 [LXX]). Correr ao odor dos
perfumes é caminhar sem parar, ao passo do Espírito, até ao nosso Criador,
reconfortados pelo odor das Suas virtudes.


Esse foi também o trajecto, digno de todos os elogios, das mulheres santas
que, segundo os Evangelhos, seguiram o Senhor desde a Galileia e Lhe foram
fiéis na altura da Sua Paixão, enquanto os discípulos fugiram (Mt 27, 55).
Também elas correram ao odor dos Seus perfumes, tanto em espírito como
mesmo à letra, porquanto compraram substâncias odorosas para ungir o corpo
do Senhor, conforme testemunha Marcos (16, 1).


Irmãos, a exemplo da prontidão dos cuidados dos discípulos, tanto homens
como mulheres, para com a sepultura do seu Mestre, proclamemos à nossa
maneira a alegria da Ressurreição do Senhor. Seria uma pena que uma só
língua de carne verdadeira calasse os louvores devidos ao Salvador logo no
mesmo dia em que a Sua carne verdadeira ressuscitou. Esta magnífica
Ressurreição apenas nos incita a proclamar a grandeza do Autor de tamanha
alegria, e ao mesmo tempo a anunciar a vitória conseguida contra o nosso
velho inimigo: a morte foi hoje banida, assim como o seu fabricante. Hoje,
com Cristo, a vida foi restituída aos mortais; hoje foram destruídas as
correntes do demónio; hoje a liberdade do Senhor foi concedida a todos os
cristãos.




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