sábado, 6 de agosto de 2011

Profecia do Dia

Domingo, dia 07 de Agosto de 2011
19º Domingo do Tempo Comum - Ano A

XIX Domingo Comum (semana III do saltério)
S. Sisto II, papa, e companheiros mártires, +258,  S. Caetano, presbítero, +1547



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»

Leituras

1 Reis 19,9a.11-13a.


Tendo chegado ao Horeb, Elias passou a noite numa caverna, onde lhe foi dirigida a
"Que fazes aí, Elias? Sai e mantém-te neste monte, na presença do Senhor; eis que
Depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma brisa suave.
Ao ouvi-lo, Elias cobriu o rosto com um manto. Saiu e pôs-se à entrada da caverna.


Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.


Deus promete paz para o seu povo e para os seus amigos
e para todos os que se voltam para Ele de coração.
A salvação está perto dos que o temem
e a sua glória habitará na nossa terra.  

O amor e a fidelidade vão encontrar-se.
Vão beijar-se a justiça e a paz.  
Da terra vai brotar a verdade
e a justiça descerá do céu.  

O próprio SENHOR nos dará os seus bens
e a nossa terra produzirá os seus frutos.  
A justiça caminhará diante d'Ele
e a paz, no rasto dos seus passos.  



Romanos 9,1-5.


Irmãos: É verdade o que vou dizer em Cristo; não minto, pois é a minha consciência que, pelo Espírito Santo, disto me dá testemunho:
tenho uma grande tristeza e uma dor contínua no meu coração.
Desejaria ser amaldiçoado, ser eu próprio separado de Cristo, pelo bem dos meus irmãos, os da minha raça, segundo a carne.
Eles são os israelitas, a quem pertence a adopção filial, a glória, as alianças, a lei, o culto, as promessas.
A eles pertencem os patriarcas e é deles que descende Cristo, segundo a carne. Deus que está acima de todas as coisas, bendito seja Ele pelos séculos! Ámen. Eleição dos patriarcas


Mateus 14,22-33.


Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões.
Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só.
O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo.
No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!»
Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.»
«Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!»
Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
E, quando entraram no barco, o vento amainou.
Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus

«Homem de pouca fé, porque duvidaste?»

Os discípulos são de novo joguetes das vagas e uma tempestade semelhante à
primeira (Mt 8,24) desencadeia-se sobre eles; mas anteriormente tinham
Jesus com eles, enquanto desta vez estão sozinhos e entregues a si mesmos.
[...] Penso que o Salvador queria assim reanimar-lhes os corações
adormecidos; precipitando-os na angústia, inspirou-lhes um desejo mais vivo
da Sua presença e tornou a Sua lembrança constantemente presente no
pensamento deles. Por isso não foi imediatamente em auxílio deles. Em vez
disso: «de madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar».
[...]


Pedro, sempre fervoroso, adiantando-se sempre aos outros discípulos,
diz-Lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter Contigo sobre as águas». [...]
Ele não Lhe diz: «Ordena-me que caminhe sobre as águas» mas antes «que vá
ter Contigo», porque ninguém amava Jesus como ele. E fez a mesma coisa
depois da ressurreição: não podendo suportar ir tão lentamente como os
outros na barca, deitou-se à água para os ultrapassar e satisfazer o seu
amor por Cristo. [...] Descendo, portanto, da barca, Pedro avançou para
Jesus, mais feliz de se Lhe dirigir do que de caminhar sobre as águas. Mas,
no fim de superar o perigo maior, o do mar, acabou por sucumbir a um menos
grave, o do vento. Tal é a natureza humana: muitas vezes, depois de termos
dominado os perigos mais sérios, deixamo-nos abater por outros menos
importantes. [...] Pedro não estava ainda livre de todo o temor [...]
apesar da presença de Cristo perto dele. É que não serve de nada estar ao
lado de Cristo se não estivermos próximos Dele pela fé. Eis o que marca a
distância que separava o Mestre do discípulo. [...]


«Homem de pouca fé, porque duvidaste?» Se, pois, a fé de Pedro não tivesse
enfraquecido, teria resistido ao vento sem dificuldade. E a prova foi que
Jesus segurou Pedro, deixando soprar o vento. [...] Da mesma forma que a
mãe sustenta, com as suas asas, o passarinho que saiu do ninho antes do
tempo, quando ele vai a cair no chão, e o volta a pôr no ninho, assim fez
Cristo a Pedro.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org